Os principais índices dos Estados Unidos abriram levemente em alta nesta quinta-feira, 03 de julho de 2025, após dados positivos do mercado de trabalho que superaram as previsões iniciais e fortaleceram a percepção de que a economia norte-americana permanece robusta, mesmo diante da volatilidade nas políticas comerciais internacionais.

Ás 10h31 (horário de Brasília), o Dow Jones (DOWI:DJI) subia 75,39 pontos, ou 0,17%. O S&P 500 avançava 23,66 pontos, ou 0,38%, enquanto o Nasdaq valorizava 125,81 pontos, ou 0,62%.

Os ganhos foram parcialmente limitados pela alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro, que subiram após a divulgação do relatório de empregos. A taxa de retorno dos títulos do Tesouro de 10 anos subia para 4,334%.

Os dados do mercado indicando uma economia consistente pode levar investidores a recalibrarem suas expectativas de um possível corte das taxas de juros pelo Federal Reserve no curto prazo.

Com a aproximação do feriado do Dia da Independência, o pregão de hoje foi reduzido, encerrando mais cedo hoje ás 14h (horário de Brasília).

A semana deverá terminar com ganhos nos principais índices: Até o momento, o Dow Jones acumula alta semanal de 1,5%, enquanto S&P 500 e Nasdaq Composite registram aumentos de 0,9% e 0,6%, respectivamente.

Em verificação feita às 09h55, as ações da Centene (NYSE:CNC) subiam 1,5%, após uma queda histórica de 40,37% na quarta-feira, quando a empresa retirou seu guidance de lucros, citando dados desfavoráveis sobre seus planos de saúde oferecidos via o Affordable Care Act. A Molina Healthcare (NYSE:MOH), também afetada por esses planos, despencou 21,97% na quarta-feira, mas recuperava 1,4% no pré-mercado.

As ações das empresas do setor de semicondutores, Synopsys (NASDAQ:SNPS) e Cadence Design Systems (NASDAQ:CDNS), subiam respectivamente 3,8% e 4,2%. O impulso veio após os Estados Unidos anunciarem a suspensão das restrições à exportação de softwares para design de chips para a China.

Datadog (NASDAQ:DDOG) valorizava 10,4% depois que foi divulgada sua inclusão no índice S&P 500 a partir de 9 de julho, substituindo a Juniper Networks (NYSE:JNPR).

Entre as fabricantes de veículos elétricos, a Tesla (NASDAQ:TSLA) avançava 0,7%, após uma alta de 4,97% ontem, apesar de registrar sua pior queda trimestral nas entregas, totalizando 384.122 veículos entregues, queda anual de 13,5%. Notícia completa

A Lucid (NASDAQ:LCID) subia 0,5% após alta de 0,99% na véspera, depois de atingir recorde trimestral com 3.309 entregas, enquanto Rivian Automotive (NASDAQ:RIVN) subia 0,9%, depois de recuar 4,45% ontem em meio à queda nas entregas semestrais.

No setor de criptomoedas, a Bit Digital (NASDAQ:BTBT) avançava 1,9% e a SharpLink Gaming (NASDAQ:SBET) subia 9,7%, impulsionadas pela retomada do interesse por stablecoins e tokenização de ações baseadas na rede Ethereum. A BitMine Immersion Technologies (AMEX:BMNR) subia 1,7%, porém acumula valorização superior a 1.200% desde o anúncio recente sobre investimentos em ETH.

A corretora Robinhood Markets (NASDAQ:HOOD) registrava queda de 2,4%, revertendo parcialmente a alta recente impulsionada pelo lançamento de ações tokenizadas da OpenAI e SpaceX.

TripAdvisor (NASDAQ:TRIP) tinha alta de 8,3% após o Wall Street Journal revelar que a Starboard Value, empresa ativista de investimentos, adquiriu uma participação superior a 9% na companhia.

Por fim, a fabricante de drones militares Kratos Defense & Security Solutions (NASDAQ:KTOS) subia 1,5% após o RBC Capital Markets reforçar sua recomendação de ‘Outperform’ e aumentar o preço-alvo da ação, citando o crescimento esperado dos gastos em defesa nos EUA.


Commodities

O contrato de minério de ferro mais negociado de setembro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China fechou o pregão diurno com alta de 2,45% a US$ 102,30 a tonelada métrica.

Às 10h19 (de Brasília), o ouro (PM:XAUUSD) caía 0,65% a US$ 3.338,00.

