O mercado de criptomoedas mergulhou em território negativo nesta sexta-feira, 17 de outubro de 2025, em um movimento que abalou a confiança de investidores e reacendeu o medo de uma nova fase de correção prolongada. O Bitcoin (COIN:BTCUSD) recuou para a casa dos US$ 104 mil, acumulando perdas expressivas em poucos dias e arrastando consigo praticamente todo o mercado digital.
A retração do Bitcoin, que chegou a cair mais de 6% em 24 horas, ocorreu em meio a um cenário global de aversão a risco. As incertezas sobre o sistema bancário norte-americano e os sinais de enfraquecimento econômico nos Estados Unidos levaram investidores a se desfazerem de ativos mais voláteis, como criptomoedas e ações de tecnologia.
Nos mercados de derivativos, as posições vendidas ganharam força. O aumento do interesse aberto em contratos futuros de BTC e as taxas de financiamento negativas indicam que operadores profissionais estão apostando em novas quedas no curto prazo. O suporte mais comentado pelos analistas está entre US$ 101 mil e US$ 102 mil — um rompimento abaixo desse nível poderia levar o ativo a testar a zona de US$ 98 mil.
Outro fator que pressionou o Bitcoin foi a saída líquida recorde de capital dos ETFs à vista de criptomoedas listados nos Estados Unidos. Segundo dados de mercado, o fluxo negativo na quinta-feira (16) ultrapassou US$ 530 milhões, mostrando que o apetite institucional por risco diminuiu de forma abrupta.
Enquanto isso, o Ethereum (COIN:ETHUSD) também sentiu o impacto, acumulando uma desvalorização diária próxima de 2% e mensal superior a 10%. O vencimento de grandes lotes de opções de ETH contribuiu para a volatilidade, ampliando o movimento corretivo e refletindo diretamente nos ETFs brasileiros, como o ETHE11, negociado na B3, que recuou 2,13% nesta sessão.
A correção atingiu igualmente o universo das altcoins. Tokens como Solana (COIN:SOLUSD), Cardano (COIN:ADAUSD) e Dogecoin (COIN:DOGEUSD) sofreram quedas entre 2% e 4% nas últimas 24 horas, e a liquidez de alguns ativos menores secou quase completamente. No agregado, estima-se que mais de US$ 1,1 bilhão em posições alavancadas tenha sido liquidado desde o início da semana.
A fuga de capital também se refletiu nas exchanges. A Binance (COIN:BNBUSD) registrou uma queda de 11% em seu token nativo, após enfrentar instabilidades técnicas e um episódio de compensações milionárias a clientes. O episódio elevou a percepção de risco no mercado e ampliou a pressão sobre outras plataformas.
Além disso, declarações recentes de Donald Trump sobre novas tarifas à China reacenderam a tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo, intensificando o movimento de aversão global a risco. Curiosamente, dias antes, a menção de Trump a lucros em negócios de cripto havia impulsionado o Bitcoin a US$ 115 mil — um rali que durou pouco.
Com a combinação de fatores macroeconômicos adversos, fluxo negativo em ETFs e liquidações em massa, o sentimento predominante é de cautela. Analistas alertam que o mercado pode entrar em fase de consolidação, com volatilidade elevada até o fim de outubro.
Mesmo diante da queda, parte dos investidores vê a correção como oportunidade. “Mercados fortes não caem para sempre. Esse tipo de correção tende a limpar o excesso de alavancagem e preparar o terreno para novas altas”, comenta o analista técnico Rafael Torres, da ADVFN.
A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.