Esse é o Bom dia ADVFN,  08 de outubro de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!

Bolsas mundiais:  Os futuros americanos operam em alta. Hoje, os investidores aguardam a ata do Federal Reserve (Fed) para obter informações sobre a economia, em meio à escassez de dados oficiais. A paralisação do governo americano impediu a publicação de indicadores importantes, como o relatório de empregos (payroll) de setembro, que não foi divulgado pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho na semana passada.

Nos Estados Unidos,  os índices futuros operam em alta.  Ontem, as bolsas de Nova York encerraram os negócios em baixa, na primeira queda uniforme em oito sessões, à medida que um recente rali de ações de tecnologia ligadas à inteligência artificial (IA) perdeu fôlego e preocupações sobre a paralisação do governo dos EUA, que hoje entrou em seu oitavo dias, pesaram no sentimento.

Ontem, os três principais índices fecharam em baixa após relatos de margens de nuvem mais fracas do que o esperado na Oracle, que alimentaram novas preocupações com o boom de inteligência artificial (IA). As quedas marcaram o fim de uma sequência de sete dias de ganhos para o S&P 500 e o Nasdaq

Paralisação: Até o momento, não há previsão para fim do impasse em Washington, com o presidente Trump apoiando a posição dos republicanos de que não haverá negociações com os democratas sobre os subsídios de saúde que eles esperam estender até a reabertura do governo. Ao mesmo tempo, Trump ameaçou não pagar retroativamente trabalhadores durante shutdown.

Na Europa,  as bolsas operam em alta, impulsionadas por ações de siderúrgicas, que reagem a uma proposta de tarifação do aço importado pela União Europeia. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,58%, a 572,55 pontos.

Ontem, a UE anunciou planos de cortar quase pela metade sua cota de isenção tarifária sobre aço e produtos de aço e elevar a tarifa sobre importações excedentes de 25% a 50%, em um potencial golpe para países como Reino Unido, China, Índia e Turquia. As siderúrgicas europeias ThyssenKrup, ArcelorMittal e SSAB tinham robustos ganhos de quase 3% a 4%.

Também mostrava desempenho positivo a empresa de engenharia suíça ABB (+1,2%), que vendeu sua unidade de robótica ao grupo japonês Softbank, por US$ 5,38 bilhões.

No âmbito macroeconômico, mais uma notícia negativa da Alemanha: a produção industrial amargou uma queda mensal de 4,3% em agosto, bem maior do que o recuo de 1% previsto por analistas consultados pelo The Wall Street Journal e um dia após as encomendas à indústria da maior economia europeia mostrarem uma inesperada retração no mesmo período.

Investidores também seguem atentos à crise política na França, onde o presidente Emmanuel Macron enfrenta crescente pressão para renunciar ou convocar uma eleição parlamentar antecipada, após o primeiro-ministro Sébastien Lecornu anunciar que deixaria o cargo, no começo da semana.

Na Ásia,  os mercados fecharam em baixa, um dia após Wall Street sofrer perdas generalizadas pela primeira vez em oito pregões. O índice japonês Nikkei caiu 0,45% em Tóquio, a 47.734,99 pontos, depois de atingir máximas históricas nos três últimos pregões, em reação principalmente à escolha de Sanae Takaichi como líder do governista Partido Liberal Democrata (PLD).

Espera-se que Takaichi, que deverá ser a primeira mulher a ocupar o cargo de primeiro-ministro no Japão, aumente gastos e defenda a facilitação do crédito, o que pode atravancar planos do BC japonês (BoJ) de voltar a elevar juros.

O Hang Seng recuou 0,48% em Hong Kong, a 26.829,46 pontos, na volta de um feriado, e o Taiex registrou queda de 0,54% em Taiwan, a 27.063,68 pontos.

Os mercados da China continental voltam a operar amanhã (09), com o fim do feriado da “semana dourada”. O da Coreia do Sul reabre na sexta (10), após feriado que teve início no fim da semana passada.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho pelo terceiro dia seguido, com baixa de 0,10% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.947,60 pontos.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 62,34  (+0,99%).

Brent  é negociado a US$ 66,01 (+0,86%).

