Esse é o Morning Call ADVFN,  13 de junho de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!

Bolsas mundiais:  Os futuros americanos operam em baixa. O petróleo disparava quase 10% e os futuros de Nova York registravam fortes perdas, ontem à noite, após Israel ter lançado ataques em grande escala a instalações nucleares do Irã. Netanyahu disse que as operações continuarão por quantos dias forem necessários. Fontes do governo israelense dizem que esse não é um ataque de um dia só. Investidores corriam para o dólar, iene, Treasuries americanos e títulos do Japão. Comunicado da Casa Branca informou que os EUA não estão envolvidos. Os riscos geopolíticos devem dominar o ambiente dos negócios globais.

Nos Estados Unidos,  os índices futuros operam em queda, após um ataque de Israel a instalações do programa nuclear do Irã, marcando uma forte escalada nas tensões no Oriente Médio. O episódio impulsionou os preços do petróleo e provocou uma corrida por ativos considerados seguros, como o ouro.

Israel disse que a operação continuará por “quantos dias” forem necessários para remover a ameaça e o Irã prometeu responder “duramente”. As Forças de Defesa de Israel dizem que o Irã lançou mais de 100 drones em direção a Israel nas últimas horas.

A medida ocorreu após repetidos alertas do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre atacar o Irã e prejudicar seu programa nuclear. O Irã havia dito anteriormente que inauguraria uma nova instalação de enriquecimento de urânio em resposta à censura do órgão de vigilância atômica da ONU sobre seu programa nuclear.

Na agenda, os investidores estarão aguardando a leitura preliminar de junho do relatório de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.

Na Europa,  as bolsas operam em baixa, à medida que um ataque de Israel contra o Irã deflagrou um movimento global de aversão a risco, pressionando ações e favorecendo ativos considerados mais seguros, como ouro e Treasuries. O índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,79%, a 545,47 pontos, encaminhando-se para acumular perdas pelo quinto pregão consecutivo, o que seria a sequência negativa mais longa desde setembro de 2024.

Israel bombardeou o Irã, atingindo instalações nucleares e fábricas de mísseis balísticos, na tentativa de evitar que Teerã construa uma bomba atômica. O Irã retaliou ao lançar 100 drones e responsabilizou os EUA por permitirem a ofensiva israelense. O subíndice europeu de viagens e lazer era destaque negativo, com queda de 2,4%. A IAG, controladora da British Airways, perdia 4% em Londres, enquanto a alemã Lufthansa recuava 3,1% em Frankfurt.

O bom desempenho de petrolíferas ajudava a limitar as perdas, uma vez que as cotações do petróleo saltarem até mais de 10% durante a madrugada, em reação ao ataque israelense. No mercado inglês, as britânicas BP e Shell tinham respectivos ganhos de 2,5 e 1,5%. Em Lisboa, a portuguesa Galp subia 1,3%.

No noticiário macroeconômico, dados da Eurostat mostraram que a produção industrial da zona do euro sofreu queda mensal de 2,4% em abril, bem maior do que se previa, e que o superávit comercial do bloco encolheu de forma drástica no mesmo mês, com as exportações derrubadas pelo impacto das tarifas de Trump.

Petróleo: Os preços do petróleo sobem forte, depois que Israel lançou ataques aéreos contra o Irã sem apoio dos EUA, gerando preocupações sobre as perspectivas de fornecimento na região do Oriente Médio, rica em petróleo. O petróleo chegou a subir 13%, o maior salto intradiário desde março de 2022, antes de reduzir os ganhos.

Na Ásia,  os mercados fecharam em baixa generalizada, à medida que um ataque de Israel contra o Irã deflagrou um movimento global de aversão a risco. O índice japonês Nikkei caiu 0,89% em Tóquio, a 37.834,25 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,59% em Hong Kong, a 23.892,56 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 0,87% em Seul, a 2.894,62 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,96% em Taiwan, a 22.072,95 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,75%, a 3.377,00 pontos, e o Shenzhen Composto teve queda mais expressiva, de 1,31%, a 2.001,06 pontos.

Investidores também seguem monitorando desdobramentos das últimas negociações comerciais entre EUA e China, que levaram as duas maiores economias do mundo a retomar nesta semana a trégua tarifária firmada no mês passado.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 72,49   (+6,54%).

Brent  é negociado a US$ 73,76  (+6,34%).

Bitcoin:

Negociado a US$ 107.844,17  (-0,85%).

Ouro:

Negociado a US$ 3.417,14  a onça-troy (+0,72%).

Minério de ferro: 

O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -0,14%, a 703 iuanes (US$ 98).

Brasil:

Impopularidade: a  popularidade do Lula voltou a desabar, com duas pesquisas divulgadas na quinta-feira (12) confirmando o agravamento da crise de imagem do governo após a crise da fraude do INSS. Os levantamentos do Datafolha e Ipsos-Ipec mostram que a reprovação ao petista voltou a crescer, atingindo os piores patamares desde o início do terceiro mandato e interrompendo qualquer sinal de recuperação.

