As bolsas de valores da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira (18/09), com destaque para a forte valorização do índice AEX (EU:AEX), enquanto o PSI 20 (EU:PSI20), de Lisboa, destoou com leve queda. O movimento refletiu a combinação de anúncios de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), do Banco da Inglaterra (BoE) e dos comentários recentes do Banco Central Europeu (BCE), além da repercussão de dados corporativos do setor de semicondutores.
No Reino Unido, a decisão do BoE de manter a taxa de juros inalterada ocorreu em meio a um cenário de inflação ainda elevada e crescimento modesto. O presidente Andrew Bailey destacou que os cortes de juros devem ser conduzidos de forma “gradual e cuidadosa”. O índice FTSE 100 (LSE:UKX) encerrou o pregão em alta de 0,21%, apoiado pela recuperação parcial de setores ligados a commodities e serviços financeiros.
Na Zona do Euro, o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, afirmou que o ciclo de flexibilização monetária pode não estar totalmente concluído. O Euronext 100 (EU:N100) subiu 1,16%, refletindo otimismo dos investidores com a possibilidade de ajustes calibrados na política monetária.
Na Alemanha, o índice DAX (DBI:DAX) avançou 1,40%, amparado pelo setor de tecnologia e pelo apetite a risco dos investidores após a sinalização do Fed de que novas decisões sobre juros serão avaliadas “reunião a reunião”. Esse discurso reduziu parte da volatilidade no mercado de câmbio e juros.
Na França, o índice CAC 40 (EU:PX1) registrou valorização de 0,87%, impulsionado por ações de consumo e bancos. O mercado reagiu positivamente à expectativa de que a política monetária europeia continue alinhada ao combate à inflação, sem comprometer totalmente o crescimento econômico.
Na Itália, o FTSE MIB (BITI:FTSEMIB) subiu 0,75%, acompanhando o otimismo europeu após a sinalização do BCE. Investidores também avaliaram a resiliência da economia italiana diante das pressões inflacionárias regionais.
Em Portugal, o PSI 20 (EU:PSI20) destoou, encerrando com queda de 0,05%, refletindo movimentos pontuais de realização de lucros e ajustes em empresas do setor de energia e serviços.
Na Holanda, o AEX (EU:AEX) foi o grande destaque do dia, com alta de 2,02%. O desempenho foi puxado pelo setor de semicondutores, em especial após o anúncio da parceria entre Nvidia (NASDAQ:NVDA) e Intel (NASDAQ:INTC), além da cooperação em inteligência artificial firmada entre Estados Unidos e Reino Unido.
No radar dos investidores europeus também esteve a decisão do Fed, que cortou a taxa de juros norte-americana e ressaltou a necessidade de administrar riscos inflacionários de forma cautelosa. O discurso do presidente Jerome Powell, ao enfatizar a dependência dos dados, ajudou a reduzir a percepção de que o corte sinalizaria um ciclo acelerado de afrouxamento.
Além disso, o Banco Central da Noruega anunciou redução de sua taxa básica de juros de 4,25% para 4%, mas sinalizou que o processo de cortes será gradual, reforçando a mensagem de cautela dos principais bancos centrais.
No mercado de moedas, o euro (FX:EURUSD) caiu 0,40% frente ao dólar, enquanto a libra esterlina (FX:GBPUSD) recuou 0,58% na mesma comparação. Contra o real brasileiro, tanto o euro (FX:EURBRL) quanto a libra (FX:GBPBRL) também perderam valor, refletindo ajustes globais de liquidez. Já na paridade euro/libra (FX:EURGBP), a moeda comum registrou valorização de 0,19%.
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