A Target (NYSE:TGT) reduziu o limite superior de sua previsão de lucros para o ano todo e reafirmou que prevê uma queda nas vendas no trimestre atual, oferecendo uma prévia cautelosa do comportamento do consumidor às vésperas do crucial período de compras de fim de ano.
Assim como outras grandes varejistas, a Target continua enfrentando um cenário desafiador, marcado por amplas tarifas americanas e pela paralisação mais longa do governo federal já registrada. Diante desse ambiente, muitos consumidores se tornaram mais seletivos, reduzindo as compras supérfluas e de alto valor.
A varejista sediada em Minneapolis também vem perdendo terreno para o Walmart (NYSE:WMT), que ganhou impulso ao expandir suas capacidades de entrega e enfatizar itens essenciais do dia a dia. Problemas operacionais — que vão desde a falta de pessoal até o desalinhamento de estoque — aumentaram a pressão sobre a Target, limitando os benefícios de sua expansão de vendas online.
Durante o terceiro trimestre, as vendas comparáveis — que englobam tanto as compras em lojas físicas quanto as compras online em estabelecimentos abertos há pelo menos 13 meses — caíram 2,7%. Analistas consultados pela Bloomberg previam uma queda de 2,06%.
As tendências do comércio eletrônico foram um tanto positivas, mas decepcionantes: as vendas digitais cresceram 2,4%, ficando abaixo das expectativas de Wall Street, que previam 3,45%.
Um ponto positivo foi o forte desempenho da Roundel, a agência de publicidade interna da Target, que ajudou a impulsionar os lucros trimestrais para US$ 1,78 por ação, superando as previsões de US$ 1,73.
Mesmo com esse aumento, a Target revisou sua projeção de lucro ajustado para o ano todo para aproximadamente US$ 7 a US$ 8 por ação, abaixo da faixa anterior de US$ 7 a US$ 9. A varejista observou que essa perspectiva exclui os ganhos com acordos judiciais do primeiro trimestre, bem como indenizações e encargos relacionados a ativos contabilizados no terceiro trimestre.
A Target também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:TGTB34).
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