A Nvidia (NASDAQ:NVDA) deve divulgar seus resultados após o fechamento do mercado de hoje, quarta-feira (27), e as apostas não poderiam ser maiores. Os mercados de opções apontam para uma movimentação que pode remodelar não apenas as ações da Nvidia, mas também o mercado de IA e o sentimento do mercado acionário em geral.
Os contratos atuais estão precificando uma oscilação de 6,1% em qualquer direção, o equivalente a impressionantes US$ 270 bilhões em capitalização de mercado — um movimento maior do que o valor total de muitos membros do S&P 500.
Embora chamativa, a oscilação implícita é, na verdade, a menor variação esperada após os resultados desde o primeiro trimestre de 2024, quando os operadores de opções previram uma volatilidade ainda maior.
Nos últimos oito trimestres, as variações reais dos resultados da Nvidia no dia tiveram uma média de 5,9%, ainda bem abaixo dos 8,6% normalmente projetados pelo mercado de opções.
A questão principal: a Nvidia pode estender sua sequência de superar expectativas e aumentar as projeções?
A Piper Sandler aposta que sim, afirmando esperar “outro trimestre positivo” com o impulso da demanda por hiperescaladores nos EUA e uma possível recuperação na China. A empresa recentemente elevou seu preço-alvo de US$ 180 para US$ 225, projetando US$ 45,1 bilhões em receita para o trimestre de julho — em linha com as projeções da empresa —, mas destacando o potencial de crescimento caso as vendas para a China acelerem sob as novas regras de licenciamento.
Analistas estimam que somente a China poderá adicionar US$ 6 bilhões em receita no trimestre de outubro, com impulso até 2026.
Os analistas da Piper Sandler observaram que estão “encorajados pelos comentários dos hiperescaladores sobre os planos de investimento de capital” para o final de 2025 e além, acrescentando que tais tendências “devem continuar a pressionar a NVDA a atender a essa demanda”.
O Bank of America também vê bastante espaço para crescimento, citando a forte adoção dos chips Blackwell da empresa e os robustos investimentos em IA por parte dos principais provedores de nuvem.
O banco projeta uma receita de US$ 47 bilhões para o trimestre de julho, acima dos US$ 45 bilhões previstos pela Nvidia, e prevê vendas de US$ 54 bilhões para o trimestre de outubro — ou potencialmente até US$ 60 bilhões se as remessas de chips H20 para a China forem retomadas.
Analistas do BofA esperam que as margens brutas subam para 73-74% até o terceiro trimestre, com potencial de alta adicional caso o estoque anteriormente depreciado seja vendido.
Olhando para o futuro, eles preveem uma receita para o ano fiscal de 2026 na faixa de US$ 210-215 bilhões, com lucro por ação (LPA) entre US$ 4,70 e US$ 4,80, confortavelmente acima do consenso.
O banco está ainda mais otimista para o ano fiscal de 2027, sugerindo que os lucros podem chegar a US$ 7 por ação, contra a estimativa atual de US$ 5,87 de Wall Street, se os gastos com IA continuarem a crescer no ritmo projetado.
De acordo com o Bank of America, se o mercado crescer de US$ 309 bilhões em 2025 para US$ 341 bilhões em 2026 — sustentando um crescimento anual de cerca de 60% — a Nvidia poderá manter sua trajetória como líder incontestável em IA.
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