O Walmart (NYSE:WMT) iniciou o ano fiscal com resultados acima do esperado. O lucro ajustado por ação foi de US$ 0,61, superando os US$ 0,58 projetados por analistas. A receita cresceu 2,5% e atingiu US$ 165,6 bilhões, puxada por aumento de 4,5% nas vendas comparáveis nos EUA e 21% no e-commerce.

O CFO John David Rainey alertou que as tarifas seguem pressionando os custos, especialmente sobre importações da China e da América Latina. A empresa afirmou que será inevitável repassar parte desses custos aos consumidores nos próximos meses, especialmente em categorias como eletrônicos, brinquedos e alimentos frescos.

A companhia manteve a previsão de crescimento anual de 3% a 4% nas vendas líquidas e lucro ajustado entre US$ 2,50 e US$ 2,60 por ação. Para o segundo trimestre, a expectativa é de aumento de 3,5% a 4,5% nas vendas, mas sem projeção de lucro devido à volatilidade tarifária.

O Walmart reportou seu primeiro lucro trimestral em operações de e-commerce, impulsionado por alta de 31% na receita de publicidade e maior eficiência logística. A empresa também ampliou a base de clientes de alta renda, graças a serviços como entrega rápida e sortimento ampliado.

O CEO Doug McMillon destacou que a prioridade será manter os preços baixos nos alimentos, mesmo absorvendo parte dos custos tarifários. No entanto, admitiu que não será possível evitar aumentos em itens como café, rosas e abacates, vindos de países atingidos pelas novas taxações.

As ações da varejista recuavam 1,7% no início da tarde de quinta-feira (15), mas ainda seguem com ganhos acumulados de 59% em 12 meses, superando o desempenho do S&P 500. O Walmart também é negociado na B3 através da BDR (BOV:WALM34).