WTI e Brent encerram o dia em alta; Petrobras sobe na B3 e ADRs avançam em Nova York, acompanhando o movimento positivo das principais petroleiras globais.
O mercado de petróleo fechou em leve alta nesta segunda-feira (10/11), sustentado pela melhora no humor dos investidores internacionais e pela percepção de que as tensões fiscais nos Estados Unidos podem ter um desfecho menos dramático do que o previsto. O movimento de recuperação foi reforçado pela expectativa de estabilidade na demanda global, após semanas de ajustes técnicos e preocupações geopolíticas.
Mercado Internacional de Petróleo
Os contratos futuros do Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) encerraram o dia cotados a US$ 59,95 por barril, com variação de +0,04 (+0,07%). O ativo oscilou entre US$ 59,94 na mínima e US$ 59,995 na máxima.
Já o Petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) manteve estabilidade, fechando a US$ 63,84, após alcançar máxima de US$ 63,95 e mínima de US$ 63,73.
O avanço do WTI, ainda que discreto, refletiu a combinação de um ambiente global mais favorável ao risco e o otimismo quanto a um possível acordo político em Washington que evite o shutdown do governo americano. Além disso, preocupações pontuais com interrupções na oferta — devido a sanções impostas pelos EUA e ataques a refinarias russas — também ajudaram a sustentar os preços do petróleo.
Fatores que influenciaram o mercado:
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Apetite por risco: melhora nas bolsas globais após progressos políticos nos EUA;
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Oferta limitada: novas restrições e sanções a exportadores russos;
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Perspectiva de demanda: revisão mais cautelosa da Opep, mas com foco no equilíbrio de curto prazo.
Desempenho do Setor na B3
Na bolsa de valores brasileira, as ações ligadas à exploração e produção de petróleo acompanharam o movimento positivo das commodities.
A Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) encerrou o dia em alta, com PETR3 avançando 0,88%, cotada a R$ 34,58, e PETR4 subindo 0,56%, a R$ 32,36. Na NYSE, as ADRs da estatal também mostraram fôlego: PBR ganhou 1,09%, fechando a US$ 13,00, enquanto PBR.A avançou 0,84%, a US$ 12,16.
O mercado reagiu de forma positiva ao movimento técnico de recuperação dos preços do petróleo e à percepção de que a Petrobras segue bem posicionada no cenário de transição energética, mesmo diante do estado de greve aprovado por seus trabalhadores. A estatal continua lidando com negociações sindicais e possíveis ajustes de preços nos combustíveis — a Abicom apontou defasagem de cerca de 13% no diesel S-10, o que pode gerar realinhamento futuro nas refinarias.
Outras petroleiras listadas na B3 também avançaram:
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PetroRio (BOV:PRIO3) subiu 0,98%, a R$ 39,23;
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PetroReconcavo (BOV:RECV3) teve alta de 0,34%, a R$ 11,76;
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Pet Manguinhos (BOV:RPMG3) liderou os ganhos do setor, com +2,38%, cotada a R$ 2,15;
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Brava Energia (BOV:BRAV3) encerrou estável em R$ 14,62.
Petroleiras Internacionais em Alta
No exterior, as principais companhias globais do setor acompanharam o bom humor do mercado.
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Exxon Mobil (NYSE:XOM) subiu 0,86%, a US$ 118,22;
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Chevron (NYSE:CVX) ganhou 0,45%, a US$ 155,72;
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ConocoPhillips (NYSE:COP) avançou 1,77%, cotada a US$ 88,37;
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TotalEnergies (NYSE:TTE) fechou com alta de 1,08%, a US$ 62,93;
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BP (NYSE:BP) registrou ganho de 1,34%, a US$ 37,07;
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ENI (NYSE:E) avançou 1,54%, a US$ 37,63;
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Shell (NYSE:SHEL) teve dois ativos negociados, ambos em terreno positivo: alta de 1,07%, a US$ 76,40, e 0,72%, a US$ 2.869,50, em seus recibos internacionais.
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A Equinor ASA (NYSE:EQNR) destoou do movimento, com leve baixa de 0,53%, a US$ 24,21.
Perspectivas do setor de petróleo
Apesar do avanço modesto do petróleo no dia, o sentimento do mercado segue mais equilibrado. O foco permanece nas decisões de política monetária e nas sinalizações de consumo global de energia, que podem redefinir o comportamento dos preços nas próximas semanas.
Para o Brasil, o desempenho da Petrobras e das companhias independentes de E&P reforça o papel estratégico do setor no balanço das commodities da B3.
Acompanhe o desempenho do petróleo e de outras commodities em tempo real na Central de Commodities da ADVFN.