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Bolsas mundiais: Os índices futuros americanos operam sem direção única. A China promete apoiar a economia no ano que vem e conflitos no Oriente Médio.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam sem direção única. Os investidores aguardarão os dados dos estoques no atacado de outubro, que serão divulgados hoje. Na semana estão agendados dados de inflação ao longo da semana. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e o Índice de Preços ao Produtor (PPI) serão publicados ao longo da semana.
O presidente eleito Donald Trump disse, no domingo, de que não pretende substituir o presidente do Fed, Jerome Powell, ao assumir o cargo em janeiro.
Espera-se que o Federal Reserve (Fed) dos EUA corte as taxas de juros na próxima semana, já que o relatório de folhas de pagamento não agrícolas (payroll) de novembro mostrou fraqueza subjacente no mercado de trabalho, mesmo com a recuperação do crescimento do emprego em relação a uma leitura de outubro que foi deprimida devido a greves e furacões. Atualmente, os mercados financeiros veem mais de 80% de chance de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros na reunião de política do banco central dos EUA em 17 e 18 de dezembro.
Na Europa, os índices operam sem sentido único. A China prometeu uma política econômica voltada a impulsionar o consumo no ano que vem. O principal índice de Frankfurt, porém, opera sob pressão, em correção após ter renovado recorde intraday histórico logo na abertura. O índice Stoxx 600 subia 0,21%, a 521,55 pontos.
O sentimento de risco global teve significativa melhora nas últimas horas, após o principal órgão político da China se comprometer a adotar uma política fiscal “mais proativa” e uma postura monetária “moderadamente frouxa”. A notícia impulsionou os preços de commodities, o que apoiou ações do setor. Em Londres, Rio Tinto (+3,03%), Antofagasta (2,98%), Glencore (+2,98%) e Anglo American (+2,64%) lideravam os ganhos do índice FTSE 100, que avançava 0,31%. Os papéis do segmento do consumo de luxo também exibem forte vigor, com esperança por maior demanda no país asiático. Em Paris, Louis Vuitton subia 1,90% e Hermès ganhava 0,84%. A petroleira TotalEnergies tinha valorização de 0,68%. Assim, o índice CAC 40 ganhava 0,46%.
O mercado aguarda ainda a escolha de um novo primeiro-ministro francês pelo presidente Emmanuel Macron, após o colapso do governo de Michel Barnier na semana passada. Sinais de que a oposição pode estar mais disposta a cooperar na aprovação do orçamento do ano que vem ajudam a melhorar clima. O juro do OAT, como é conhecido o título público da França, de 10 anos recuava a 2,876% e diminuía o spread com o equivalente da Alemanha a 76 pontos-base. Na agenda, nos próximos dias, o Banco Central Europeu (BCE) divulga decisão de política monetária na quinta-feira. A expectativa é de que a instituição volte a cortar juros em 25 pontos-base, mas o foco ficará nas sinalizações para o ano que vem, diante do enfraquecimento da economia.
Na Ásia, as bolsas encerraram mistos. A Bolsa de Hong Kong fechou em alta de mais de 2%, após a China prometer apoiar a economia no ano que vem. O anúncio veio após o fechamento das demais praças, onde os principais índices ficaram sem direção única, em meio ao recrudescimento da crise política na Coreia do Sul e dado de inflação chinês aquém do esperado.
O Politburo, principal órgão político em Pequim, se comprometeu a adotar uma política fiscal “mais proativa” e uma postura monetária “moderadamente frouxa”. As autoridades também sinalizaram intenção de estabilizar o setor imobiliário e o mercado acionário. Após o comunicado, o índice Hang Seng apagou perdas de mais cedo e fechou com firme valorização de 2,76%, a 20.414,09 pontos. O papel da incorporadora New World Development subiu 2,93% e o do banco Bank of China ganhou 2,96%. O índice Xangai Composto cedeu 0,05%, a 3.402,53 pontos, enquanto o Shenzhen Composto baixou 0,35%, a 2.057,32 pontos. O índice de preços ao consumidor (CPI) da China subiu apenas 0,2% na comparação anual de novembro.
Em Seul, o índice Kospi perdeu 2,78%, a 2.360,58 pontos, à medida que a incerteza política se torna ainda mais aguda. Após ter decretado temporariamente a lei marcial na semana passada, o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, sobreviveu a uma votação de impeachment no parlamento no final de semana. O ministério da Justiça, no entanto, o proibiu de viajar ao exterior. O Nikkei ganhou 0,18%, a 39.160,50 pontos, em Tóquio. Em Taiwan, o Taiex subiu 0,34%, a 23.273,25 pontos.
