O Assaí registrou lucro líquido (Pós-IFRS16) de R$ 430 milhões no quarto trimestre de 2024, uma alta de 44,8% em comparação com o mesmo período de 2023. No ano, o lucro líquido acumulou R$ 769 milhões, apresentando alta anual de 8,3% e uma margem de 1,0%.

O CEO da companhia, Belmiro Gomes, afirma que o resultado foi em parte impulsionado pela conclusão do projeto de conversões de hipermercados, iniciado em 2022, e a performance das novas lojas, que seguem em processo de maturação e correspondem a mais de 30% das 302 unidades em operação.

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Com as aberturas das 2 conversões remanescentes no quarto trimestre, o Assaí concluiu o projeto de conversões de hipermercados. “São 66 lojas convertidas que, mesmo em fase de maturação, contribuem para os resultados”, afirmou em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Contudo, o executivo pondera que o trimestre ficou abaixo da expectativa da companhia. “O poder de compra da população foi muito impactado em 2024, especialmente o alimentar, além de notarmos uma redução das embalagens de produtos de indulgência (não essenciais)”, disse.

O Ebitda ajustado no trimestre (Pós-IFRS16) foi de R$ 1,639 bilhão, alta de 14,1% sobre o ano anterior. Enquanto no acumulado de 2024, o indicador somou R$ 5,505 bilhões, avanço de 16,8% ante 2023.

A receita líquida ficou em R$ 20,163 bilhões, com crescimento anual de 9,5%. No ano, as vendas líquidas atingiram R$ 73,8 bilhões, avanço de 11% ante um ano antes. Segundo a varejista, esse crescimento teve contribuição do desempenho das vendas “mesmas lojas” , com alta anual de 3,4%.

Já em relação à alta da inflação alimentar, Belmiro Gomes afirma que as características de um atacadista geram um “descolamento natural” dos ciclos inflacionários, uma vez que o modelo conta com estoque e consegue “segurar” parte do repasse de preço.

“Contudo, estamos pressionando fornecedores para tentarem segurar preços, pois a alta não é gerada pelo excesso de demanda, mas sim por uma pressão de custos das indústrias”, afirmou o CEO.

A dívida líquida registrou uma redução anual de R$ 571 milhões, totalizando R$ 12,514 bilhões no quarto trimestre de 2024. Com isso, o índice de alavancagem alcançou 3,04 vezes no trimestre, uma queda de 0,76 vez frente o resultado do mesmo período de 2023, quando alcançou 3,80 vezes.

Os resultados da Assaí (BOV:ASAI3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2024 foram divulgados no dia 20/02/2025.

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VISÃO DO MERCADO

Na visão do J.P. Morgan, o Assaí teve resultados dentro do esperado, continuando a tendência de melhoria continuada no seu desempenho operacional em meio à retomada da inflação de alimentos, com resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (ebitda, na sigla em inglês) ajustado de R$ 1,6 bilhão e receitas de R$ 20,2 bilhões em linha com as estimativas do banco para o período.

A instituição calcula que o Assaí deve ter gerado R$ 350 milhões em caixa neste trimestre, revertendo o consumo de R$ 800 milhões no ano passado, o que ajuda a empresa a continuar a reduzir alavancagem. O J.P. Morgan tem recomendação neutra para Assaí, com preço-alvo de R$ 8,50.

Para o Citi, o lucro líquido do Assaí superou as expectativas, impulsionado por menores despesas financeiras e efeitos não recorrentes nas receitas, ao mesmo tempo em que mostrou melhora na margem Ebitda.

O banco destaca que a receita financeira da varejista foi beneficiada por dois efeitos pontuais: um impacto não caixa de R$ 21 milhões de marcação a mercado de swaps para CDI de certas dívidas; a correção monetária de R$ 79 milhões relacionada a créditos fiscais. Sem esses dois itens, o Citi alega que o lucro do Assaí ficaria 5% abaixo das suas expectativas.

As 47 lojas convertidas, inauguradas em 2022, alcançaram uma receita mensal de R$ 29,4 milhões, com margem Ebitda de 6,4%, em linha com a média geral da empresa, aponta o banco.

Ainda assim, apesar do trabalho consistente em relação ao terceiro trimestre, o Citi diz que as receitas do Assaí não alcançaram as suas expectativas. O banco mantém recomendação neutra sobre as ações da companhia, com preço-alvo de R$ 7,10, em linha com o fechamento de ontem.

