Esse é o Morning Call ADVFN,  03 de junho de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!

Bolsas mundiais:  Os futuros americanos operam em baixa, à medida que o mercado assimila o aumento das tensões comerciais no cenário global.

Nos Estados Unidos,  os índices futuros operam no campo negativo. Ontem, as ações americanas encerraram o dia em alta, apesar do aumento das tensões entre a China e os EUA, com Pequim rebatendo as acusações do presidente Donald Trump de que havia violado um acordo comercial temporário. Paralelamente, a União Europeia manifestou oposição à proposta de Trump de dobrar as tarifas sobre as importações de aço e alumínio.

Além das tensões comerciais, os investidores monitoram os indicadores econômicos dos EUA, incluindo as vagas de emprego de abril (JOLTS), os pedidos de bens duráveis e as encomendas às fábricas.

Na Europa,  as bolsas operam em baixa, em meio à cautela dos investidores antes da divulgação dos dados antecipados de inflação ao consumidor referentes a maio. Os dados preliminares da inflação na zona do euro devem apontar uma queda para 2% em maio, fortalecendo as expectativas de que o Banco Central Europeu promova um corte de 25 pontos-base na taxa básica de juros em sua reunião de quinta-feira.

Petróleo: Os preços do petróleo sobem devido a preocupações com a oferta, com o Irã prestes a rejeitar uma proposta de acordo nuclear dos EUA que seria fundamental para aliviar as sanções ao grande produtor de petróleo, e com a produção no Canadá atingida por incêndios florestais.

Na Ásia,  os mercados fecharam em sua maioria em alta, diante de um leve alívio nas tensões comerciais entre EUA e China e após dados fracos da manufatura chinesa reacenderem expectativas de novas medidas de estímulos.

Liderando os ganhos na região asiática, o índice Hang Seng avançou 1,53% em Hong Kong, a 23.512,49 pontos, e o Taiex subiu 0,59% em Taiwan, a 21.126,93 pontos.

Na China continental, os mercados voltaram de um feriado com ganhos moderados: o Xangai Composto teve alta de 0,43%, a 3.361,98 pontos, e o Shenzhen Composto, de 0,48%, a 1.981,39 pontos. O japonês Nikkei registrou perda de 0,06% em Tóquio, a 37.446,81 pontos. Na Coreia do Sul, não houve negócios hoje devido à eleição presidencial local.

O predomínio do apetite por risco na Ásia veio após os EUA decidirem estender por três meses, até o fim de agosto, a isenção de tarifas para alguns bens chineses, incluindo equipamentos para a fabricação de produtos de energia solar. Antes disso, EUA e China vinham acusando um ao outro de desrespeitarem a trégua tarifária de 90 dias anunciada no mês passado. Segundo a Casa Branca, os presidente dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, devem conversar sobre tarifas nesta semana.

Os efeitos da disputa tarifária foram sentidos na manufatura chinesa. Em maio, o PMI industrial chinês caiu para 48,3, ficando abaixo da marca de 50 que indica contração da atividade pela primeira vez em oito meses, segundo pesquisa da S&P Global em parceria com a Caixin. O indicador fraco, porém, alimenta esperanças de que Pequim seja mais agressivo na adoção de medidas de estímulo.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$  62,98 (+0,74%).

Brent  é negociado a US$ 65,03   (+0,62%).

Bitcoin:

Negociado a US$ 105.625,14  (+0,49%).

Ouro:

Negociado a US$ 3.358,08  a onça-troy (-0,83%).

Minério de ferro: 

O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -1,14%, a 695,50 iuanes (US$ 96,54).

Brasil:

Imóveis: O preço dos imóveis caminha para o quarto ano consecutivo de alta acima da inflação. É o que aponta o Índice Fipe/ZAP de venda em 56 cidades. Considerando os últimos resultados mensais, o Índice desacelerou em maio para uma alta acumulada de 7,66% nos últimos 12 meses, superando a inflação medida pelo IPCA-15 em maio, que foi de 5,42%.  As capitais com as maiores variações no acumulado de 12 meses foram: Salvador (+20,85%); Vitória (+18,33%); João Pessoa (+18,00%); Belo Horizonte (+14,29%) e Curitiba (+13,29%).

O preço médio dos imóveis calculados pelo índice foi de R$ 9.276/m². Imóveis residenciais com um dormitório se destacaram pelo preço médio de venda relativamente mais elevado na amostra mensal (R$ 11.176/m²), contrastando com o menor valor entre unidades que possuíam dois dormitórios (R$ 8.353/m²). Entre as 22 capitais monitoradas, Vitória (ES) se destacou por exibir o valor médio por metro quadrado mais elevado da amostra (R$ 13.349/m²), seguida por: Florianópolis (R$ 12.320/m²); São Paulo (R$ 11.560/m²); Curitiba (R$ 11.164/m²); Rio de Janeiro (R$ 10.558/m²).

