Ações da Marcopolo (POMO4) recuam 7,73% nesta segunda-feira (03/11), após divulgação do 3T25 com receita abaixo do esperado e volumes domésticos mais fracos; BTG rebaixa recomendação para neutra e preço-alvo cai de R$ 12 para R$ 10.
As ações da Marcopolo S.A. (BOV:POMO4) registraram forte queda nesta segunda-feira (03/11), com baixa de 7,73%, cotadas a R$ 7,27 às 16h. Esse movimento ocorre em sequência à desvalorização de 10,5% na última sexta-feira (31/10), refletindo o impacto do resultado do terceiro trimestre de 2025 (3T25) divulgado pela fabricante de ônibus.
O desempenho do 3T25 da Marcopolo revelou receita aquém do esperado e volumes domésticos mais fracos, o que gerou preocupação entre investidores sobre uma possível desaceleração da demanda. Apesar das margens sólidas, impulsionadas pelo mix de produtos domésticos e ônibus elétricos, o mercado interpreta o trimestre como o potencial pico de rentabilidade de 2025.
O BTG rebaixou a recomendação das ações da Marcopolo para “neutra”, destacando que o crescimento da companhia deve atingir um platô entre 2025 e 2026. Entre os fatores positivos, analistas apontam o bom momento das exportações à Argentina, possibilidade de dividendo extraordinário e novas licenças de micro-ônibus. Entre os riscos, estão a deterioração do mix em 2026, menor poder de precificação no segmento rodoviário e apreciação do real.
A administração da Marcopolo destacou que o 3T25 manteve margens fortes, mesmo diante de volumes domésticos mais baixos, e reforçou a estratégia de crescimento sustentável no segmento de ônibus elétricos, mantendo foco na diversificação e eficiência operacional.
No pregão desta segunda-feira (03/11), POMO4 abriu a R$ 7,50, atingiu máxima de R$ 7,55 e mínima de R$ 5,79, finalizando cotada a R$ 7,27. A forte volatilidade reflete a reavaliação do mercado frente ao resultado trimestral, com investidores cautelosos sobre o próximo ciclo de crescimento da companhia.
Fundada em 1949, a Marcopolo S.A. atua no setor de transporte rodoviário e é reconhecida como uma das principais fabricantes de ônibus do Brasil, com presença internacional. Seus principais concorrentes incluem a Neobus e a Comil, e seu portfólio contempla ônibus urbanos, rodoviários e micro-ônibus, incluindo linhas elétricas e sustentáveis.