Síria: no domingo (8), forças rebeldes tomaram Damasco e declararam que o ditador sírio Bashar al-Assad deixou a capital, Damasco, rumo a um destino desconhecido. A informação, divulgada por agências internacionais, foi confirmada por dois oficiais do Exército citados pela Reuters e aponta a escalada da guerra na Síria. Os insurgentes afirmaram ter entrado em Damasco sem encontrar resistência militar. Testemunhas relataram cenas de celebração na praça central da cidade, com milhares de pessoas a pé e em carros gritando “Liberdade”.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 68,15 (+1,41%).
O Brent é negociado a US$ 72,02 (+1,28%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 99.381,26 (-0,56%).
Ouro:
Negociado a US$ 2.656,18 a onça-troy (+0,69%).
Minério de ferro:
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +1,57%, a 808,50 iuanes (US$ 111,11).
Brasil:
Selic: A piora das expectativas do cenário fiscal do governo federal levou o mercado a aumentar as apostas de aceleração dos juros pelo Banco Central (BC) para 0,75 ponto, em decisão que será divulgada na próxima quarta-feira (11). Atualmente, a taxa básica está em 11,25% ao ano. A deterioração do cenário reflete a apresentação simultânea do pacote de corte de gastos e da isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, feita pela equipe econômica no fim de novembro.
Economia:
O IPC-S da primeira quadrissemana de dezembro de 2024 não registrou variação e acumula alta de 3,68% nos últimos 12 meses.
Natal: As vendas de Natal deste ano devem movimentar R$ 68,75 bilhões no varejo brasileiro, um aumento de 1,3% em relação ao ano passado. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está apostando, sobretudo, na utilização do 13º salário para o crescimento do setor no período.
Segundo o balanço, o destaque deste ano deve ser o ramo de hiper e supermercados, que pode faturar até R$ 31 bilhões. Em seguida, aparecem o setor especializado em itens de vestuário, calçados e acessórios, que deve faturar R$ 20 bilhões, e o segmento de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, R$ 8,16 bilhões. Regionalmente, São Paulo lidera as projeções de consumo no período natalino, com R$ 20,96 bilhões, seguido por Minas Gerais (R$ 7,12 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 5,86 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 4,77 bilhões). Juntos, os estados irão concentrar mais da metade da movimentação financeira estimada para o período, com 55,5%.
Self-service: Comer fora de casa está cada vez mais caro em São Paulo. Um balanço do Procon-SP, realizado em parceria com o Dieese, mostrou que o preço médio do self-service por quilo ficou em R$ 83,14 no mês de outubro na capital, número 8,55% superior ao registrado no mesmo período em 2023 – quando o valor era de R$ 76,59. Desde janeiro de 2020, quando foi feita a primeira edição da pesquisa, o preço médio deste tipo de refeição acumula alta de quase 50% (48,57%). À época, o preço médio constatado para uma refeição self-service por quilo era de R$ 57,30.
Ao todo, foram analisados 350 restaurantes. A região Oeste foi a que registrou o maior preço do self-service por quilo: R$ 83,72. Em seguida, ficaram as regiões Centro (R$ 78,68), Leste (R$ 76,88), Sul (R$ 75,62) e Note (R$ 71,09). Em relação ao self-service com preço fixo, o maior valor cobrado também foi observado na região Oeste (R$ 54).
Agenda Econômica:
🇧🇷 08h00 – Brasil/FGV: IPC-S – 1ª quadrissemana de novembro
🇧🇷 08h30 – Brasil/BC: Boletim Focus
🇺🇸 12h00 – EUA/Deptº do Comércio: Estoques no atacado – out
🇺🇸 13h00 – EUA/Fed de NY: Expectativas de inflação em novembro
🇧🇷 15h00 – Brasil/Mdic: Balança comercial semanal
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em queda de 1,50%, aos 125.945 pontos. O volume ficou em R$ 23,3 bilhões, considerado mediano. Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 0,22%.
Maiores altas do Ibovespa
EMBR3 |
+1.70%
|
R$ 57,32
|
B3SA3 |
+1.53%
|
R$ 9,93
|
WEGE3 |
+1.22%
|
R$ 55,60
|
CXSE3 |
+0.92%
|
R$ 15,28
|
RDOR3 |
+0.62%
|
R$ 27,40
|
Maiores baixas do Ibovespa
CVCB3 |
-11.59%
|
R$ 2,06
|
PCAR3 |
-8.14%
|
R$ 2,37
|
AZUL4 |
-7.22%
|
R$ 4,37
|
MGLU3 |
-7.07%
|
R$ 8,54
|
CRFB3 |
-7.04%
|
R$ 5,94
|
Dólar:
O dólar fechou em alta de 1,02%, a R$ 6,070.
IFIX:
O índice fechou em alta de 1,73%, aos 3.016,76 pontos. A mínima do dia atingiu 2.965,49 pontos e a máxima atingiu 3.030,34 pontos.
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