Em 2024, os preços dos imóveis tiveram alta média de 7,73%, enquanto que a inflação medida pelo IPCA ficou em 4,83%. A última vez que a variação dos preços perdeu para a inflação foi em 2021, quando a alta foi de 5,29%, contra 10,06% do IPCA.

Fraude INSS: O ministro Luiz Fux atendeu deputado Nikolas Ferreira e cobrou informações sobre CPI para investigar fraudes no INSS. Escândalo dos empréstimos consignados forçados ganha tração política. Aposentados podem finalmente ter voz mais forte.

Economia:

✔️ LCI e LCA: Duas mudanças recentes nas LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio) deverão impactar profundamente a emissão desses ativos no médio prazo. Os efeitos, segundo analistas, são positivos para os investidores, que devem ganhar em liquidez e diversidade de emissores.

No dia 22, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu encurtar – novamente – o prazo mínimo de vencimento das letras financeiras. Até fevereiro de 2024, os ativos tinham prazo mínimo de três meses, quando o CMN determinou o aumento para 12 meses em LCAs e 9 meses em LCIs. Em agosto passado, o prazo mínimo das LCIs foi reduzido para os mesmos 9 meses das LCIs. Agora, ambos têm prazo mínimo de seis meses.

A outra mudança que impacta o segmento foi anunciada em maio e entra em vigor em 1° de julho: o Banco Central autorizou a emissão de LCIs por sociedades de crédito, financiamento e investimento, conhecidas como financeiras.

✔️ Combustíveis: Com o novo corte no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras, que passa a valer a partir desta terça-feira, 3, o consumidor deve sentir uma redução de até R$ 0,12 por litro na bomba. A estatal cortou em 5,6% o preço da gasolina para distribuidoras, a primeira redução em mais de um ano e meio.

✔️ Petz -Cobasi: A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou sem restrições a fusão entre a Petz e a Cobasi. O despacho com o aval do negócio ainda não foi publicado no Diário Oficial da União, mas já consta no sistema processual do Cade. A operação consiste num Acordo de Associação, por meio do qual estão estabelecidos os termos e condições da combinação de negócios entre as duas empresas, que será implementada por meio da incorporação das ações da Petz pela Cobasi. Em decorrência da operação, a Petz se tornará subsidiária integral da Cobasi. Os acionistas da Petz receberão 52,6% das ações da nova empresa e os acionistas da Cobasi, 47,4%.

✔️ Os Correios registraram prejuízo de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre. Empresa estatal luta contra concorrência privada e custos operacionais altos.

✔️ Impostos: O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou na segunda-feira, 2 de junho, que o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não deve ser utilizado como instrumento arrecadatório nem como mecanismo de apoio à política monetária. Em sua avaliação, o IOF tem natureza regulatória e deve ser tratado como tal. A declaração foi feita durante debate promovido pelo Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP), em São Paulo. Galípolo comentou que ainda há muitas discussões sobre o formato final do decreto que prevê aumento do imposto em operações de crédito, câmbio e previdência privada. Segundo ele, o Banco Central avaliará com cautela a forma como eventuais mudanças impactarão as projeções econômicas da instituição.

Agenda Econômica:

🇫🇷 04h00 – França: OCDE relatório trimestral de perspectivas globais
🇧🇷 05h00 – Fipe: IPC de maio
🇪🇺 06h00 – Zona do euro: Leitura preliminar de maio do CPI
🇪🇺 06h00 – Zona do euro: Taxa de desemprego de abril
🇧🇷 09h00 – IBGE: Produção industrial de abril
🇺🇸 11h00 – EUA: Relatório de emprego Jolts de abril ⚠️
🇺🇸 11h00 – EUA: Encomendas à indústria em abril

Eventos ⚠️
🇺🇸 13h45 – EUA: Austan Goolsbee (Fed) participa de evento
🇺🇸 14h00 – EUA: Lisa Cook (Fed) participa de evento
🇺🇸 16h30 – EUA: Lorie Logan (Fed) participa de evento

 

Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em baixa de 0,18%, aos 136.786 pontos. O volume de negociação na bolsa foi de R$ 20,8 bilhões.

Maiores altas do Ibovespa

GOAU4
+5.14%
R$ 8,79
GGBR4
+5.05%
R$ 16,02
CVCB3
+4.22%
R$ 2,47
MGLU3
+3.47%
R$ 9,54
AZZA3
+2.60%
R$ 45,30

Maiores baixas do Ibovespa

SMTO3
-4.82%
R$ 20,14
BRKM5
-4.36%
R$ 10,53
RADL3
-3.23%
R$ 14,37
CMIN3
-2.77%
R$ 4,91
NTCO3
-2.29%
R$ 10,23

Dólar:

O dólar fechou em baixa de 0,77%, a R$ 5,6757.

IFIX:

O índice fechou em queda de 0,49%, aos 3.444,94 pontos.

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Fonte:  CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney.  atualização: 7h30 (horário Brasília)