A Iguatemi reportou lucro líquido ajustado de R$ 164,1 milhões no quarto trimestre de 2024, 21,9% acima do mesmo período de 2023. A margem líquida ajustada foi de 43,7%, aumento de 3,0 ponto porcentual na mesma base de comparação.

O crescimento do lucro da Iguatemi está relacionado, principalmente, à expansão no faturamento dos shoppings e do seu braço de varejo, segundo a empresa. No ano inteiro de 2024, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 399,4 milhões, avanço de 31,1% ante 2023. Já a margem líquida ajustada no ano foi a 37,6%, melhora de 6 pontos porcentuais.

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O critério ‘ajustado’ exclui o efeito contábil da linearização dos aluguéis, da participação na Infracommerce e do resultado do swap de ações.

A receita líquida ajustada da companhia atingiu R$ 375,2 milhões no trimestre encerrado em dezembro, avanço de 13,5% em relação a um ano antes, com a receita de aluguel subindo 8,3% ano a ano e representando 74,9% da receita bruta de shoppings.

De outubro a dezembro de 2024, a empresa reportou crescimento de 8,3% na receita com locação, indo a R$ 275 milhões, resultado do aumento da ocupação dos shoppings, ajustes em contratos de locação e recuperação de valores atrasados.

Já a receita com estacionamento subiu 12,9%, para R$ 65,5 milhões, enquanto a receita do braço de varejo (Iguatemi 365 e I-Retail) apresentou alta de 32,6%, para R$ 62,3 milhões, na mesma base de comparação.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado e consolidado atingiu R$ 315,3 milhões no trimestre, avanço de 19,4% na comparação anual. A margem Ebitda ajustado foi de 84,0% no trimestre, alta de 4,2 p.p. na mesma base de comparação.

No ano, o Ebitda ajustado e consolidado superou a marca de R$ 1 bilhão pela primeira vez. Ele foi a R$ 1,024 bilhão, alta de 11,4% em relação ao ano anterior.

O FFO ajustado atingiu R$ 219,3 milhões no trimestre, expansão de 23,3%, com margem FFO ajustada de 58,4%, alta de 4,6 p.p. No ano, o FFO ajustado totalizou R$ 693,3 milhões, alta de 23,2%.

A companhia reportou despesas administrativas de R$ 41,8 milhões ao final de dezembro, crescimento de 35,3%. A alavancagem (dívida líquida/Ebitda ajustado) encerrou o trimestre em 1,84 vez, já considerando a saída de caixa com o Riosul.

Com os resultados, a companhia ficou dentro das metas divulgadas para 2024. “Foi um ano muito bom”, afirmou o vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Iguatemi, Guido Oliveira. “As vendas foram muito fortes, o que mostra a boa performance dos nossos lojistas”, disse.

As vendas totais nos shoppings da Iguatemi foram de R$ 7 bilhões no quarto trimestre de 2024, aumento de 19,2% na comparação com o mesmo período de 2023. As vendas nas mesmas lojas no quarto trimestre cresceram 9,5%.

A companhia ressaltou ainda que o movimento nos shoppings “seguiu forte” neste começo de ano. Em janeiro, as vendas totais subiram 18,1% em relação ao mesmo mês de 2024, já abrangendo os números do recém-adquirido Riosul. Considerando os mesmos shoppings, a alta em janeiro foi de 10%.

A companhia afirmou também que o “patamar robusto” de vendas e a “melhora do mix de lojistas” levaram a um crescimento de 9,5% no valor dos novos contratos de aluguel – indicador conhecido por leasing spread.

Estes movimentos, conforme a empresa, contribuíram para o crescimento de aluguéis nas mesmas lojas em 7,6% no quarto trimestre. O valor corresponde a um crescimento real de 5,9 p.p.

A taxa de ocupação dos shoppings chegou a 97,7% no quarto trimestre, superando a indicação da companhia, que era de 97%. O custo de ocupação dos lojistas ficou em 10,5% no quarto trimestre, recuo de 0,4 p.p. em um ano.

Já a inadimplência dos lojistas ficou negativa em 3%. Isso acontece quando a empresa recupera valores atrasados.

Guidance

A Iguatemi pretende realizar investimentos de R$ 330 milhões a R$ 400 milhões em 2025, conforme meta divulgada pela companhia na noite desta terça-feira, 18. O montante, se confirmado, será bem maior do que os R$ 234 milhões de 2024.

