A quinta-feira (02/10) terminou com clima de ajuste no mercado da bolsa de valores brasileira: o Índice Bovespa (BOV:IBOV) caiu 1,08%, encerrando aos 143.949 pontos, na terceira queda consecutiva após o rali recente. O volume negociado foi de R$13,6 bilhões, abaixo da média dos últimos 50 pregões (R$14,7 bilhões). No mercado futuro, o contrato de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) acompanhou a mesma direção, reforçando sinais de exaustão do fôlego comprador.

O dia foi marcado pela leitura política em Brasília, após a Câmara aprovar, por unanimidade, a isenção de IR para rendimentos mensais de até R$5 mil, além da redução de alíquota para quem recebe até R$7.350. A medida fortaleceu a percepção de ganho político de Lula rumo a 2026, enquanto a compensação de arrecadação via taxação de super-rendimentos gerou debates no mercado. Ainda no radar, declarações sobre tarifa zero no transporte público, incertezas na oposição e tensões globais com a fraqueza do petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) e cautela em indicadores da China e do mercado norte-americano mantiveram pressão sobre o Ibovespa.

No front corporativo, o noticiário pegou fogo. A Ambipar (BOV:AMBP3) afundou após credores questionarem seu caixa e a aplicação de recursos em FIDC, em meio ao pedido de proteção judicial. Na lista das maiores quedas percentuais, brilharam negativamente GPA (BOV:PCAR3), Embraer (BOV:EMBR3) e Azzas (BOV:AZZA3), empresas de varejo, aviação e tecnologia, respectivamente. Já entre as maiores detratoras, as ações da Embraer, Sabesp (BOV:SBSP3) e Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) puxaram o índice para baixo. Do lado positivo, destaque para Marcopolo (BOV:POMO4), Gerdau (BOV:GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (BOV:GOAU4), ligadas ao setor de transporte e siderurgia, que mostraram resiliência e fecharam no azul.

No mercado de juros da B3, a curva fechou em alta generalizada, com vértices de curta, média e longa duração subindo até 12,5 pontos-base. O movimento foi reforçado pelo leilão do Tesouro Nacional, que vendeu 10,3 milhões de LTNs e toda a oferta de NTN-F, sinalizando apetite contido dos investidores. Entre os contratos mais negociados, os DIs de vencimento intermediário puxaram a curva, refletindo cautela sobre o quadro fiscal após a aprovação da isenção do IR.

Data Variação Pontuação Volume Financeiro
01/10/2025 -0,49%  145.517,35 R$ 23,0 bilhões
02/10/2025  -1,08% 143.949,64  R$ 19,4 bilhões

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

  1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

    Aura Minerals (AURA33)

    A Aura Minerals Inc. surpreendeu o mercado nesta quinta-feira (02/10) ao anunciar um programa de incentivo para detentores de seus Brazilian Depositary Receipts (BDRs). Os investidores poderão solicitar a conversão de três BDRs em uma ação ordinária listada na Nasdaq (AUGO), sem a necessidade de arcar com as taxas de conversão normalmente cobradas pelo Banco Bradesco. Saiba mais…

    Azzas 2154 (AZZZA3)

    A Azzas 2154, dona da marca Arezzo, anunciou nesta quinta-feira (02/10) o encerramento das operações em sua unidade fabril de calçados femininos localizada em Parobé, no Rio Grande do Sul. A medida, confirmada pelo Sindicato dos Sapateiros de Parobé (Sindparobé), resultou na demissão de 135 trabalhadores e faz parte de uma ampla reestruturação voltada à eficiência operacional e sustentabilidade financeira da companhia. Saiba mais…

    CPFL (CPFE3)

    A agência de classificação de risco Fitch atribuiu à CPFL o rating corporativo na escala global em “BBB”.

    JBS (JBSS32)

    A JBS, gigante global de alimentos, anunciou nesta quinta-feira (02/10) um investimento de US$ 70 milhões na expansão da produção de frangos no Paraguai. O aporte será realizado em etapas e teve início com a aquisição da marca local Pollos Amanecer, que possui uma fábrica no distrito de Doctor Juan Eulogio Estigarribia, conhecido como Campo 9, no departamento de Caaguazú. Saiba mais…

    MBRF (MBRF3)

    A MBRF Global Foods Company anunciou nesta quinta-feira (02/10) o fechamento da operação de aquisição de 50% da Gelprime, empresa paranaense especializada em colágeno e gelatina. O valor total do negócio foi de R$ 312,5 milhões, consolidando a estratégia da companhia de expandir sua atuação em segmentos de maior valor agregado dentro da cadeia de proteínas. Saiba mais…

    Monteiro Aranha (MOAR3)

    A Monteiro Aranha informou ao mercado, na noite de quarta-feira (01/10), que seus acionistas controladores protocolaram junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à B3 o pedido de registro de uma Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) com o objetivo de cancelar o registro da companhia e promover seu fechamento de capital. Saiba mais…

    Oi (OIBR3/OIBR4)

    A Oi, uma das companhias de telecomunicações mais acompanhadas da bolsa de valores, anunciou nesta quinta-feira (02/10) o cancelamento da assembleia geral extraordinária (AGE) que estava marcada para o dia 9 de outubro. O encontro tinha como objetivo deliberar sobre o grupamento das ações na proporção de 25 para 1. Saiba mais…

    Oncoclínicas (ONCO3) 

    A Oncoclínicas Brasil Serviços Médicos comunicou nesta quarta-feira (01/10) a rescisão do contrato de locação “built to suit” firmado com a Vergueiro, afiliada da Cedro, para a construção de um complexo hospitalar de oncologia em São Paulo. O cancelamento, que envolvia um investimento estimado em R$ 300 milhões, não resultará em desembolso adicional para a companhia, já que valores pagos anteriormente foram compensados pela multa rescisória. Saiba mais…

    Petrobras (PETR3/PETR4)

    A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (02/10) a assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU) com a Amazon Brasil, unidade da gigante do e-commerce, para desenvolver e implementar soluções de combustíveis de baixa emissão de carbono voltadas ao setor logístico no país. Saiba mais…

    Raízen (RAIZ4)

    A Raízen S.A. anunciou nesta quarta-feira (01/10) a incorporação de sua subsidiária Raízen Centro-Sul Comercializadora. Segundo a companhia, a medida tem como objetivo simplificar a estrutura de capital e operacional, consolidando em sua própria base todos os ativos e passivos financeiros da subsidiária. Saiba mais…

    (Com informações da TCMover e Momento B3)