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Bolsas mundiais:  Os futuros americanos operam em baixa com temores de recessão americana. O aumento das tarifas sobre parceiros comerciais estratégicos, a alta na taxa de desemprego e os cortes na força de trabalho federal ampliam as preocupações.

Nos Estados Unidosos índices futuros operam no campo negativo. A recessão vem causando preocupações, após aumento das tarifas sobre parceiros comerciais estratégicos e dados de empregos fracos.

Na agenda, a pesquisa do Fed de Nova York sobre expectativas do consumidor.

Tarifas: O aumento das tarifas sobre parceiros comerciais, a alta na taxa de desemprego e os cortes na força de trabalho federal ampliam os temores de desaceleração econômica. No mercado de títulos, traders sinalizam um risco crescente de estagnação, enquanto o presidente Donald Trump descreve o momento como “um período de transição”. Trump ameaça impor tarifa de 250% sobre os produtos lácteos do Canadá, que também levou um tarifaço da China no fim de semana. O presidente americano também não descarta uma recessão nos EUA.

Na Europa,  as bolsas operam no campo negativo, com a Alemanha se afastando da austeridade fiscal e a região aumentando as defesas militares. O índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,52%, a 550,47 pontos.

Os investidores monitoram as incertezas sobre o que o presidente dos EUA, Donald Trump, fará em relação a tarifas e o eventual impacto de sua política na economia americana. Na quarta-feira (12), está prevista a entrada em vigor de tarifas dos EUA a importações de aço e alumínio. O bom desempenho em janeiro da produção industrial alemã, que avançou 2% e superou expectativas, ficou em segundo plano.

Na Ásia,  os mercados fecharam sem direção única, com investidores atentos aos fabricantes de aço antes das tarifas de 25% dos EUA sobre as importações de aço e alumínio, que entrarão em vigor nesta quarta-feira. No fim de semana, a inflação ao consumidor na China entrou em território negativo pela primeira vez em 13 meses, impactada por distorções sazonais e pressões deflacionárias. O índice de preços ao consumidor recuou 0,7% em fevereiro na comparação anual, após um avanço de 0,5% no mês anterior.

Tarifas:  as tensões comerciais entre as duas principais economias do mundo se intensificarão na segunda-feira (10), quando Pequim começar a implementar tarifas sobre uma série de produtos agrícolas dos Estados Unidos em retaliação ao último aumento de taxas sobre as importações chinesas. Desde seu retorno à Casa Branca em janeiro, o presidente americano, Donald Trump, anunciou uma série de tarifas sobre os principais parceiros comerciais, incluindo China, Canadá e México, que, segundo ele, são ineficazes na resposta a imigração irregular e aos fluxos de fentanil.

A China também é o país com o maior superávit comercial com os EUA em mercadorias. Após impor tarifas adicionais de 10% sobre todos os produtos chineses, Trump decidiu, em 3 de março, aumentá-las para 20%. A China respondeu imediatamente anunciando tarifas semelhantes sobre os produtos agrícolas americanos, que entrarão em vigor na segunda-feira. O frango, o trigo, o milho e o algodão que entrarem na China serão mais taxados (15%) do que itens como sorgo, soja, carne de porco, carne bovina, frutos do mar, frutas, vegetais e laticínios (10%). As tensões comerciais entre China e Estados Unidos se somam às dificuldades enfrentadas pelas autoridades chinesas em sua tentativa de estabilizar a economia do país, marcada por um baixo consumo, por uma crise persistente no setor imobiliário e pelo alto índice de desemprego entre os jovens.

Japão:  o governo iniciou nesta segunda-feira um leilão incomum de suas reservas de emergência de arroz para tentar conter o aumento dos preços do alimento, essencial no país. A escassez do grão provocada por fatores como as colheitas ruins devido ao calor excessivo provocou o aumento de quase 100% dos preços em um ano. Além disso, analistas acreditam que algumas empresas guardam seus estoques à espera do momento oportuno para a venda. E para piorar o cenário, o governo emitiu um alerta em agosto sobre um possível “megaterremoto”, o que provocou compras de arroz motivadas pelo pânico. O Japão armazena quase um milhão de toneladas de arroz para emergências. O país recorre às reservas em casos de desastres, mas esta é a primeira vez que são utilizadas devido a problemas na cadeia de abastecimento. O Ministério da Agricultura deve escolher até quarta-feira as empresas que receberão 150.000 toneladas de arroz, e o grão leiloado deve chegar às lojas até o final de março.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 67,07   (+0,04%).

Brent  é negociado a US$ 70,42   (+0,09%).

Bitcoin:

Negociado a  US$ 81.318,00  (-1,63%).

Ouro:

Negociado a US$ 2.900,43  a onça-troy (-0,55%).

Minério de ferro: 

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -0,71%, a 769 iuanes (US$ 106,30).

Brasil:

Streaming: A consultoria do Senado Federal defende como “urgente” a regulamentação dos serviços de streaming no Brasil. O parecer técnico argumenta que estas plataformas operam em um vácuo regulatório que prejudica a indústria audiovisual nacional e a arrecadação tributária, alimentando o debate sobre como equilibrar inovação tecnológica com políticas culturais e fiscais em um mercado em rápida transformação.

