Com 35,1 milhões de toneladas processadas, a Raízen superou o volume da safra anterior, mas enfrentou desafios climáticos e queda nas vendas de etanol e açúcar, refletindo em ajustes operacionais no trimestre.

A Raízen S.A. (BOV:RAIZ4) divulgou nesta quarta-feira (22/10) sua prévia operacional referente ao segundo trimestre do ano-safra 2025/26, informando que a moagem de cana-de-açúcar somou 35,1 milhões de toneladas, acima dos 32,9 milhões registrados no mesmo período do ciclo anterior. O avanço foi impulsionado pela maior disponibilidade de cana em algumas regiões, apesar das condições climáticas desafiadoras enfrentadas na safra anterior.

De acordo com a companhia, a redução da produtividade agrícola ainda foi impactada por queimadas, geadas e efeitos climáticos persistentes, além da venda de 1,3 milhão de toneladas de cana e da desmobilização da Usina Santa Elis, o que levou a ajustes estratégicos na operação para otimizar o uso de ativos e recursos.

As vendas de etanol próprio recuaram para 817 mil metros cúbicos, ante 974 mil um ano antes, enquanto as vendas de açúcar somaram 1,5 milhão de toneladas, frente aos 2,1 milhões do mesmo período da safra anterior. Segundo a Raízen, o desempenho de açúcar foi impactado por uma base de comparação atípica, já que o ciclo passado concentrou maior volume de comercialização no primeiro semestre.

A companhia ressaltou que o mix de produção segue sendo ajustado conforme as condições de mercado e o cenário climático, reforçando sua estratégia de eficiência operacional e sustentabilidade.

No pregão desta quarta-feira (22/10), as ações preferenciais da Raízen (RAIZ4) encerraram o dia estáveis a R$0,94, após oscilarem entre a mínima de R$0,84 e a máxima de R$0,94. O papel acumula perdas expressivas nos últimos 12 meses, acompanhando o desempenho mais volátil do setor sucroenergético na bolsa de valores.

A Raízen atua nos segmentos de energia renovável, açúcar e etanol, sendo uma das maiores produtoras integradas do setor no mundo. A empresa é resultado da joint venture entre a Cosan (BOV:CSAN3) e a Shell (NYSE:SHEL), e tem presença relevante na produção, comercialização e distribuição de biocombustíveis e energia elétrica de fontes limpas.