O presidente americano, Donald Trump, atacou publicamente o Walmart (NYSE:WMT), acusando o varejista de usar tarifas como pretexto para aumentar os preços. Em publicação na Truth Social, ele afirmou que a empresa deveria absorver os custos e não repassá-los aos consumidores, apontando os lucros bilionários do grupo no último ano.

As ações do Walmart subiam 2,0% no pré-mercado de segunda-feira, 19 de maio de 2025. O Walmart também é negociado na B3 através da BDR (BOV:WALM34).

O Walmart anunciou na última quinta-feira que começará a subir os preços de alguns produtos ainda neste mês, culpando os altos custos decorrentes das tarifas de importação impostas pelo próprio governo Trump. A empresa importa uma variedade de itens da China e da América Latina, incluindo alimentos, brinquedos e eletrônicos.

O CEO Doug McMillon e o CFO John David Rainey argumentaram que as margens apertadas do setor impedem o repasse total das tarifas. Ainda assim, o Walmart afirma que fará o possível para preservar os preços baixos, especialmente em itens alimentares, e que espera colaboração de seus fornecedores.


Mesmo com os custos crescentes, o Walmart manteve sua previsão de lucro anual entre US$ 2,50 e US$ 2,60 por ação, mas evitou fornecer estimativas para o próximo trimestre devido à instabilidade das políticas tarifárias. A empresa também destacou negócios paralelos, como publicidade e assinaturas, que ajudam a compensar pressões no varejo.

Recentemente, o governo Trump reduziu temporariamente algumas tarifas, mas manteve cobranças de até 30% sobre produtos chineses e 25% sobre itens vindos do Canadá e México. Apesar disso, executivos do Walmart consideram que os valores continuam elevados e desafiadores para a cadeia de suprimentos.

Especialistas alertam que, se nem mesmo o Walmart conseguir segurar os preços, outros varejistas com menos margem poderão ser forçados a repassar os custos ao consumidor, aumentando o risco de nova pressão inflacionária nos Estados Unidos.