WTI fecha em US$ 59,30 (+3,09%) e Brent em US$ 63,96 (+4,15%). Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) avança na B3 e NYSE, enquanto petroleiras como Exxon Mobil e Chevron celebram alta na commodity.

O mercado de petróleo respirou aliviado nesta quarta-feira (22/10), com os preços da commodity registrando uma recuperação expressiva após tocar mínimas de cinco meses na véspera, impulsionados por uma queda surpreendente nos estoques americanos e pela redução no comércio entre Índia e Rússia. Para quem acompanha o setor de exploração de petróleo, esse movimento veio como um bálsamo, reacendendo o otimismo em meio a temores de excesso de oferta global – afinal, nada como uma boa notícia nos estoques para lembrar que o ouro negro ainda dita o ritmo de boa parte da economia mundial. No Brasil, o dia ganhou contornos especiais com o leilão de blocos no pré-sal, que reforçou a relevância estratégica da exploração offshore para o país.

Nos detalhes do fechamento, o Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) abriu em US$ 57,505, tocou máxima de US$ 59,80 e mínima de US$ 57,325, encerrando em US$ 59,295 com variação absoluta de +US$ 1,78 (+3,09%) – um salto que reflete a resiliência da demanda americana apesar das incertezas geopolíticas. Já o Óleo Brent (CCOM:OILBRENT) iniciou em US$ 61,365, alcançou US$ 64,115 na máxima e US$ 61,175 na mínima, fechando em US$ 63,96 após subir US$ 2,55 (+4,15%), impulsionado por cortes na oferta europeia e asiática. Esses ganhos marcam uma virada técnica após a volatilidade recente, com traders agora de olho em relatórios semanais de estoques para confirmar a tendência.

No Brasil, as ações ligadas à exploração de petróleo sentiram o impacto positivo da commodity. A Petrobras (BOV:PETR3 | BOV:PETR4 | NYSE:PBR | NYSE:PBR.A) viu suas preferenciais (BOV:PETR4) avançarem 1,25% para R$ 29,88, enquanto as ordinárias (BOV:PETR3) subiram 1,50% para R$ 31,70 na B3; na NYSE, o ADR PBR ganhou 1,90% para US$ 11,78 e PBR.A 1,64% para US$ 11,13. A estatal foi protagonista no leilão do pré-sal, arrematando o bloco Citrino na Bacia de Campos ao lado da Equinor, além de vencer um terminal no Porto do Rio por R$ 104 milhões – um sinal claro de que a exploração continua sendo o motor da companhia, mesmo em debates sobre transição energética.

Outras petroleiras brasileiras também surfaram a onda: a PetroRio (BOV:PRIO3) disparou 3,04% para R$ 36,22, refletindo otimismo com blocos offshore; a PetroReconcavo (BOV:RECV3) subiu 2,45% para R$ 12,56, fortalecida por sua expertise em campos maduros; e a Pet Manguih (BOV:RPMG3) avançou 0,96% para R$ 2,11, em um dia de consolidação para empresas menores do setor. Esses ganhos na B3 destacam como a alta no petróleo reverbera diretamente nas ações de exploração, beneficiando desde gigantes estatais até players independentes que apostam na eficiência operacional.

Globalmente, as grandes petroleiras de exploração de petróleo negociadas na NYSE ecoaram o entusiasmo. A Exxon Mobil (NYSE:XOM) fechou em US$ 114,97 (+2,01%), impulsionada por sua exposição a ativos americanos com estoques em queda; a Chevron (NYSE:CVX) subiu para US$ 155,76 (+1,28%), com foco em eficiência em poços offshore; e a ConocoPhillips (NYSE:COP) avançou para US$ 87,40 (+1,15%), capitalizando sua presença no shale gas e petróleo cru. Essas majors, com portfólios diversificados, viram seus papéis ganharem tração em um dia onde a commodity recuperou fôlego, reforçando a correlação direta entre preços do barril e valuation das exploradoras.

Além da NYSE, o setor brilhou em outras bolsas internacionais. Na LSE, a BP (LSE:BP.) subiu 1,84% para 421,40, beneficiada por sua fatia em projetos no Atlântico Norte; a Shell (LSE:SHEL) avançou 1,62% para 2.761,00, com ênfase em gás liquefeito e transição, mas ainda ancorada na exploração tradicional. Na Euronext, a TotalEnergies (EU:TTE) ganhou 0,72% para €53,03 e 1,98% para US$62,20 em ADR, enquanto a ENI (BIT:E) na Itália subiu 2,43% para €35,43, impulsionada por concessões na África. Na ASX, a Brava Energia (ASX:BRAV3) – com laços brasileiros – disparou 2,18% para A$14,51. Essas variações globais pintam um quadro de sincronia: quando o petróleo sobe, as exploradoras dançam no mesmo ritmo, independentemente do fuso horário.

O desempenho das principais empresas petroleiras mundiais nesta quarta-feira (22/10) reforça a narrativa de recuperação setorial. A Equinor (NYSE:EQNR) destacou-se com +3,83% para US$24,10, graças à vitória no leilão brasileiro ao lado da Petrobras; a Shell (NYSE:SHEL) subiu 2,66% para US$74,60, navegando bem entre óleo e renováveis; e a TotalEnergies (NYSE:TTE) avançou 1,98% para US$62,20. Esses movimentos não são isolados: com estoques nos EUA caindo e comércio Índia-Rússia encolhendo, as majors de exploração veem margens mais folgadas, mas o debate ambiental – como a licença na Margem Equatorial da Petrobras, considerada compatível com a transição energética pela ANP – adiciona camadas de complexidade para investidores de longo prazo.

  • Alta nos preços do petróleo: A commodity subiu após queda nos estoques EUA e redução no comércio Índia-Rússia, revertendo mínimas de 5 meses.
  • Leilão pré-sal brasileiro: Petrobras e Equinor dominaram, arrematando blocos como Citrino; governo planeja mais 18 em 2026.
  • Debate transição energética: Exploração compatível com metas climáticas, mas COP30 deve intensificar discussões ambientais.
  • Sancões russas: EUA pressionam petroleiras russas por cessar-fogo na Ucrânia, impactando oferta global.

Em um mercado onde as commodities ainda ditam boa parte do humor da B3, o dia de alta no petróleo não só elevou a Petrobras e pares, mas reacendeu debates sobre o equilíbrio entre exploração e sustentabilidade – um lembrete de que o setor de petróleo é vital para o Brasil, mas precisa navegar águas turbulentas. Para não perder nenhum movimento, acompanhe em tempo real na Central de Commodities da ADVFN.