Assembleia da companhia aprova medida para aumentar liquidez e consolidar free float; último pregão das units será em 24/09 e, a partir de 25/09, apenas RNEW3 e RNEW4 seguirão listadas na bolsa de valores brasileira.

A Renova Energia (BOV:RNEW11) comunicou nesta terça-feira (09/09) que sua assembleia geral extraordinária aprovou o cancelamento do programa de units e o consequente desmembramento desses papéis em 1 ação ordinária (BOV:RNEW3) e 2 ações preferenciais (BOV:RNEW4). O movimento será acompanhado de ajustes no estatuto social da companhia e marca uma tentativa de reorganizar a base acionária.

Segundo a empresa, o objetivo é fomentar a liquidez dos papéis na bolsa de valores brasileira (B3), consolidando o free float apenas em ações ordinárias e preferenciais, sem prejuízo dos direitos já assegurados aos acionistas. “A medida deverá beneficiar o mercado com negociações mais uniformes e consistentes”, destacou a companhia em fato relevante.

A decisão também está ligada ao entendimento da Renova de que a existência de múltiplos tipos de ativos representativos de participação acionária vinha distorcendo as cotações e prejudicando a liquidez individual de cada classe.

Com isso, o último pregão de negociação das units (RNEW11) será em 24 de setembro de 2025. A partir de 25 de setembro de 2025, estarão listadas apenas as ações ordinárias (RNEW3) e preferenciais (RNEW4). O crédito dos papéis desmembrados aos investidores será feito a partir da abertura do pregão do dia 29 de setembro de 2025.

No mercado, as ações Renova Energia PN (RNEW4) encerraram o pregão desta terça-feira (09/09) em alta de 6,67%, cotadas a R$1,12, após abrirem o dia a R$1,05, com máxima de R$1,19 e mínima de R$1,04. O movimento sinaliza um otimismo inicial dos investidores diante da decisão.

A Renova Energia atua no setor de geração renovável, com foco em fontes eólica, solar e pequenas centrais hidrelétricas. A companhia enfrenta desafios financeiros relevantes, mas busca reestruturação para recuperar competitividade no setor, em um mercado disputado por empresas como AES Brasil (BOV:AESB3), Omega Energia (BOV:MEGA3) e EDP Brasil (BOV:ENBR3).

Para investidores, a decisão pode abrir uma nova fase para os papéis da companhia.