WTI avança 0,04% para US$ 60,17 e Brent sobe 0,29% para US$ 64,04. Petrobras recua na B3 e NYSE, mas setor petroleiro mundial mostra resiliência com foco em produção de baixo custo.
O mercado de petróleo iniciou a quinta-feira (30/10) com otimismo moderado, abrindo em torno de US$ 60,13 para o WTI e US$ 64,00 para o Brent, refletindo sinais de melhora nas relações comerciais entre Estados Unidos e China, que podem dinamizar a demanda global. Apesar da cautela com projeções de sobreprodução (oversupply) da IEA — estimando excesso de 2,35 milhões de barris por dia em 2025 —, o setor de exploração de petróleo manteve fôlego, com majors como ExxonMobil e Chevron priorizando eficiência operacional para enfrentar a volatilidade.
O Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) para dezembro fechou em US$ 60,17, com abertura (ABE) em US$ 60,13, máxima (MÁX) de US$ 60,68, mínima (MIN) de US$ 59,55 e variação absoluta (VAR) de +US$ 0,02 (+0,04%). Já o Brent (CCOM:OILBRENT), referência mundial, encerrou em US$ 64,04, abrindo em US$ 64,00, com máxima de US$ 64,48, mínima de US$ 63,51 e VAR de +US$ 0,18 (+0,29%). Esses ganhos marginais estendem a recuperação da véspera, mas o preço ainda paira abaixo de US$ 65, pressionado por estoques nos EUA que caíram 6,858 milhões de barris — bem acima da expectativa de -200 mil —, sinalizando demanda mais forte do que o previsto.
No Brasil, a Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) sentiu o impacto misto do dia: PETR3 fechou em R$ 31,63 (-0,97%, VAR -R$ 0,31), com volume de 9,66 milhões de ações; PETR4 em R$ 29,92 (-0,33%, VAR -R$ 0,10), negociando 22,59 milhões de papéis. Na NYSE, PBR terminou em US$ 11,75 (-1,09%, VAR -US$ 0,13) e PBR.A em US$ 11,10 (-0,89%, VAR -US$ 0,10). A estatal, 7ª maior produtora mundial graças ao pré-sal, enfrenta volatilidade com a ausência de dividendos extraordinários em 2025 e pressões do aço chinês, mas o Ibama autorizou perfuração na Margem Equatorial, um avanço estratégico após anos de disputas.
Outras empresas brasileiras de exploração de petróleo na B3 também oscilaram: PetroRio (BOV:PRIO3) fechou em R$ 35,77 (-0,64%, VAR -R$ 0,23), com 5,31 milhões de ações, beneficiada pela retomada da produção no Campo de Peregrino após interdição da ANP. Brava Energia (BOV:BRAV3) subiu para R$ 14,57 (+0,76%, VAR +R$ 0,11), enquanto PetroReconcavo (BOV:RECV3) ficou quase estável em R$ 12,39 (-0,08%, VAR -R$ 0,01). Pet Manguinhos (BOV:RPMG3) destacou-se com +6,22% (VAR +R$ 0,13), impulsionada por expectativas de vendas no 3T25.
Nos EUA, gigantes da exploração como ExxonMobil (NYSE:XOM) recuaram para US$ 114,95 (-1,28%, VAR -US$ 1,49), Chevron (NYSE:CVX) para US$ 153,10 (-1,29%, VAR -US$ 2,00) e ConocoPhillips (NYSE:COP) para US$ 88,14 (+0,07%, VAR +US$ 0,06). Apesar das quedas, o setor upstream reportou lucros combinados de US$ 29 bilhões no trimestre, com Exxon e Chevron focando em crescimento de produção para 2025-2026, mesmo com preços em baixa e oferta OPEP+ em alta.
Internacionalmente, Shell (LSE:SHEL) fechou em £2.883,00 (+0,26%, VAR +£7,50) na LSE, enquanto na NYSE (NYSE:SHEL) ficou em US$ 74,73 (-1,09%, VAR -US$ 0,82). TotalEnergies (EU:TTE) recuou para €53,64 (-0,92%, VAR -€0,50) na Euronext e US$ 61,64 (-0,93%, VAR -US$ 0,58) na NYSE. Equinor (OSE:EQNR) terminou em US$ 23,99 (-0,72%, VAR -US$ 0,17) na NYSE, impactada por queda de 60% no lucro do 3T25 devido a preços baixos, mas com arremates em blocos da Bacia de Campos.
O setor de exploração de petróleo, avaliado em US$ 4,2 trilhões em 2025 (CAGR de 6% nos últimos cinco anos), navega entre resiliência e desafios: produção por poço nos EUA cresceu menos de 2% de junho/2024 a junho/2025, e tarifas de importação podem elevar custos em 2-5%. Majors como ExxonMobil e Chevron priorizam eficiência no Permian Basin, enquanto NOCs como Saudi Aramco alertam para demanda forte apesar de sanções à Rússia.
Fatores que influenciaram os preços do petróleo nesta quinta-feira
- Petróleo: Estoques nos EUA caíram 6,858 milhões de barris (acima de -200 mil esperados), sinalizando demanda robusta; melhora nas relações EUA-China impulsiona otimismo, mas IEA prevê oversupply de 2,35 mi bpd em 2025.
- Petrobras: Lucro do 2T25 em R$ 26,7 bi (-24,3% vs anterior); sem dividendos extraordinários em 2025 pressiona ações; aprovação do Ibama para Margem Equatorial anima exploração.
- Setor upstream: Majors reportam US$ 29 bi em lucros trimestrais; foco em produção de baixo custo (Exxon breakeven US$ 30/barril até 2030); OPEP+ planeja alta na oferta, contendo preços.
As commodities de petróleo continuam moldando o mercado brasileiro, com a B3 sensível a flutuações globais que afetam Petrobras e pares como PetroRio. Para navegar essa volatilidade, acompanhe em tempo real na Central de Commodities da ADVFN.