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Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam no campo positivo e as demais ações globais operam em leve alta enquanto os investidores monitoram alguns balanços corporativos na Europa e aguardam avanços nas negociações comerciais. A calmaria observada nos últimos dias, que levou a cinco sessões de ganhos dos índices de NY, ainda não foi suficiente para fazer abril fechar no azul.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em leve alta. Hoje, mais tarde, Donald Trump, falará em comemoração aos primeiros 100 dias de seu governo.
Além dos resultados corporativos desta semana, os investidores estarão acompanhando uma série de dados em busca de pistas sobre a saúde da economia americana e as perspectivas de cortes nas taxas de juros do Federal Reserve. O relatório JOLTs será apresentado nesta terça, dando início às divulgações de dados do mercado de trabalho. Investidores aguardam resultados de companhias como Visa, Coca-Cola e Pfizer.
Na Europa, as bolsas operam com ganhos modestos enquanto os investidores lidavam com uma enxurrada de resultados corporativos europeus, aguardando avanços nas negociações comerciais e uma série de atualizações sobre a economia dos EUA. O índice Stoxx 600 da Europa subiu 0,2%, avançando pelo sexto dia e acompanhando movimentos semelhantes nos futuros de ações dos EUA.
Apagão: um apagão de grandes proporções deixou parte da Europa no breu na segunda-feira (28), afetando Portugal, Espanha, França, Alemanha e até o Marrocos. A suspeita inicial era de um ciberataque, mas parece ter sido descartada. A culpa foi de um fenômeno raro: oscilações em linhas de alta tensão causadas por variações extremas de temperatura no interior da Espanha.
Petróleo: Os preços do petróleo bruto registraram uma queda no início das negociações asiáticas, refletindo a diminuição das expectativas de crescimento da demanda por parte dos investidores.
Na Ásia, os mercados fecharam com alta, com o sentimento impulsionado por sinais de alívio nas tensões comerciais, após um funcionário da Casa Branca afirmar que os automóveis importados teriam uma isenção de tarifas separadas sobre alumínio e aço. A bolsa japonesa não teve negociação nesta terça-feira por feriado.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 61,17 (-1,37%).
O Brent é negociado a US$ 64,84 (-1,49%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 95,093 (+0,29%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.311,32 a onça-troy (-0,80%).
Minério de ferro:
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,28%, a 709 iuanes (US$ 97,19).
Brasil:
Contas externas: s contas externas registraram déficit de US$ 2,245 bilhões em março, informou o Banco Central (BC). O resultado é melhor do que o observado em março de 2024, quando o saldo negativo foi de US$ 4,087 bilhões, graças ao aumento das exportações e à queda no pagamento de juros e lucros enviados ao exterior, apesar da alta no déficit de serviços.
No acumulado de 12 meses até março, o déficit em transações correntes alcançou US$ 68,467 bilhões, ou 3,21% do PIB, levemente abaixo do mês anterior, mas bem superior ao registrado no mesmo período de 2024. Segundo o BC, a tendência de redução dos déficits, observada até o início de 2024, foi interrompida, exigindo monitoramento para avaliar se a mudança é estrutural ou pontual.
As exportações de bens cresceram 5,3% em março, impulsionadas por produtos como soja, café, carnes e celulose, enquanto as importações subiram 0,9%, resultando em um superávit comercial de US$ 7,637 bilhões. No entanto, o déficit em serviços, que inclui transporte, propriedade intelectual e viagens, aumentou para US$ 4,352 bilhões, refletindo o crescimento da corrente de comércio e do consumo internacional.
O déficit em renda primária somou US$ 5,781 bilhões, uma queda de 13,4% na comparação anual, enquanto a conta de renda secundária — formada por remessas e doações — teve superávit de US$ 251 milhões. Já os investimentos diretos no país (IDP), considerados a principal fonte de financiamento do déficit externo, somaram US$ 5,990 bilhões em março, abaixo do observado no ano anterior, mas ainda sustentando o saldo negativo com recursos produtivos. O estoque de reservas internacionais atingiu US$ 336,157 bilhões em março, com alta de US$ 3,649 bilhões sobre fevereiro, reforçando a capacidade de financiamento externo do país mesmo diante das oscilações nos fluxos de capitais de curto prazo.
Economia:
🚨 Investidores em Alerta: Temporada de Balanços movimenta a bolsa em abril e maio. Veja calendário dos balanços 1T25
Crédito imobiliário: A notícia que o governo está estudando alternativas para um novo modelo de funding para o crédito imobiliário gerou um forte debate no setor. A ideia principal é reduzir a dependência dos depósitos da poupança, trazendo mais recursos das captações de mercado. Ou seja, há um desejo de colocar mais dinheiro disponível para a expansão do setor. Só que essa meta precisa superar o desafio do custo deste crédito.