O Datafolha registrou deterioração em todos os indicadores principais. A reprovação de Lula saltou de 38% em abril para 40% na pesquisa atual, enquanto a aprovação despencou de 29% para 28% no mesmo período. Os números mostram o presidente no pior patamar de avaliação registrado em seus três mandatos.

O instituto Ipsos-Ipec ratifica a queda livre da popularidade de Lula. A pesquisa revela que 43% dos brasileiros consideram o governo ruim ou péssimo, contra 41% em março.

Impostos: Mesmo tendo sido reeditado pelo governo federal, a Câmara dos Deputados decidiu pautar na próxima segunda-feira, 16, a urgência do projeto de decreto legislativo (PDL) que pode derrubar o decreto presidencial publicado ontem, que mexe no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A nova publicação do Executivo reduziu o impacto das mudanças do IOF que tinham sido feitas no final de maio.

Economia:

✔️ Argentina pode apreender bens de Cristina Kirchner. Justiça argentina pode confiscar patrimônio da ex-presidente após confirmação de sentença. Caso de corrupção avança e pode impactar cenário político do país vizinho

✔️ As vendas no varejo brasileiro recuaram menos do que o esperado em abril, mas ainda interromperam uma série de três meses seguidos de ganhos em meio a um esperado processo de desaceleração econômica no país diante das condições monetárias restritivas.

✔️ Uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revela que 82% das transações bancárias dos brasileiros são realizadas pelos canais digitais, através de celular e internet banking. Os dispositivos móveis foram responsáveis por 75% das operações totais.

Os dados, divulgados na quarta-feira (11), integram a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025, realizada pela Deloitte com base no ano de 2024. Segundo a federação, os canais digitais se consolidaram como o principal ponto de relacionamento financeiro dos consumidores.

O mobile banking registrou 155 bilhões de transações no período, representando crescimento de 15% ante as 135 bilhões de operações de 2023. “Esse avanço foi impulsionado principalmente pelo mobile banking, que somou 155 bilhões de transações no período, 20 bilhões a mais do que em 2023”, informou a Febraban em nota oficial.

O Pix destacou-se com quase 25 bilhões de operações pelo celular em 2024, crescimento de 41% em relação ao ano anterior. O levantamento indica que os correntistas realizam em média 55 transações Pix mensais através de dispositivos móveis.

✔️ Casas Bahia: A gestora de participações Mapa Capital acertou acordo para adquirir as debêntures de segunda série da décima emissão da Casas Bahia, uma dívida de cerca de R$1,6 bilhão, conversível em ações, que vinha sendo negociada pela rede de varejo junto ao Bradesco e ao Banco do Brasil, disse uma fonte com conhecimento do assunto na quinta-feira. “O acordo envolve apenas as debêntures da segunda série”, afirmou a fonte, citando o acordo acertado pela Mapa com os bancos credores das Casas Bahia.

O acordo veio uma semana depois que a Casas Bahia anunciou que estava em negociações avançadas com credores para antecipar de outubro para este mês a conversão da dívida de R$1,57 bilhão das debêntures de segunda série em ações da rede de varejo. A transação prevê forte diluição dos acionistas atuais e a rede de varejo havia informado na ocasião que contava com apoio de 99,99% dos credores. A décima emissão de debêntures da Casas Bahia envolve uma dívida total de R$4,55 bilhões de reais.

Agenda Econômica:

🇪🇺 06h00 – Zona do euro/Eurostat: Balança comercial e Produção industrial de abril
🇧🇷 09h00 – IBGE: Pesquisa Mensal de Serviços de abril
🇺🇸 11h00 – EUA/Univ. Michigan: Índice de Sentimento do Consumidor preliminar de junho e Expectativas de inflação em 1 ano e 5 anos
🇺🇸 14h00 – EUA/Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em operação

 

Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 0,49%, aos 137.799 pontos.

Maiores altas do Ibovespa

EMBR3
+4.29%
R$ 68,86
POMO4
+2.84%
R$ 7,61
PETR3
+2.76%
R$ 34,25
BPAC11
+2.56%
R$ 41,21
HYPE3
+2.53%
R$ 27,53

Maiores baixas do Ibovespa

MRVE3
-4.68%
R$ 5,90
BRFS3
-3.14%
R$ 20,69
YDUQ3
-3.06%
R$ 16,77
COGN3
-2.70%
R$ 2,88
CSNA3
-2.24%
R$ 8,29

Dólar:

O dólar fechou em alta de 0,09%, a R$ 5,5426.

IFIX:

O índice fechou em queda de 0,49%, aos 3.391,47 pontos.

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Fonte:  CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney.  atualização: 7h30 (horário Brasília)