Ações da Petrobras revertem quedas anteriores e lideram ganhos no setor de energia, impulsionadas por acordos com a Índia e investimentos em exploração.

Rio de Janeiro, 17 de outubro de 2025 – Em um dia de recuperação para o mercado brasileiro, as ações da Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) registraram altas expressivas tanto na B3 quanto na NYSE, contrastando com a volatilidade global das commodities e sinalizando confiança dos investidores na estratégia de expansão internacional da companhia. Essa notícia inédita explora o desempenho detalhado do pregão, comparações com os preços do petróleo e rivais do setor, além de fatores corporativos que moldaram os movimentos, oferecendo uma visão humanizada para quem navega pelas incertezas do mercado financeiro em um mundo de tensões geopolíticas e ajustes fiscais.

O desempenho da PETR4 na B3 hoje foi positivo, com as ações preferenciais encerrando em R$ 29,73, uma valorização de R$ 0,28 ou +0,95% em relação ao fechamento anterior. O pregão iniciou com abertura em R$ 29,50, alcançando máxima de R$ 29,95 e mínima de R$ 29,31, em um volume negociado superior a 35 milhões de unidades. Essa subida reflete uma rotação de portfólios para ativos de commodities, com investidores buscando refúgio em papéis de alta liquidez como os da Petrobras, que ajudaram a impulsionar o Ibovespa de volta aos 143 mil pontos em uma sessão marcada pelo vencimento de opções.

Já a PETR3, as ações ordinárias da Petrobras na B3, seguiu o ritmo otimista, fechando em R$ 31,64, com ganho de R$ 0,15 ou +0,48%. A sessão abriu em R$ 31,46, com máxima de R$ 31,88 e mínima de R$ 31,34, e volume de cerca de 11,9 milhões de papéis. Embora o avanço tenha sido mais moderado que o das preferenciais, o movimento reforça a atratividade da estatal para investidores institucionais, que veem na companhia uma âncora em meio à instabilidade do setor de energia, impulsionada por fluxos de capital estrangeiro retornando à B3 após semanas de aversão ao risco.

Nos Estados Unidos, a ADR PBR na NYSE apresentou uma recuperação mais vigorosa, fechando em US$ 11,70, com alta de US$ 0,14 ou +1,21%. O pregão americano começou em US$ 11,54, tocando máxima de US$ 11,77 e mínima de US$ 11,50, com volume acima de 23 milhões de ADRs. Esse desempenho superior ao da B3 pode ser atribuído à diversificação de holders institucionais nos EUA, que equilibram riscos locais com o apelo de dividendos elevados da Petrobras, em um contexto de expectativas por cortes de juros do Fed.

A ADR PBR.A, por sua vez, liderou os ganhos entre as classes de ações da companhia, subindo +1,94% para US$ 11,04, com variação absoluta de +US$ 0,21. A abertura foi em US$ 10,79, máxima em US$ 11,05 e mínima de US$ 10,755, com volume de 8,5 milhões. Essa performance mais acentuada reflete o foco de investidores em ativos de renda, sensíveis a anúncios de remuneração aos acionistas, e destaca a sensibilidade das preferenciais a movimentos de curto prazo no mercado americano.

Ao comparar o desempenho da Petrobras nas bolsas com os preços do petróleo hoje, nota-se uma divergência positiva para as ações da companhia. O Óleo Brent (CCOM:OILBRENT) avançou +0,62% para US$ 61,245, abrindo em US$ 60,775, com máxima de US$ 61,325 e mínima de US$ 60,07. Já o Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) subiu +0,54% para US$ 57,285, iniciando em US$ 56,97, máxima de US$ 57,365 e mínima de US$ 56,215. Apesar das leves altas, o petróleo acumula a terceira queda semanal consecutiva devido a preocupações com demanda chinesa, mas as ações da Petrobras superaram essas commodities em percentual, sugerindo que fatores locais e corporativos, como acordos de exportação, sobrepujaram a pressão global.

