Mesmo com valorização superior a 30% no acumulado do ano, o JPMorgan reiterou sua visão positiva com a ação da Marcopolo, com recomendação de compra e elevando preço-alvo de R$ 10 para R$ 12, o que representa um potencial de alta de 73% em relação ao preço de fechamento da última quinta-feira (29) de R$ 6,93. Com isso, às 13h20 (horário de Brasília), os ativos POMO4 subiam 7,07%, a R$ 7,42, na sessão desta sexta (30).

Para analistas, os investidores ainda não estão precificando a mudança estrutural nas margens da Marcopolo (BOV:POMO3) (BOV:POMO4), o que deve levar a uma revisão positiva nas estimativas e no sentimento.

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A visão positiva sobre a empresa também é impulsionada por momento positivo no mercado doméstico devido à recuperação nos volumes de ônibus Intermunicipais, urbanos e micro, bem como a recuperação das operações internacionais.

O JPMorgan também avalia que apesar de todas as melhorias o valuation ainda é atrativo, com a ação sendo negociada a 5,5 vezes Preço/Lucro para 2025, representando um desconto de aproximadamente 60% em relação à sua média histórica de 10 anos e comparando com um valuation de 10,3 vezes em 2012 e 2013, quando o setor se beneficiava de subsídios de empréstimos.

Além disso, o banco projeta que a Marcopolo atinja um dividend yield (dividendo em relação ao preço da ação) de 8% em 2025, assumindo um payout de apenas 50% do seu lucro líquido. Com um payout (dividendo em relação ao lucro) de 75%, o dividend yield subiria para de cerca de 12%.

O banco também cita que o volume médio diário de negociações de US$ 8,5 milhões nos últimos 3 meses, está em um nível recorde, o que deve levar a um prêmio em relação aos níveis históricos.

Segundo relatório, as perpectivas para demanda de ônibus também são favoravéis, uma vez que os volumes devem permanecer sólidos nos próximos 2 a 3 anos, refletindo uma demanda robusta em todos os segmentos.

Olhando para o curto prazo, os analistas esperam que os números da Marcopolo permaneçam fortes no 2º semestre, com os números do 3º trimestre sendo superiores aos do 2T24, e o 4T24 acima do 3T24, refletindo a recuperação contínua nos volumes e preços.

Segundo as estimativas do banco, a companhia deve entregar um lucro líquido recorde de R$ 1,2 bilhão este ano, representando 6 vezes o lucro líquido de 2019 e uma margem líquida de 14% ante 5% no nível de 2019.

O JPMorgan disse esperar que esse nível de rentabilidade se mantenha nos próximos anos, refletindo as mudanças na estrutura de custos da Marcopolo implementadas nos últimos anos, incluindo fechamento de fábricas e realocação de produção.

Além disso, o banco continua a ver a recuperação das operações internacionais, como demonstrado pela subsidiária NFI, na qual o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve alcançar US$ 253 milhões este ano, US$ 363 milhões em 2025 contra R$ 69 milhões do ano passado.

Informações Infomoney