A Comissão Europeia anunciou nesta terça-feira (07/10) um movimento decisivo para proteger a indústria siderúrgica do bloco. O vice-presidente executivo para Prosperidade e Estratégia Industrial, Stephane Sejourne, declarou que o órgão proporá elevar as tarifas alfandegárias sobre o aço de 25% para 50%, além de reduzir pela metade a cota de importações do produto. Segundo ele, a medida tem o objetivo de fortalecer a produção local e preservar milhares de empregos no setor.
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“Esta é a nova cláusula de salvaguarda para o aço. Esta é a reindustrialização da Europa”, afirmou Sejourne. A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento Europeu e pelos Estados-membros da União Europeia antes de entrar em vigor. O texto completo será apresentado com mais detalhes ainda nesta terça-feira (07/10).
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A medida, caso aprovada, deve impactar diretamente o mercado global de aço, elevando os custos de exportação para o bloco europeu e fortalecendo as empresas siderúrgicas locais. Já os países exportadores, como China e Índia, podem enfrentar restrições significativas no acesso ao mercado europeu, o que tende a pressionar seus volumes de exportação e margens de lucro.
Nos mercados financeiros, o anúncio tende a refletir em valorização das ações de empresas siderúrgicas europeias listadas em bolsas como a Euronext e a Deutsche Börse, podendo beneficiar grupos como ArcelorMittal (EU:MT) e Thyssenkrupp (TG:TKA). Por outro lado, o aumento das tarifas pode elevar custos industriais em setores consumidores de aço, como o automotivo e o de construção civil, o que pode gerar volatilidade nas bolsas de valores europeias nos próximos pregões.
Em um momento de desaceleração global e tensões comerciais renovadas, a decisão de Bruxelas reforça a estratégia europeia de fortalecer cadeias produtivas internas e reduzir dependências externas. Mesmo antes da aprovação formal, o tema já desperta forte interesse entre investidores e analistas atentos aos rumos da política industrial da União Europeia.
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