A GameStop (NYSE:GME) anunciou a aquisição de 4.710 bitcoins, avaliados em cerca de US$ 513 milhões. A transação marca a primeira incursão da varejista de videogames no mercado de criptomoedas, iniciando sua fase de diversificação financeira. A compra ocorreu em um momento de leve queda do bitcoin (COIN:BTCUSD).

A medida segue a aprovação unânime do conselho de administração para utilizar bitcoin como ativo de reserva de tesouraria. A GameStop se junta a empresas como a Strategy (anteriormente MicroStrategy) e a japonesa Metaplanet, que adotaram abordagens similares ao acumular grandes quantias da criptomoeda em seus balanços.

Mesmo com o anúncio, as ações da GameStop recuavam 7,5%, após ganhos de 24,8% em três sessões anteriores. A volatilidade reflete a sensibilidade do mercado em ativos digitais e ao histórico instável das chamadas “ações meme”, que alavancaram a marca desde 2021.

O CEO Ryan Cohen justificou a compra como forma de proteger a companhia de riscos macroeconômicos e da desvalorização cambial. Segundo ele, o bitcoin oferece vantagens únicas em relação ao ouro, como a portabilidade, escassez digital e verificação instantânea via blockchain.


A aquisição foi incentivada pela Strive Asset Management, que enviou uma carta a Cohen sugerindo o uso do caixa da empresa para acumular bitcoin. A carta aconselhava evitar outras criptomoedas e reforçar a imagem disciplinada da GameStop ao se concentrar exclusivamente no BTC.

A GameStop passa por uma reestruturação, incluindo corte de custos e revisão de sua operação física. A meta é garantir rentabilidade em um mercado de jogos cada vez mais dominado pelo streaming e pelas lojas digitais.