Praticamente todas as classes de detentores de títulos públicos emitidos pelo governo federal reduziram seus estoques no primeiro mês do ano. A redução mais significativa foi registrada pelas instituições financeiras, que reduziram sua exposição aos títulos públicos federais em R$ 57,71 bilhões na comparação com dezembro de 2014. A única classe que aumentou seus estoques de títulos relacionados à dívida brasileira foram os investidores não residentes, que incrementaram suas posições de R$ 406,96 bilhões, em dezembro de 2014, para R$ 432,07 bilhões, em janeiro de 2015.

Rio de Janeiro, 25 de Fevereiro de 2015 – De acordo com o Tesouro Nacional, as instituições financeiras apresentaram decréscimo em seu estoque relativo à Dívida Pública Federal (DPF) brasileira, passando de R$ 649,97 bilhões para R$ 592,26 bilhões, entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015. A participação relativa da categoria também diminuiu, passando de 29,77% para 27,70%.

Os fundos de investimento apresentaram diminuição em seu estoque de R$ 442,92 bilhões para R$ 435,14 bilhões. Sua participação relativa sobre o valor total da DPF, no entanto, aumentou de 20,28% para 20,35%.

A previdência também apresentou variação negativa em seu estoque de DPF, passando de R$ 372,73 bilhões para R$ 368,43 bilhões. Tal qual ocorreu com os fundos de investimento, sua participação relativa na dívida total cresceu (de 17,07% para 17,23%).

A participação dos não residentes na DPF aumentou de 18,64% para 20,21%, registrando, porém, um acréscimo de R$ 25,11 bilhões em seu estoque de títulos públicos. Esse foi o único grupo de detentores de estoque da dívida a apresentar aumento absoluto de participação entre o último mês de 2014 e janeiro de 2015.

O governo apresentou acréscimo em sua participação relativa, alcançando 5,81%. Seu estoque de títulos da dívida, porém, diminuiu de R$ 124,82 bilhões para R$ 124,31 bilhões. O mesmo movimento foi percebido na participação relativa (de 4,09% para 4,17%) e no valor do estoque (de R$ 89,36 bilhões para R$ 89,11 bilhões) das seguradoras.

Observa-se que os não residentes possuem 80,5% de sua carteira em títulos públicos prefixados. Já o portfólio da previdência é composta de 72,6% de títulos vinculados à índices de preços.

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