O mercado aguarda hoje a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) sobre a taxa de juros nos Estados Unidos. Analistas acreditam que o Fed deve parar a escalada de juros que teve início em março do ano passado, e manter o índice no patamar atual. Em sua última reunião, o Fed elevou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual para o intervalo de 5% a 5,25% ao ano.

Ibovespa futuro inicia negociações em alta de 0,25%, cotado a 117.510,00 pontos.

As taxas de contratos de juros futuros recuam e o dólar oscila perto da estabilidade após dados de vendas do varejo doméstico em abril abaixo do esperado.

O volume de vendas do comércio varejista variou 0,1%, frente a março, na série com ajuste sazonal. Pelo quarto mês consecutivo, esse indicador não apresentou variações negativas. A média móvel trimestral variou 0,3%.

Perto das 9h08, a taxa do DI Jan/24 cedia 2pontos-base, a 13,05%, após alta na sessão de ontem O DI Jan/25 recuava 2 pontos-base, a 11,18%. A queda era mais expressiva nos vencimentos mais longos, com a taxa do DI Jan/31 cedendo 6 pontos-base, a 11,32%. Por volta de 9h15, o dólar caía 0,15%, a R$4,8558.

Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,08%, cotada a R$ 4,8624, renovando o menor fechamento desde junho de 2022. O dólar opera em queda nesta quarta-feira (14), com todas as atenções à decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que deve ser divulgada hoje.
Às 9h05, a moeda norte-americana recuava 0,07%, cotada a R$ 4,8590. Veja mais cotações. Na véspera, o dólar teve queda de 0,08%, cotada a R$ 4,8624, renovando o menor patamar em um ano.
Com o resultado, a moeda passou a acumular quedas de: 4,15% no mês; 7,87% no ano.
As apostas são de que a instituição deve manter os custos dos empréstimos inalterados na faixa de 5% a 5,25% pela primeira vez desde que iniciou o ciclo de altas em março de 2022. Os investidores também estarão atentos à coletiva de imprensa do chair do Fed, Jerome Powell, após a reunião, buscando avaliar a trajetória da política monetária do banco central.
Operadores veem 95% de chance de o banco central dos EUA manter os juros nos níveis atuais e 63% de chance de haver uma alta de 0,25 ponto percentual em julho, de acordo com a ferramenta Fedwatch do CME. Isso porque ao final de sua reunião nesta quarta-feira, as autoridades do Fed podem sinalizar que mais aumentos de juros ainda estão por vir, conforme avaliam como a economia está evoluindo, se o sistema financeiro permanece estável e se a inflação segue em queda.
Embora seja provável que não optem pelo aumento nos juros após 10 altas consecutivas, as autoridades do Fed devem mostrar, tanto em sua linguagem quanto nas projeções, que mais um ou talvez dois aumentos de 0,25 ponto percentual ainda sejam necessários até o final de 2023.
“Supondo que o Fed faça uma pausa, é possível que o comunicado do Fed inclua palavras destinadas a acabar com as expectativas de que uma pausa pode levar a um corte”, disse Richard Flynn, diretor-gerente da Charles Schwab no Reino Unido, à agência Reuters.
Os contratos futuros do S&P 500 e do Nasdaq subiam nesta quarta-feira, já que investidores esperam que o Federal Reserve não aumentará os juros.

Empresas para ficar de olho

A compra da Activision Blizzard (ATVI) pela Microsoft (MSFT) por US$69 bilhões foi bloqueada temporariamente por um juiz federal da Califórnia após uma moção de emergência da Federal Trade Commission (FTC), que é contrária à operação por comprometer a concorrência. O bloqueio temporário evita uma fusão antes de o processo ser julgado entre os dias 22 e 23…

As ações da Advanced Micro Devices (AMC) sobem nas negociações prévias à abertura do mercado nos EUA depois que a fabricante de chips exibir sua linha de processadores de inteligência artificial…

O preço dos veículos elétricos Modelo Y, o mais vendido da Tesla (TSLA), subiu US$250. Após o terceiro dos últimos dois meses, a versão mais básica custa agora US$47.740, mas ainda está abaixo do valor aplicado no início de 2023…

A Shell elevará seu dividendo em 15% neste segundo trimestre e se comprometeu a recomprar US$5 bilhões em ações no segundo semestre. A petrolífera inglesa pretende voltar a se concentrar nos combustíveis fósseis que geraram lucros recordes no ano passado e não vai mais reduzir a produção de petróleo em 1% a 2% ao ano. A produção de cru ficará estável até 2030 e a de gás natural será ampliada…

A Vodafone e a CK Hutchison concordaram em combinar seus negócios móveis no Reino Unido em um acordo de £ 15 bilhões de libras. A nova empresa será a maior operadora do país, mas o acordo enfrenta agora uma batalha para obter a aprovação regulatória.

O grupo varejista francês Casino Guichard-Perrachon disse nesta quarta-feira que recebeu uma oferta de aumento de capital de até 1,1 bilhão de euros de um grupo de empresários, semelhante a uma proposta feita pelo acionista Daniel Kretinsky meses atrás. Na Bolsa de Paris, a ação do Casino saltava mais de 16% por volta das 4h15 (de Brasília). Saiba mais…

O atual diretor-presidente da Americanas, Leonardo Coelho, disse nesta terça-feira, 13, na CPI da Americanas, que acontece na Câmara dos Deputados, que neste dia a companhia decidiu chamar a crise de fraude, em virtude dos documentos apresentados pelos seus administradores judiciais. Saiba mais…

A Petrobras pretende se tornar a controladora da Braskem ao fim do processo de venda da empresa, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A iniciativa significaria a retomada do projeto original da estatal iniciado em 2007…

Momento B3: Americanas, B3, Banco Pan e os principais destaques desta quarta-feira (14)

Destaques de Wall Street: AMD, Amazon, Alphabet, Shell, Vodafone e mais

Farol Político: Haddad minimiza revés na desoneração da folha de pagamentos e outros assuntos políticos

Farol econômico: Confira os indicadores que movimentam as bolsas nesta quarta-feira (14 de junho)