Bitcoin:

Negociado a US$ 122.676,07  (+0,88%).

Ouro:

Negociado a US$ 4.036,57  a onça-troy (+1,06%).

Minério de ferro: 

Os mercados da China continental estão fechados devido ao feriado da “semana dourada”, que se estenderá até o dia 8/10.

Brasil:

Impostos: a  Medida Provisória 1.303/2025, que redefine regras de tributação sobre investimentos e cria novas fontes de receita para compensar o aumento do IOF, foi aprovada na terça-feira (7) pela comissão mista do Congresso Nacional.

A proposta, relatada pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), ainda precisa ser aprovada nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado até esta quarta (8), quando expira seu prazo de validade. Durante a votação, o relator acatou uma proposta do senador Eduardo Braga (MDB-AM) para nivelar a alíquota do Imposto de Renda em 18% tanto para aplicações financeiras quanto para os Juros sobre Capital Próprio (JCP). O texto original previa alíquota uniforme de 17,5%.

FGTS: O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) anunciou três mudanças no saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) com objetivo de dificultar e limitar os empréstimos do tipo antecipação do saque-aniversário. O órgão estima que as mudanças evitarão que R$ 84,6 bilhões do fundo sejam direcionados às instituições financeiras até 2030.

Limite de valor: Antes, era possível comprometer a totalidade do saldo do FGTS com antecipação do saque-aniversário. Com a mudança, os trabalhadores apenas poderão solicitar empréstimos cujos valores fiquem entre R$ 100 e R$ 500 do valor de cada parcela, totalizando até R$ 2,5 mil emprestados.

Economia:.

✔️  Fitch Ratings:  emitiu um alerta na terça-feira (7) sobre o aumento do risco de que empresas podem ter falta de liquidez e enfrentar dificuldades de financiamento nos próximos meses. O alerta ocorre após uma série de eventos de crédito que abalaram a confiança dos investidores no mercado corporativo brasileiro, envolvendo companhias como Ambipar (AMBP3), Braskem (BRKM5) e Banco Master.

Segundo a agência de classificação de risco, o acesso a capital com custo competitivo tende a diminuir, o que pode pressionar empresas com prazos curtos para refinanciar dívidas. De acordo com a Fitch, uma redução mais acentuada no acesso a crédito competitivo tende a afetar especialmente as empresas que possuem dívida de curto prazo acima de 30% do total e caixa inferior ao montante dessas obrigações. Esse grupo representa cerca de 10% dos emissores classificados pela agência e inclui, em sua maioria, companhias de menor porte e com baixa diversificação setorial, como as do segmento de saúde.

Nos últimos 18 meses, o mercado doméstico de dívida havia apresentado um ambiente favorável, com forte liquidez e apetite de investidores. Entretanto, a sequência de rebaixamentos e incertezas recentes pode marcar o início de um ciclo de aperto financeiro, em que companhias mais alavancadas ou dependentes de refinanciamento rápido terão maior dificuldade de manter suas operações em equilíbrio.

✔️ Indústria:  O faturamento da indústria brasileira registrou uma queda de 5,3% em agosto na comparação com julho, de acordo com os Indicadores Industriais divulgados na terça-feira (7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A retração, já ajustada sazonalmente, representa a quarta queda em seis meses, refletindo o enfraquecimento do setor com juros elevados e aumento das importações. Na comparação com agosto de 2024, o recuo foi ainda mais acentuado, de 7,6%. Apesar disso, o resultado acumulado de janeiro a agosto de 2025 ainda mostra crescimento de 2,9% frente ao mesmo período do ano anterior.

O emprego industrial manteve-se estável pelo quarto mês consecutivo, embora ainda apresente alta de 1,5% em relação a agosto do ano anterior e de 2,2% no acumulado de 2025. Por outro lado, os rendimentos dos trabalhadores continuam em queda. A massa salarial real recuou 0,5% no mês e 2,0% no acumulado do ano, enquanto o rendimento médio real caiu 0,6% em agosto e 4,1% em 2025.