O petróleo bruto West Texas Intermediate para agosto operava em baixa de 0,43%, para US$ 67,15 por barril, enquanto o Brent para setembro recuava 0,48%, para US$ 68,79 por barril.

Os preços do petróleo caíam levemente após atingirem máximas semanais, pressionados por temores de queda na demanda após dados fracos da China, estoques elevados nos EUA e incertezas comerciais.

Os estoques dos EUA surpreenderam ao subir 3,8 milhões de barris, contrariando previsões de queda. Ao mesmo tempo, é esperado um aumento de 411 mil barris por dia na produção da OPEP+, o que também pressiona os preços para baixo.

Dados econômicos

Na agenda econômica de hoje, às 9h30 (horário de Brasília), foram divulgados os números dos pedidos iniciais de seguro-desemprego da semana encerrada em 28 de junho, o relatório oficial de emprego (payroll) de junho, e o saldo da balança comercial de maio.

O Departamento do Trabalho disse que o emprego não agrícola disparou em 147.000 empregos em junho, após um salto revisado para cima de 144.000 empregos em maio.

Economistas esperavam um aumento de 110.000 empregos no emprego em comparação com a adição de 139.000 empregos originalmente relatados para o mês anterior.

O relatório também disse que a taxa de desemprego caiu para 4,1% em junho, de 4,2% em maio. A taxa de desemprego era esperada para subir para 4,3%.

O Departamento do Trabalho também divulgou um relatório separado na quinta-feira mostrando uma queda inesperada nos primeiros pedidos de seguro-desemprego nos EUA na semana encerrada em 28 de junho.

O relatório disse que os pedidos iniciais de seguro-desemprego caíram para 233.000, uma redução de 4.000 em relação ao nível revisado da semana anterior de 237.000.

Economistas esperavam que os pedidos de auxílio-desemprego subissem para 240.000, dos 236.000 originalmente relatados para a semana anterior.

O Departamento do Trabalho disse que a média móvel de quatro semanas menos volátil também caiu para 241.500, uma queda de 3.750 em relação à média revisada da semana anterior de 245.250.

Já os dados do déficit comercial dos EUA, divulgados pelo Departamento do Comércio, mostrou um aumento no mês de maio em meio a uma queda acentuada no valor das exportações.

O Departamento do Comércio disse que o déficit comercial subiu para US$ 71,5 bilhões em maio, de US$ 60,3 bilhões revisados ​​em abril.

Economistas esperavam que o déficit comercial aumentasse para US$ 71,0 bilhões, dos US$ 61,6 bilhões originalmente relatados para o mês anterior.

O déficit comercial mais amplo ocorreu quando o valor das exportações caiu 4,0%, para US$ 279,0 bilhões, enquanto o valor das importações caiu 0,1%, para US$ 350,5 bilhões.

Às 10h45, será publicado o PMI final de serviços dos EUA referente a junho pelo Institute for Supply Management (ISM), com estimativas de subir para 50,5 ante uma leitura anterior de 49,9 pontos.

Às 11h, serão divulgadas as encomendas à indústria de maio, com expectativa de alta de 8,2% após queda de 3,7% em abril.

Ao meio-dia, o Departamento do Tesouro deve anunciar os detalhes dos leilões deste mês de notas de três e dez anos e títulos de trinta anos.

Também ao meio-dia, o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, também deve fazer um discurso sobre política monetária na série de palestras importantes do IMFS, organizada pelo Institute for Monetary and Financial Stability.

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Fechamento dos EUA de quarta-feira

Wall Street começou o dia levemente em baixa, mas fechou misto. Enquanto o Nasdaq e o S&P 500 mais que compensaram as perdas de ontem, alcançando novamente novos recordes de fechamento, o Dow Jones fechou marginalmente em baixa.

O Nasdaq avançou 190,24 pontos (+0,94%) e o S&P 500 subiu 29,41 pontos (+0,47%). O Dow Jones, por outro lado, recuou levemente 10,52 pontos (-0,02%), para 44.484,42.

O impulso positivo veio após Donald Trump anunciar um novo acordo comercial com o Vietnã, prevendo tarifas de 20% para exportações vietnamitas e de 40% para transbordo, em troca de acesso total ao mercado vietnamita.

O otimismo ofuscou o relatório fraco da ADP, que mostrou queda de 33 mil empregos privados em junho, contra expectativa de +95 mil.