A semana foi de forte aversão ao risco para as Small Caps brasileiras. O índice do setor (BOV:SMLL) recuou -4,29% no período. O movimento refletiu a cautela dos investidores diante do cenário macroeconômico e a realização de lucros em ações que vinham se valorizando nos últimos meses.

O setor de saúde foi o mais penalizado, com Oncoclínicas (BOV:ONCO3) registrando a maior queda do período, recuando -26,55%. Analistas destacam que expectativas mais cautelosas sobre resultados e revisão de projeções de lucro impactaram diretamente o papel.

Logo atrás, a CM Hospitalar (BOV:VVEO3) apresentou queda de -18,18%, também no segmento de saúde. A volatilidade neste setor reflete o desafio das empresas em equilibrar expansão de serviços com custos operacionais crescentes.

O setor de construção civil e incorporação imobiliária não ficou imune. Gafisa (BOV:GFSA3) caiu -15,16%, enquanto MRV (BOV:MRVE3) recuou -13,11%, refletindo preocupações com crédito e demanda por imóveis em algumas regiões do país.

Entre empresas de logística e transporte, JSL (BOV:JSLG3) amargou queda de -14,96%, seguindo a tendência de ajuste de preços e custos de combustíveis, enquanto a locadora de energia Raízen (BOV:RAIZ4) caiu -13,86%, pressionada por fatores de mercado e volatilidade no setor energético.

No varejo, Grupo Casas Bahia (BOV:BHIA3) registrou retração de -13,85%, em linha com o menor apetite do consumidor em segmentos não essenciais. Já a distribuidora Sendas (BOV:ASAI3) caiu -11,05%, refletindo a mesma tendência de cautela no consumo.

O setor de energia também teve destaque negativo, com Brava Energia (BOV:BRAV3) recuando -12,44%, enquanto a locadora de logística Armac (BOV:ARML3) e a AZZAS (BOV:AZZA3) tiveram quedas de -12,36% e -11,52%, respectivamente.

A área educacional apresentou volatilidade elevada, com Ser Educacional (BOV:SEER3) caindo -11,41%, pressionada por resultados trimestrais abaixo do esperado e ajustes de projeções de crescimento.

Entre materiais de construção e produtos industriais, Dexco (BOV:DXCO3) também sofreu perdas de -11,11%, reforçando o movimento de cautela que permeou toda a semana para as Small Caps.

No setor de mobilidade, Movida (BOV:MOVI3) caiu -10,36%, refletindo o impacto da alta do combustível e a expectativa de menor demanda em um cenário econômico ainda incerto.

O clima de correção afetou o Ibovespa (BOV:IBOV), que registrou movimentações moderadas, enquanto investidores buscavam refúgio em ações de maior liquidez e setores defensivos. O movimento reforça a ideia de que as Small Caps continuam mais sensíveis a oscilações macroeconômicas.

Analistas do Momento B3 destacam que essas quedas podem gerar oportunidades para investidores de perfil mais agressivo, especialmente na entrada em empresas sólidas que foram penalizadas pelo movimento geral do mercado.

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