Preço dos alimentos: O governo tem pouco a se fazer no curto prazo que seja capaz de controlar a inflação. Seria mais eficiente direcionar a energia para a contenção de gastos. As medidas do governo federal para baratear os alimentos marcam uma postura mais agressiva do presidente Lula (PT) de tentar conter, na marra, a corrosão de sua popularidade. A redução da alíquota terá pouco efeito prático, uma vez que muitos dos alimentos acompanham os preços internacionais e alguns dos itens listados pelo governo têm pouca relevância na composição da inflação oficial (IPCA). A estratégia do governo vem no momento em que a popularidade despenca. Pesquisa divulgada revela que a desaprovação de Lula chegou a 53%, apresentando um aumento em relação ao levantamento passado.

Economia:

Calendário de Balanços B3: confira quando as empresas divulgarão seus resultados do 4T24. Saiba mais

Novo horário da B3:  As negociações dos principais ativos na B3 terão novo horário a partir desta segunda-feira, 10 de março. A mudança ocorre por conta o início do horário de verão nos Estados Unidos, que adiantará em 1 hora o fechamento dos pregões. Com isso, o mercado à vista voltará a fechar às 17h. Com o novo horário, o after market para o mercado de ações será de 17h30 às 18h. O horário de abertura das negociações continuará o mesmo, às 10h. Assim, o cancelamento de ofertas pela manhã acontecerá entre 9h30 e 9h45 e após o fechamento do mercado entre 17h25 e 17h30. As negociações de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) patrocinados, títulos emitidos no Brasil que representam uma ação de companhia listada no exterior seguem o mesmo horário do mercado de ações.

Nasdaq avalia a possibilidade de operar 24 horas por dia, movimento que democratizaria o acesso global ao mercado de ações e desafiaria o sistema financeiro tradicional. A mudança permitiria que investidores negociassem independentemente de fusos horários, potencialmente aumentando o volume de transações e a liquidez, mas também criaria novos desafios para gestão de riscos e regulamentação.

Oncoclínicas: a gestora Latache, de Renato Azevedo, especializada em ativos em situações de estresse, está tentando adquirir o controle da Oncoclínicas, segundo apurou o Broadcast. Em dezembro do ano passado, fez uma proposta para ficar com a fatia de 20,76% que o Goldman Sachs tem na empresa de saúde e, caso fosse bem-sucedido, faria uma oferta pelos 19,90% do Banco Master. Com seus atuais 10,19% de participação, a Latache alcançaria perto de 51%. Procurados, Latache, Master e o Goldman Sachs não comentaram.

A proposta de aquisição, segundo pessoas a par das negociações, foi recusada pelo Goldman Sachs. Na ocasião, representava um ágio de mais de 70%, considerando que a oferta foi feita a R$ 4,30, e as ações estavam sendo negociadas na casa dos R$ 2,50 ao longo de dezembro.A oferta previa ainda um prêmio sobre a valorização das ações no futuro, diante da tese de que as ações da Oncoclínicas subiriam sob um novo comando e havendo um grupo controlador. A gestora tentou até ir à sede do banco em Nova York para buscar um acordo. Com a recusa do Goldman Sachs, a Latache começou a adquirir ações no mercado este ano e não desistiu de chegar a uma parcela maior de participação. O estatuto social da Oncoclínicas possui uma cláusula de poison pill, que obriga a abertura de uma oferta pública de aquisições de todas as ações (OPA) para acionistas que ultrapassem 15% de participação. Pessoas que acompanham o caso afirmam que a Latache está disposta a realizar a OPA se conseguir comprar participações de outros sócios.

Disney+ oficializou seu plano com anúncios no Brasil por R$ 21,90 mensais, alternativa mais barata ao plano Premium de R$ 32,90. A estratégia segue tendência global de streamings que buscam aumentar receitas através de publicidade, enquanto oferecem opções mais acessíveis aos consumidores sensíveis a preço.

Inflação:  O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,00% em fevereiro. No mês de janeiro, a taxa havia sido de 0,11%. Com este resultado, o índice acumula alta de 1,11% no ano e 8,78% em 12 meses. Em fevereiro de 2024, o IGP-DI havia caído 0,41% e acumulava queda de 4,04% em 12 meses.

Agenda Econômica:

🇩🇪 04h00 – Alemanha: Produção industrial de janeiro
🇧🇷 08h00 – FGV: IGP-DI de fevereiro
🇧🇷 08h00 – FGV: Primeira prévia de março do IPC-S
🇧🇷 08h25 – BC: Pesquisa semanal Focus
🇺🇸 12h00 – EUA/Fed de NY: Expectativas de inflação de fevereiro
🇧🇷 15h00 – Brasil: Balança comercial semanal

Eventos
🇺🇸 12h35 – Fed – Alberto Musalem discursa

 

Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 1,36%, aos 125.034 pontos. Em termos semanais, o índice acumulou ganhos de 1,82%. O volume de negociação da sessão foi de R$15,3 bilhões, abaixo da média.

Maiores altas do Ibovespa

BRAV3
+10.82%
R$ 17,82
MGLU3
+10.55%
R$ 7,86
POMO4
+6.18%
R$ 7,22
VIVA3
+5.64%
R$ 17,79
ASAI3
+5.59%
R$ 6,80

Maiores baixas do Ibovespa

TOTS3
-1.93%
R$ 34,12
EMBR3
-1.39%
R$ 73,68
FLRY3
-0.66%
R$ 11,06
HYPE3
-0.66%
R$ 19,54
NTCO3
-0.52%
R$ 13,37

Dólar:

O dólar fechou em alta de 0,53%, a R$ 5,7902.

IFIX:

O índice fechou em alta de 0,65%, aos 3.161,11 pontos, a máxima que foi de 3.161,68 pontos e a mínima de 3.140,76 pontos. Na semana, o índice acumula elevação de 1,77%.

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Fonte:  CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney.  atualização: 7h30 (horário Brasília)