A rede de atacarejo Assaí reportou resultados melhores no quarto trimestre de 2024 (4T24), na avaliação da XP Investimentos, com crescimento acelerado da receita, embora mais uma vez abaixo do rival Atacadão, já que a empresa continua com foco na rentabilidade, resultando em margens sólidas e na desalavancagem.

A margem bruta aumentou 0,30 ponto percentual (p.p.) na base anual, resultado da maturação da expansão e da implementação de ofertas de serviços, enquanto a margem Ebitda ajustada (IFRS) também subiu na mesma base, pelo controle rigoroso das despesas, principalmente administrativas.

 

O lucro líquido atingiu R$ 430 milhões, 29% acima das expectativas da XP, refletindo melhores resultados operacionais e créditos tributários, enquanto a geração de caixa foi de R$ 2,7 bilhões no trimestre, principalmente apoiado por estoques e fornecedores.

A equipe de análise do BBA também destaca que o lucro líquido do Assaí superou suas estimativas e que a expansão da margem bruta é um ponto positivo em um setor altamente competitivo. As despesas cresceram aproximadamente em linha com as vendas, resultando em uma expansão da margem Ebitda de 30 pontos-base (bps) na comparação anual (10 bps acima das projeções), para 6,4%. Além disso, resultados financeiros ligeiramente melhores contribuíram para um crescimento de 15,4% no lucro líquido em relação ao ano anterior.

Embora os resultados tenham ficado virtualmente em linha com suas expectativas, o BBA destaca a qualidade subjacente do desempenho após o relatório da Carrefour divulgado na véspera. O Atacadão ainda superou as vendas mesmas lojas do Assaí, mas a diferença diminuiu (-1,9 ponto percentual, ou pp, no 4T contra -4,5 pp no 2T). Mais importante, o Assaí apresentou um desempenho significativamente superior no lucro bruto, com o “lucro bruto em mesmas lojas” 2,4 pp acima do Atacadão no 4T, em contraste com o 2T, quando estava 0,9 pp abaixo, período em que o concorrente começou a oferecer a opção de parcelamento em três vezes.

O Itaú BBA manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 10.

O BTG comenta que o atacrejo divulgou um conjunto melhor de resultados no quarto trimestre, com rentabilidade mais forte e desalavancagem financeira progressiva como destaques positivos, enquanto as vendas mesmas lojas foram fracas, mas com a diferença diminuindo em relação ao seu principal concorrente.

Já as vendas líquidas cresceram 10% na base anual, devido ao crescimento das vendas mesmas lojas, a abertura de 15 lojas nos últimos 12 meses (2 conversões) e a aceleração da inflação de alimentos no trimestre.

Apesar de uma possível aceleração na inflação de alimentos, na avaliação do BTG, o setor pode enfrentar uma perspectiva mais competitiva nos próximos trimestres. Mas o 4T24 foi uma surpresa positiva para o Assai (especialmente em termos de margem), e a empresa poderia alavancar a maturação de suas lojas convertidas e melhorias na dinâmica do capital de giro, ajudando o fluxo de caixa em 2025.

O BTG reiterou recomenda de compra, apesar de um valuation mais elevado (12 vezes Preço/Lucro para 2025 pré-IFRS16) após sua recente valorização.

Com relação à alavancagem, o Assaí encerrou o trimestre em 3,04 vezes (dívida líquida/Ebitda), abaixo dos 3,52 vezes no 3T24 e dos 3,65 vezes no 2T24, ficando abaixo da meta de <3,2 vezes da empresa.

Apesar do desempenho positivo no 4T24, a administração reafirmou sua expectativa de reduzir a alavancagem para cerca de 2,6 vezes até o final de 2025.

Para Morgan Stanley, o Assaí registrou um trimestre amplamente em linha, com crescimento de receita de 9,5% e aumento do EBITDA de +14%, impulsionado pela inflação, que favoreceu a aceleração do crescimento em mesmas lojas.

O banco americano disse valorizar a estabilidade dos resultados e o foco na desalavancagem. No entanto, com os ventos contrários das taxas de juros pressionando o fluxo de caixa para 2025, manteve a classificação neutra e preço-alvo de R$ 8.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão