O CEO da BP Plc (NYSE:BP), Murray Auchincloss, não recebeu nenhum bônus relacionado ao desempenho financeiro da empresa em 2024, conforme revelado no relatório anual divulgado na quinta-feira.

Embora sua remuneração total tenha sido de £ 5,36 milhões (US$ 6,9 milhões), ele não recebeu a parcela do bônus vinculada aos resultados financeiros e operacionais, que representam 70% do total. Seu salário base, no entanto, aumentou de £ 1 milhão para £ 1,45 milhão.

A decisão da BP de não conceder bônus financeiros ocorreu porque a empresa não atingiu suas principais metas de rentabilidade. O fluxo de caixa livre modificado foi de US$ 12,5 bilhões, bem abaixo da meta de US$ 14,7 bilhões.

O EBITDA ajustado da BP ficou em US$ 38 bilhões, enquanto a expectativa era de US$ 40,9 bilhões. A empresa também sofreu com desafios operacionais, como uma queda de energia na refinaria de Whiting, que impactou a disponibilidade de refino.

Este cenário financeiro aumentou a pressão do investidor ativista Elliott Investment Management, que vem exigindo que a empresa abandone seus investimentos em energia renovável para reforçar suas operações de petróleo e gás.

Em resposta, a BP já começou a revisar suas metas de longo prazo, reduzindo compromissos ambientais e abandonando planos de cortar sua produção de petróleo e gás em 25% até 2030. A BP havia traçado um plano ambicioso para expandir sua presença em energias renováveis e reduzir emissões desde 2020.

Nos últimos cinco anos, os papéis da companhia negociados em Nova Iorque permaneceram praticamente estáveis, enquanto Exxon Mobil (NYSE:XOM) e Shell (NYSE:SHEL) registraram altas de 115,5% e 27,8%, respectivamente. A BP Plc também é negociado na B3 através da BDR (BOV:B1PP34).