As ações da Petrobras encerraram esta segunda-feira (10/11) em alta moderada, acompanhando a valorização do petróleo e o bom humor das petroleiras internacionais, mesmo em meio à tensão por um possível estado de greve dos petroleiros no Brasil.
O dia foi positivo para a Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR), que seguiu o movimento de recuperação dos preços do petróleo e o avanço das principais companhias do setor no exterior. Na bolsa de valores brasileira (B3), as ações PETR3 subiram 0,88%, cotadas a R$34,58, enquanto PETR4 avançou 0,56%, fechando a R$32,36. O pregão foi marcado por leve volatilidade, com investidores monitorando o cenário político e as negociações trabalhistas da estatal.
Na bolsa de Nova York (NYSE), os recibos da empresa também apresentaram ganhos: PBR subiu 1,09%, a US$13,00, e PBR.A teve alta de 0,84%, cotada a US$12,16. O desempenho refletiu a combinação de otimismo externo e valorização do petróleo no mercado internacional.
Petróleo reage e apoia ações do setor
Os preços do petróleo encerraram o dia em leve alta, sustentando o bom humor das companhias de energia.
O Óleo Brent (CCOM:OILBRENT) permaneceu estável em US$63,84 por barril, enquanto o Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) avançou 0,07%, cotado a US$59,95. A sessão foi marcada por expectativa de maior apetite por risco global e perspectiva de ajuste técnico após as recentes quedas da commodity.
Esse cenário deu sustentação às petroleiras listadas em diversas bolsas, com investidores apostando em recuperação gradual da demanda global e maior equilíbrio entre oferta e consumo.
Fatores que influenciaram o pregão da Petrobras:
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Estado de greve: A Federação Única dos Petroleiros (FUP) aprovou o estado de greve nacional após rejeitar a contraproposta da Petrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
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Resultados e dividendos: O mercado ainda repercute o lucro líquido de R$32,7 bilhões no 3T25 e o anúncio de R$12,2 bilhões em dividendos, com o primeiro pagamento previsto para 21 de novembro.
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Cenário político e energético: A fala recente do Ministro de Minas e Energia, defendendo avanços na transição energética, trouxe otimismo ao setor e sustentou o movimento comprador.
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Defasagem do diesel: A Abicom destacou defasagem de cerca de 13% no preço do diesel, indicando possível reajuste nas refinarias — fator que mantém o ativo sob os holofotes dos investidores.
Comparação internacional: Petrobras avança junto com as grandes
Entre as gigantes globais, o desempenho da Petrobras foi alinhado ao tom positivo do setor. Nos Estados Unidos, Exxon Mobil (NYSE:XOM) subiu 0,86%, enquanto Chevron (NYSE:CVX) avançou 0,45%. Na Europa, TotalEnergies (NYSE:TTE) ganhou 1,08% e a italiana ENI (NYSE:E) valorizou 1,54%. No Reino Unido, Shell (NYSE:SHEL) teve alta de 1,07%, e na Noruega, Equinor (NYSE:EQNR) foi exceção, com leve queda de 0,53%.
No comparativo geral, o desempenho da Petrobras ficou dentro da média global, refletindo o mesmo otimismo das majors, mas com maior volatilidade doméstica por conta das negociações trabalhistas.
Análise e perspectivas
Para os analistas, o movimento de alta da Petrobras foi técnico e sustentado pelo petróleo. No entanto, a aprovação do estado de greve e o risco de paralisação podem trazer volatilidade aos papéis nos próximos pregões. Por outro lado, o sólido fluxo de caixa, o pagamento de dividendos e os fundamentos robustos da companhia seguem dando suporte aos investidores de longo prazo.
A visão de mercado é que, enquanto o petróleo se mantiver acima de US$60 o barril e as tensões trabalhistas não evoluírem para uma paralisação efetiva, PETR3 e PETR4 devem preservar a tendência positiva no curto prazo.
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