O funding imobiliário é um sistema de captação de recursos que permite financiar os investimentos do setor. Até fevereiro deste ano, o funding estava composto em 31% por recursos da poupança e mostrando uma queda constante. Em fevereiro de 2024, a poupança captava 33% dos recursos e, em fevereiro de 2023, eram 38%. Mas essa proporção já chegou a ser de 70%, lembra Sandro Gama, presidente da Abecip.
Outras captações do funding vêm do FGTS que, em fevereiro deste ano era de 26%, e o restante vinha do mercado de capitais: naquele mês, eram 18% de Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), 11% Fundo de Investimento Imobiliário (FII), 9% de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRIs), e 5% de Letra Imobiliária Garantida (LIG). Os números fazem parte do levantamento mais recente divulgado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Zamp (ZAMP3): O conselho de administração da Zamp elegeu Pedro de Souza Zemel como diretor presidente. O executivo passou os últimos 12 anos liderando o Grupo SBF (SBFG3), onde exerceu a função de CEO e conduziu iniciativas estratégicas relevantes, incluindo o processo de IPO da companhia. Renato Biava Vera foi eleito como diretor vice-presidente de gente e gestão. Renato tem passagem em grandes empresas como Unilever, General Motors e Editora Abril, além de mais de 19 anos de experiência na Ambev.
Leilão: os leilões de três terminais do Porto de Paranaguá (PR) que serão disputados na quarta-feira, 30, receberam de cinco a seis propostas, cada. A Portos do Paraná, que administra o recinto portuário, detalhou que uma das áreas será disputada por seis grupos, um recorde para o setor. O bloco em disputa é composto pelas áreas PAR14, PAR15 e PAR25.
O PAR14 atraiu cinco propostas. O projeto prevê investimentos de R$ 529,2 milhões e deverá gerar 310 empregos diretos na fase de operação. A expectativa é de que o terminal contribua para o aumento das exportações de grãos e fortalecerá a inserção do porto no mercado internacional. O contrato é de 35 anos.
O PAR15, com capacidade para movimentar quatro milhões de toneladas por ano, será disputado por seis grupos, o maior número de concorrentes para terminais portuários em leilões da B3. A área receberá investimentos de R$ 293,2 milhões ao longo dos 35 anos de contrato. A expectativa é de criação de 180 novos postos de trabalhos diretos na fase operacional.
Por fim, a disputa pelo PAR25 terá cinco concorrentes. O terminal receberá investimentos de R$ 233,5 milhões, além de um aporte adicional de R$ 331,6 milhões, somando R$ 565,1 milhões.
O Porto de Paranaguá é o segundo maior do Brasil em tamanho e movimentação total de cargas, ficando atrás apenas do Porto de Santos. É o complexo que mais movimenta soja no país (grãos, farelo e óleo) e responsável pela descarga de 33% dos fertilizantes importados pelo Brasil, que é o quarto maior mercado consumidor de fertilizantes do mundo.
Agenda Econômica:
🇪🇺 07h00 – Zona do euro: Confiança do consumidor em abril
🇧🇷 08h00 – FGV: IGP-M de abril ⚠️
🇧🇷 08h00 – BC: Relatório de Estabilidade Financeira
🇺🇸 09h30 – EUA: Balança comercial de março
🇺🇸 09h30 – EUA: Estoques no varejo e no atacado
🇺🇸 11h00 – EUA: Relatório Jolts de março ⚠️
🇺🇸 11h00 – EUA: Confiança do consumidor/Conference Board em abril
🇨🇳 22h45 – China: PMI Composto de abril
Balanços ⚠️
📉 NY/ antes da abertura: Coca-Cola, GM e Pfizer
📉 Brasil/depois do fechamento: Iguatemi, Isa Energia, Kepler Weber, Log CP, Marcopolo e Neoenergia
📉 Após o fechamento – Petrobras divulga relatório de produção e vendas do 1TRI
Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 0,21%, aos 135.015 pontos. O volume de negociação foi de R$ 20,5 bilhões. Itaú Unibanco e Vale ficaram entre os destaques do dia.
Maiores altas do Ibovespa
AMOB3 |
+8.33%
|
R$ 0,26
|
LREN3 |
+3.32%
|
R$ 14,30
|
YDUQ3 |
+3.11%
|
R$ 14,60
|
PETZ3 |
+2.65%
|
R$ 4,65
|
CYRE3 |
+2.45%
|
R$ 25,06
|
Maiores baixas do Ibovespa
IRBR3 |
-5.37%
|
R$ 45,50
|
BEEF3 |
-4.98%
|
R$ 7,44
|
HYPE3 |
-3.95%
|
R$ 23,08
|
MRFG3 |
-3.89%
|
R$ 21,96
|
RECV3 |
-3.61%
|
R$ 13,07
|
Dólar:
O dólar fechou em baixa de 0,70%, a R$ 5,6480.
IFIX:
O índice fechou em alta de 0,11%, aos 3.394,85 pontos. A mínima foi de 3.391,09 pontos e a máxima de 3.399,76 pontos.
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