Esse aumento está relacionado, principalmente, ao início das obras de expansão de dois empreendimentos neste ano – o Iguatemi Brasília e o Iguatemi São Paulo – com aportes previstos na ordem de R$ 120 milhões e R$ 150 milhões.

Além disso, a Iguatemi pretende investir entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões com o desenvolvimento da infraestrutura do bairro planejado de Campinas (SP). O restante vai para manutenção dos shoppings, ações comerciais, tecnologia da informações e outros fins. A projeção de investimentos não inclui aquisições de empreendimentos.

“Estamos bem tranquilos com nossos guidances (metas)”, afirmou o vice-presidente financeiro da Iguatemi, Guido Oliveira. “O ano de 2024 foi excelente. E para 2025 estamos otimistas, apesar do cenário macroeconômico mais difícil por causa do aumento da taxa de juros”, disse, em entrevista ao Broadcast.

Oliveira frisou que a Iguatemi está em seu ápice em termos de desempenho operacional e financeiro, tendência que deve ser mantida neste ano. “Estamos muito confortáveis”.

A empresa também divulgou projeção de crescimento da receita líquida dos shoppings entre 7% a 11% neste ano, o que aponta para uma aceleração em relação ao ano passado, quando a expansão foi de 7,2%. A margem Ebitda dos shoppings para o ano foi estimada entre 82% a 85%, enquanto a margem Ebitda total prevista foi de 75% a 79%.

Os resultados da Iguatemi (BOV:IGTI11) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2024 foram divulgados no dia 18/02/2025.

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Teleconferência

A Iguatemi deve manter uma taxa de retorno (dividend yield) ao acionista perto de 4% a 5% em 2025, com R$200 milhões a serem distribuídos, afirmou o diretor financeiro da operadora de shopping centers, Guido Oliveira, nesta quarta-feira.

A Iguatemi anunciou na véspera, em paralelo à divulgação de seu resultado do quarto trimestre de 2024, a antecipação de R$50 milhões em dividendos e, segundo o executivo, deve aprovar em assembleia mais R$150 milhões em proventos.

“A gente vai fazer um dividendo esse ano na ordem de R$200 milhões… somado à recompra (de ações). A ideia é manter um ‘dividend yield’ acima do que a gente vem fazendo, em torno de 4% a 5%”, disse o CFO em teleconferência com analistas.

O indicador de retorno ao acionista da Iguatemi, incluindo dividendos e recompra, estava em 1,6% em 2022 e 2,4% em 2023. No ano passado, subiu a 4%, com R$243 milhões distribuídos.

As ações da Iguatemi operavam sem direção única nesta quarta-feira, recuando 0,5% por volta das 14h30, após subir 1,57% no pico da sessão até o momento, na esteira da divulgação de balanço financeiro considerado sólido por analistas.

VISÃO DO MERCADO

Analistas do Itaú BBA disseram que a companhia divulgou um bom conjunto de ganhos para o trimestre, enquanto a equipe do Santander destacou “mais uma” série de resultados fortes para a empresa, superando as estimativas dos analistas.

Oliveira acrescentou que, apesar do cenário macroeconômico incerto no país, a empresa vem entregando bons resultados por meio da otimização do seu portfólio, destacando a compra de participação no Shopping RioSul, no Rio de Janeiro.

“O Rio Sul, em janeiro, cresceu estupendos 22% as vendas por conta do fluxo de turistas em janeiro. Então, assim, se mostra a força do novo ativo no nosso portfólio.”

A empresa também divulgou na noite da véspera suas projeções para 2025, incluindo investimentos previstos de R$330 milhões a R$400 milhões, acima dos R$235,3 milhões investidos em 2024.

Segundo o diretor financeiro, o montante compreende entre R$120 milhões e R$150 milhões que serão para expansão dos shoppings Iguatemi São Paulo e Iguatemi Brasília.

“A gente também tem ali R$50 milhões a R$60 milhões de desenvolvimento imobiliário, que é o final da infraestrutura da primeira fase da Casa Figueira, que a gente começou no ano passado”, acrescentou.

A Casa Figueira é um empreendimento imobiliário da Iguatemi planejado no conceito de bairro em Campinas (SP) que será integrado ao Shopping Iguatemi Campinas, o maior do grupo.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão