Esse é o Morning Call ADVFN,  17 de junho de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!

Bolsas mundiais:  Os futuros americanos operam em baixa. O movimento ocorre após o presidente Donald Trump pedir a evacuação de Teerã, em declarações que contrastam com o otimismo anterior de que as tensões entre Israel e Irã não evoluiriam para um conflito de maiores proporções. O petróleo registrou alta sinalizando aumento da tensão geopolítica. Nesta terça-feira, o Banco do Japão (BoJ) confirmou as previsões ao manter sua taxa básica de juros em 0,5%, abrindo a primeira das sete decisões monetárias programadas para os próximos dias.

Nos Estados Unidos,  os índices futuros operam no campo negativo. Na agenda, traz dados importantes: serão divulgadas as vendas no varejo e a produção industrial. Apesar de sua relevância, esses indicadores não devem alterar as expectativas majoritárias de manutenção da taxa de juros em 4,25%-4,50% na reunião do Fomc, que começa hoje e será concluída na quarta-feira (18).

Os mercados seguem atentos às chances de uma trégua entre Israel e Irã, mas o apelo de Trump pela evacuação de Teerã e a promessa de Israel de manter os ataques reduziram as expectativas de uma resolução rápida para o conflito.

Na Europa,  as bolsas operam em baixa, pressionados pelo agravamento do conflito no Oriente Médio, que afeta o sentimento dos investidores.

O anúncio, na noite de segunda-feira, de que Reino Unido e Estados Unidos assinaram um acordo comercial previamente divulgado — acompanhado de elogios entusiasmados do presidente dos EUA, Donald Trump, ao primeiro-ministro britânico Keir Starmer — teve pouco impacto sobre o sentimento do mercado na manhã de terça-feira.

Petróleo: Os preços do petróleo sobem, à medida que a tensão entre Irã e Israel se intensifica e o presidente dos EUA, Donald Trump, fez alerta a “todos” que evacuassem Teerã, aumentando a perspectiva de aprofundamento da agitação na região e interrupção do fornecimento de petróleo.

Na Ásia,  os mercados fecharam sem direção única, enquanto investidores seguem monitorando os desdobramentos do conflito entre Israel e Irã e após o Banco do Japão (BoJ) mais uma vez deixar seu juro básico inalterado.

O índice japonês Nikkei subiu 0,59% em Tóquio, a 38.536,74 pontos, após o BoJ manter sua principal taxa de juros em 0,5% pela terceira vez consecutiva e decidir reduzir suas compras mensais de JGBs, como são conhecidos os títulos do governo do Japão. O presidente do BoJ, Kazuo Ueda, reiterou, porém, que o BC japonês poderá voltar a elevar juros, a depender do comportamento da economia e das condições de preços.

O Hang Seng caiu 0,34% em Hong Kong, a 23.980,30 pontos, o sul-coreano Kospi avançou 0,12% em Seul, a 2.950,30 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,73% em Taiwan, a 22.211,59 pontos.

Na China continental, os mercados tiveram leves perdas: o Xangai Composto recuou 0,04%, a 3.387,40 pontos, e o Shenzhen Composto cedeu 0,12%, a 2.010,52 pontos. Preocupações sobre a situação no Oriente Médio voltaram a ganhar força após militares de Israel emitirem ontem um alerta de evacuação para centenas de milhares de pessoas na capital iraniana, Teerã.

O presidente dos EUA, Donald Trump, que também fez um alerta pessoal sobre Teerã, deixou ontem a reunião de cúpula do G7 antes do previsto, mas negou que tenha sido para negociar um “cessar-fogo” entre Israel e Irã.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 72,68   (+1,27%).

Brent  é negociado a US$ 74,14  (+1,24%).

Bitcoin:

Negociado a US$ 106.654,21   (-1,84%).

Ouro:

Negociado a US$ 3.394,74  a onça-troy (-0,21%).

Minério de ferro: 

O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -0,07%, a 699 iuanes (US$ 97,36).

Brasil:

Imposto: A Câmara dos Deputados aprovou na segunda-feira (16) um requerimento de urgência para acelerar a tramitação de um projeto que suspende os efeitos do decreto do governo Lula que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A votação teve 346 votos a favor e 97 contrários, evidenciando amplo apoio à medida.

O requerimento, apresentado pelo deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, recebeu apoio não apenas da oposição, mas também de parlamentares do PP, União Brasil, Republicanos e PSD — partidos que integram a base do governo e comandam ministérios na Esplanada dos Ministérios. Com a aprovação da urgência, a proposta poderá ser votada diretamente no plenário, sem passar pelas comissões temáticas da Casa. No entanto, a votação do mérito ainda não tem data definida para acontecer.

Fraude INSS: Hoje, está prevista ainda sessão do Congresso em que será lido requerimento para a abertura da CPI do INSS, da qual o governo será alvo. Também devem ser derrubados vetos presidenciais.

Economia:

✔️ Inadimplência: O Brasil vive uma escalada na inadimplência empresarial e nos pedidos de recuperação judicial, evidenciando uma crise que afeta principalmente os pequenos e médios empreendedores. Um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em dados da Serasa Experian, mostra que mais de 7,2 milhões de empresas estão inadimplentes no país, o que representa 31,6% dos negócios ativos.

Desse total, 6,8 milhões são micro e pequenas empresas (MPEs), que acumulam 47,2 milhões de débitos em aberto, somando mais de R$ 141,6 bilhões. Mas o problema vai além, já que em no ano passado os pedidos de recuperação judicial aumentaram 61,8%, totalizando 2.273 solicitações — alcançando o maior número desde o início da série histórica, iniciada em 2006.

E a tendência se mantém em 2025, visto que com 162 pedidos em janeiro e 122 em fevereiro, novamente com predominância de MPEs. Entre os fatores que explicam esse cenário, estão os juros elevados, a inflação persistente e o acesso cada vez mais restrito ao crédito.

✔️ Imóveis: O crédito habitacional deve ficar mais caro a partir de 2026, com a taxa Selic ainda em patamar elevado e uma planejada taxação das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) entrando em vigor no próximo ano, disse o presidente da Associação dos Mutuários do Brasil (Amubra), Silvio Saldanha, à Reuters.

✔️ Câmbio: O Banco Central (BC) vendeu na segunda-feira (16) US$ 1 bilhão em dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra realizados durante a manhã, informou a autarquia.

✔️ Investimentos: A CVM está de olho no nível de risco que os pequenos investidores estão assumindo. Aplicações como COEs (Certificados de Operações Estruturadas) e CFDs (Contratos por Diferença) viraram febre, mas muitos investidores não fazem ideia do risco real que estão correndo. O presidente da autarquia, João Pedro Nascimento, disse que um pacote de medidas já está em preparação.

Para o investidor: O filtro para acessar produtos de risco vai ficar mais rigoroso. Menos espaço pra cair em furada.

Para o mercado: Influenciadores, corretoras e gestoras precisam ficar atentos: a régua de transparência e adequação subiu.

A CVM tenta evitar uma onda de perdas no varejo – como já aconteceu em outros países com investidores mal orientados.

O contexto: Nos últimos anos, o número de investidores pessoa física explodiu no Brasil. Só que junto com o crescimento, vieram também produtos complexos demais para quem ainda está aprendendo o básico de investimentos.

Além dos COEs, os CFDs e Forex, oferecidos por plataformas não regulamentadas no Brasil, também entraram no radar da CVM. Segundo Nascimento, esses ativos são um perigo real.

Revisão nas regras de suitability: O conceito de “investidor qualificado” deve mudar. A ideia é reforçar a proteção sem complicar ainda mais o cadastro.

Nova regulação para influenciadores de investimentos: Vai ter que ficar explícito quando um influenciador está ganhando comissão de uma corretora.

Campanhas mais duras contra ofertas de plataformas ilegais: O combate a CFDs e Forex não autorizados será reforçado.

Fiscalização extra sobre as gestoras: A CVM promete distinguir quem está só atrasado na adaptação das novas regras de fundos e quem está realmente cometendo irregularidades.

✔️ WhatsApp: A Meta Platforms começará a exibir anúncios no WhatsApp, o que abre um fluxo de receita potencial enquanto investe em inteligência artificial e outros projetos de longo prazo. Os anúncios serão exibidos na guia “Atualizações” do WhatsApp, uma seção do aplicativo que é separada da caixa de entrada e das conversas privadas do usuário. A aba recebe 1,5 bilhão de visitantes por dia, informou a Meta. Essa aba abriga o Status, a versão do WhatsApp das histórias que desaparecem, que agora terá anúncios.

 

Agenda Econômica:

05h00 – Fipe: IPC semanal
️ 05h00 – França: AIE divulga relatório mensal de petróleo
06h00 – Alemanha/ZEW: Índice de expectativas econômicas de junho
09h30 – EUA: Vendas no varejo de maio
10h15 – EUA/Fed: Produção industrial de maio
11h00 – EUA/NAHB: Índice de Confiança das Construtoras de junho

 

Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 1,49%, aos 139.255 pontos, com poucos papéis no território negativo. Petrobras, Prio e Brava ficaram entre os ativos que recuaram, acompanhando trajetória do petróleo Brent. O volume de negociação foi de R$16,3 bilhões, abaixo da média.

Maiores altas do Ibovespa

VAMO3
+8.41%
R$ 5,03
CSNA3
+6.05%
R$ 8,42
MGLU3
+5.82%
R$ 9,46
EMBR3
+5.34%
R$ 69,99
COGN3
+4.66%
R$ 2,92

Maiores baixas do Ibovespa

PETR4
-0.98%
R$ 32,21
MRFG3
-0.71%
R$ 25,00
BRAV3
-0.48%
R$ 20,68
RECV3
-0.39%
R$ 15,50
PETR3
-0.17%
R$ 34,92

Dólar:

O dólar fechou em baixa de 1,00%, a R$ 5,4861.

IFIX:

O índice fechou em alta de 0,38%, aos 3.431,84 pontos.

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Fonte:  CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney.  atualização: 7h30 (horário Brasília)