Visa Inc. (NYSE:V) anunciou os resultados do terceiro trimestre fiscal após o fechamento do mercado de terça-feira, mostrando resiliência nos gastos dos consumidores e crescimento constante em pagamentos com cartão. A receita líquida subiu 14% na base anual, atingindo US$ 10,17 bilhões, superando a expectativa de US$ 9,85 bilhões dos analistas.

O lucro líquido ajustado cresceu 19% e alcançou US$ 5,8 bilhões, ou US$ 2,98 por ação, valor superior à previsão média de US$ 2,85. No critério contábil padrão, o lucro foi de US$ 5,3 bilhões, ou US$ 2,69 por ação, abaixo das estimativas de US$ 2,81, o que gerou certa decepção inicial no mercado.

O volume global de pagamentos, indicador-chave para a empresa, cresceu 8% no trimestre, com avanço de 7% nos EUA e 10% no exterior, em dólar constante. As transações processadas aumentaram 10%, enquanto o volume transfronteiriço subiu 12%, refletindo tanto viagens quanto e-commerce internacional.

Segundo o CEO Ryan McInerney, os gastos dos consumidores continuam fortes, com crescimento tanto nas categorias discricionárias quanto nas essenciais. As primeiras semanas de julho mostraram aceleração do crescimento nos EUA, superando o ritmo de junho, segundo a empresa.


Apesar dos bons números, a Visa manteve sua previsão para o ano fiscal de 2025: crescimento de receita líquida entre um dígito alto e dois dígitos baixos, e avanço similar no lucro por ação ajustado. A decisão de não elevar as projeções pesou sobre o humor dos investidores.

As ações da Visa recuavam 1,9% no pré-mercado de quarta-feira, na última verificação. Analistas do mercado atribuem essa reação à ausência de uma revisão positiva na projeção futura, mesmo com os resultados acima do esperado no trimestre.

A Visa Inc. também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:VISA34).