Assuntos relacionados à Petrobras hoje incluem o anúncio de expansão das vendas de petróleo para a Índia, com foco em refinarias estatais, conforme declarado pelo diretor executivo de Logística, Comercialização e Mercados. A companhia assinou um contrato para fornecer 6 milhões de barris a uma estatal indiana, fortalecendo laços comerciais bilaterais durante a visita de uma delegação brasileira à Ásia. Além disso, a Petrobras destinou R$ 793 milhões para perfuração na Margem Equatorial, cobrindo implantação, licenciamento e mitigação ambiental do primeiro poço na bacia da Foz do Amazonas, reforçando um novo ciclo exploratório. A contratação da 12ª plataforma para o campo de Búzios visa elevar a produção de óleo e gás, enquanto a contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025 frustrou sindicatos, gerando tensões internas. A empresa ainda não ajustou preços de combustíveis apesar da volatilidade internacional, alimentando especulações sobre sua política de paridade de importação. A expectativa pelos resultados do 3T25, com divulgação prevista para novembro, também pesa, com analistas projetando lucro acima de R$ 30 bilhões.

Comparando os preços da Petrobras com outras empresas internacionais do mesmo segmento, a companhia brasileira se destacou positivamente, superando pares em magnitude de ganhos. A BP (NYSE:BP) | (LSE:BP.) subiu +1,07% na NYSE para US$ 33,13, ligeiramente melhor que a PBR, impulsionada por hedges contra volatilidade. A ConocoPhillips (NYSE:COP) recuou -0,49% para US$ 86,48, pior que a Petrobras, afetada por atrasos em projetos canadenses. A Chevron (NYSE:CVX) avançou +0,96% para US$ 153,17, alinhada à PETR4, graças a aquisições recentes. A ENI (NYSE:E) | (BIT:E) foi a grande vencedora, com +1,75% para US$ 34,80, beneficiada por parcerias na África. A Equinor (NYSE:EQNR) ganhou +1,00% para US$ 23,12, similar à PBR. A Shell (NYSE:SHEL) | (LSE:SHEL) subiu +1,71% na NYSE para US$ 72,59, superando a Petrobras com foco em LNG. A TotalEnergies (NYSE:TTE | EU:TTE) avançou +0,27% na NYSE para US$ 52,71, mas sua ADR europeia saltou +1,90% para 61,59, destacando-se. A Exxon Mobil (NYSE:XOM) cresceu +1,45% para US$ 112,24, melhor que a média. No doméstico, a PetroRio (BOV:PRIO3) explodiu +5,61% para R$ 36,12, liderando; Petroreconcavo (BOV:RECV3) +1,31% para R$ 12,33; PET MANGUINH (BOV:RPMG3) caiu -0,94% para R$ 2,10; Brava Energia (BOV:BRAV3) +2,63% para R$ 15,22. Assim, a Petrobras posicionou-se no topo do pelotão, melhor que Conoco e TotalEnergies NYSE, mas atrás de PetroRio e ENI.

Para aprofundar os motivos por trás das variações nos preços do petróleo e da Petrobras, eis um resumo em tópicos:

  • Recuperação modesta do petróleo: Brent e WTI sobem 0,5-0,6% hoje, mas acumulam terceira queda semanal por demanda chinesa fraca, contrastando com alta das ações.
  • Expansão para a Índia: Contrato de 6M barris reforça receitas de exportação, impulsionando otimismo apesar de petróleo volátil.
  • Investimentos exploratórios: R$793M na Margem Equatorial e 12ª plataforma em Búzios sinalizam crescimento de produção, atraindo investidores.
  • Tensões trabalhistas: Contraproposta ACT 2025 frustra FNP, adicionando ruído, mas não abala fundamentos.
  • Política de preços: Manutenção de combustíveis apesar de queda semanal agrada varejistas, mas gera críticas sobre paridade.
  • Expectativas 3T25: Projeções de lucro alto e dividendos elevados (yield 19,66%) sustentam alta, per Morningstar.

Em resumo, o dia da Petrobras foi de consolidação positiva, com altas nas bolsas superando a moderação do petróleo e refletindo um mercado financeiro em busca de estabilidade. Para quem acompanha ações e commodities B3, esses movimentos destacam a interconexão entre diplomacia comercial e valuations globais. Quer monitorar tudo em tempo real? Acompanhe o desempenho da Petrobras diretamente na página de Cotação da PETR4 na ADVFN.