✔️ BNDES:  O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já recebeu R$ 6,4 bilhões em pedidos de crédito emergencial de empresas impactadas pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. O dado, atualizado até a última segunda-feira (6), foi divulgado pelo diretor de planejamento e relações institucionais da instituição, Nelson Barbosa, que afirmou esperar encerrar o ano com cerca de metade dos R$ 40 bilhões disponíveis contratados.

✔️ FIDCs rumo ao R$ 1 trilhão em ativos. Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) estão crescendo a passos largos, com projeção de chegarem a R$ 1 trilhão em ativos sob gestão. Para o mercado, isso representa uma fonte de financiamento alternativa e em expansão para empresas, mas também reforça a necessidade de regulamentação e fiscalização aprimoradas para garantir a segurança e a liquidez desses títulos.

✔️ Braskem (BRKM5): a Novonor, antiga Odebrecht, que controla a Braskem, afirmou que recebeu “com surpresa qualquer menção a uma assunção hostil do controle da Braskem ao lado Petrobras”.

A informação consta em um comunicado, publicado na terça-feira, 7, em que a Braskem presta esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após uma matéria veiculada no jornal O Estado de São Paulo. Segundo a matéria, os bancos credores da Novonor estão dispostos a se tornar acionistas e assumir o controle da petroquímica nos próximos 60 dias, ao lado da Petrobras. Ainda de acordo com a reportagem, o movimento pode ser feito mesmo sem consenso com a Novonor, ou seja, não descartam assumir as ações, que foram dadas em garantia por empréstimos à antiga Odebrecht.

A Braskem explicou que não tem conhecimento das informações contidas na notícia, razão pela qual solicitou esclarecimentos a seus acionistas Novonor e Petrobras.

A Novonor afirmou: “Recebemos com surpresa qualquer menção a uma assunção hostil do controle da Braskem ao lado Petrobras. Informamos, ainda, que, até o presente momento, não houve qualquer evolução material nas discussões que vem mantendo com as partes interessadas envolvendo sua participação indireta na Braskem S.A.”

A Petrobras respondeu: “a companhia esclarece que a Petrobras não participa das negociações entre Novonor, bancos e IG4. A Petrobras reitera que não há decisão tomada em relação à sua participação na Braskem e segue estudando alternativas.”

Agenda Econômica:

🇧🇷 08h00 – FGV: IPC-S da 1ª quadrissemana de outubro
🇺🇸 11h30 – EUA/DoE: estoques de petróleo da semana até 3/10
🇧🇷 14h30 – BC: Fluxo cambial semanal
🇺🇸 15h00 – EUA: Fed divulga ata da última reunião de política monetária

Eventos
🇺🇸 10h20 – EUA: Alberto Musalem (Fed/St. Louis) participa de conferência
🇺🇸 10h30 – EUA/Fed: Michael Barr participa de conferência
🇪🇺 13h00 – Luxemburgo/BCE: Christine Lagarde participa de evento
🇺🇸 16h15 – EUA: Neel Kashkari (Fed/Minneapolis) participa de conferência
🇺🇸 18h45 – EUA/Fed: Michaell Barr participa de evento️ ️

 

Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em forte queda de 1,57%, aos 141.356 pontos, acompanhando o clima negativo das bolsas de valores globais e refletindo a cautela dos investidores locais diante de preocupações políticos e fiscais. O volume negociado somou R$17,8 bilhões.

Maiores altas do Ibovespa

BEEF3
+1.21%
R$ 6,69
RECV3
+0.89%
R$ 12,46
BBSE3
+0.79%
R$ 33,06
EGIE3
+0.50%
R$ 40,15
PETR4
+0.36%
R$ 30,83

Maiores baixas do Ibovespa

MRVE3
-12.12%
R$ 6,31
RAIZ4
-7.22%
R$ 0,90
VAMO3
-6.54%
R$ 3,00
LREN3
-5.70%
R$ 13,57
AZZA3
-5.69%
R$ 25,03

Dólar:

O dólar fechou em alta de 0,74%, cotado a R$ 5,3507.

IFIX:

O índice fechou em baixa de 0,20%, aos 3.575,48 pontos.

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Fonte:  CNBC, valor investe, BDM, infomoney.  atualização: 7h30 (horário Brasília)