As bolsas de valores da região Ásia-Pacífico encerraram a sexta-feira (21/11) no negativo, refletindo um movimento sincronizado de aversão ao risco após a forte derrocada das ações de semicondutores norte-americanos na noite anterior. A pressão mais intensa veio da Coreia do Sul, com o Kospi registrando a maior queda do dia. O clima de cautela tomou conta dos investidores à medida que o mercado asiático avaliou fatores como volatilidade, projeção de mercado e temores renovados sobre uma bolha de IA.
China
Os índices chineses Shanghai SE e Shenzhen Composto terminaram o pregão em queda, fortemente pressionados pelo humor negativo global relacionado às ações de tecnologia e pelos sinais de desaceleração do apetite por risco. O Shanghai Composto recuou 2,45%, enquanto o Shenzhen Composto caiu 3,4%, atingindo 2.370,32 pontos. Em um ambiente de aversão ao risco, as bolsas de valores da China costumam sofrer com saídas de capital e desvalorização de moedas locais, especialmente quando o investidor global se afasta de setores ligados à tecnologia ou infraestrutura.
Japão
No Japão, o Nikkei 225 cedeu 2,4% em Tóquio, pressionado por quedas acentuadas em grandes nomes da tecnologia, como SoftBank Group e Advantest, ambos acima de 10% de baixa. Além do impacto direto da liquidação global de semicondutores, a volatilidade do iene adicionou uma camada extra de incerteza para empresas exportadoras, que ficam mais vulneráveis quando há oscilações bruscas no câmbio.
Hong Kong
Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 2,4%, a 25.220,02 pontos, acompanhando a fraqueza generalizada das ações de tecnologia na região Ásia-Pacífico. O sentimento negativo também refletiu preocupações sobre múltiplos esticados em empresas ligadas à inteligência artificial e investimentos em infraestrutura digital.
Austrália
A bolsa de valores australiana também fechou em queda, com o S&P/ASX 200 (ASX:XJO) recuando 1,59% a 8.416,50 pontos. O movimento refletiu a fuga global de risco após o tombo de empresas de tecnologia nos EUA e na Ásia, além da sensibilidade do mercado australiano a ciclos de commodities, volatilidade e expectativas de política monetária internacional.
Índia
Embora os índices indianos não tenham sido detalhados no material enviado, o mercado local costuma reagir com cautela a quedas globais de tecnologia, dado o peso do setor de TI na economia do país. A volatilidade internacional tende a afetar o câmbio indiano e os retornos dos títulos locais quando cresce o receio global de aperto de liquidez.
Coreia
A Coreia do Sul foi o epicentro das perdas desta sexta-feira (21/11). O Kospi despencou 3,8% a 3.853,26 pontos, com quedas violentas em gigantes dos semicondutores. A Samsung Electronics recuou 5,8%, enquanto a SK Hynix tombou 8,8%. Ambas acompanham de perto o desempenho da norte-americana Nvidia, que na véspera derreteu em meio a temores de bolha de IA. Em períodos de forte aversão ao risco e quedas de semicondutores, o won sul-coreano costuma perder força e os títulos públicos locais tendem a atrair fluxos defensivos.
Moedas na Ásia nas últimas 24 horas
As principais moedas asiáticas se enfraqueceram diante do dólar e do euro nas últimas 24 horas, refletindo o aumento da volatilidade global e o ajuste das expectativas para juros dos EUA. A pressão foi mais intensa sobre moedas sensíveis ao ciclo tecnológico, como o won sul-coreano, seguido pelo iene japonês, que voltou a oscilar em meio ao receio sobre política monetária e volatilidade cambial global.
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