Empresa volta ao radar internacional com possibilidade de retomada de operações em águas profundas; ação PETR4 opera em queda nesta terça-feira (26/08), cotada a R$30,40.
A Petrobras (BOV:PETR3) )BOV:PETR4) voltou ao centro das atenções nesta terça-feira (26/08) após o presidente da Nigéria, Bola Tinubu, declarar que a estatal brasileira poderá retornar rapidamente ao país africano. A fala ocorreu durante coletiva de imprensa em Brasília, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita oficial voltada ao fortalecimento de laços comerciais e energéticos.
A gigante do petróleo havia iniciado suas operações na Nigéria em 1998, explorando águas profundas no Delta do Níger, mas deixou o país há cinco anos em meio ao processo de desinvestimento para levantar recursos destinados a projetos domésticos. Agora, com as reformas econômicas nigerianas e maior estabilidade no setor de petróleo e gás, o retorno da Petrobras ganha força.
Segundo Tinubu, “a Nigéria tem o maior repositório de gás e não vejo por que a Petrobras não deveria retornar como parceira o mais rápido possível”. O presidente ainda agradeceu o compromisso de Lula em acelerar essa retomada.
O movimento pode abrir novas oportunidades de diversificação para a Petrobras, que vem negociando com companhias como ExxonMobil, Shell e TotalEnergies para possíveis aquisições de ativos no continente africano. Além disso, o Brasil e a Nigéria assinaram acordos bilaterais envolvendo comércio, energia, aviação, ciência e finanças, o que fortalece o pano de fundo para investimentos futuros.
No pregão desta terça-feira (26/08), as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) recuam 0,82%, cotadas a R$30,40, após abrirem a R$30,48. Na mínima do dia, chegaram a R$30,23, enquanto a máxima foi de R$30,58. O mercado acompanha com cautela a notícia, avaliando os riscos e oportunidades de uma nova frente de atuação internacional da companhia.
A Petrobras é uma das maiores produtoras de petróleo do mundo, atuando principalmente em exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas. A empresa é peça-chave no setor de energia brasileiro, concorrendo com players globais como ExxonMobil (NYSE:XOM), Shell (NYSE:SHEL) e TotalEnergies (NYSE:TTE).
Para investidores, o retorno à Nigéria pode representar tanto uma expansão estratégica quanto desafios relacionados à estabilidade política e operacional do país africano.