O Magazine Luiza confirmou a realização de uma oferta subsequente de ações (follow-on), que deve emitir 150 milhões de novas ações. Considerando o preço do fechamento de ontem (R$ 22,93), a emissão somaria cerca de R$ 3,439 bilhões. A oferta poderá ser acrescida em até 33% do total de ações inicialmente ofertado, ou seja, em até 50 milhões de ações. Com isso, a oferta pode girar até R$ 4,586 bilhões.
O fato relevante foi feito pela empresa (BOV:MGLU3) nesta quinta-feira (15). Confira o comunicado na íntegra.
A nova captação em bolsa é liderada pelo Itaú e pelo BTG Pactual – que foi quem assessorou o Magazine Luiza na compra do Kabum! – e conta ainda com J.P. Morgan, Bank of America, UBS BB (Banco do Brasil), Bradesco BBI, Goldman Sachs, Morgan Stanley, Santander e XP. Com exceção da XP, todos os demais bancos participantes foram adiantados pelo Broadcast.
Os recursos captados com as 150 milhões de ações terão como destino a expansão do Magalu em novos mercados, investimentos em logística, abertura de novos centros e hubs de distribuição e o pagamento de aquisições estratégicas como a própria compra anunciada hoje.
Outro exemplo de investimento é a Hub Fintech, a compra realizada em dezembro de 2020 por R$ 290 milhões foi concluída recentemente, após aprovação pelo Cade e Banco Central. Apesar de já ter pego a operação, a companhia precisa fazer aportes no negócio.
“Temos hoje caixa em torno de R$ 4 bilhões (segundo dados do primeiro trimestre), mas gostamos muito de manter uma despesa financeira baixa em relação ao Ebitda. Ano passado essa relação foi de 30%. Não queremos passar muito disso”, afirma Trajano.
Ele diz que tem uma visão construtiva a respeito da recuperação econômica do País no próximo ano, no entanto, como consequência vê o aumento na curva de juros futuros, além dos riscos inerentes à eleição. “Para nós é importante continuar investindo agressivamente, mas mantendo uma estrutura de capital sólida e uma relação Ebitda/despesa financeira folgada”, explica.
Até 2023, companhia pretende chegar a mais de 2 milhões de metros quadrados de armazenagem entre centros e hubs de distribuição. No primeiro trimestre de 2021, eram 868 mil metros quadrados. O número de lojas, por sua vez, deve subir de 1.310 para 1.671.
O encerramento do procedimento de bookbuilding será no dia 22 de julho, juntamente com a precificação da ação. O início das negociações na B3 ocorrerá no dia 26 de julho.
A empresa pretende divulgar os resultados do 2T21 no dia 04 de agosto.
Magalu (MGLU3): lucro líquido ajustado de R$ 81,5 milhões no 1T21, revertendo prejuízo
O Magazine Luiza reverteu o prejuízo visto no primeiro trimestre de 2020 e registrou lucro líquido ajustado de R$ 81,5 milhões no primeiro trimestre de 2021.
Magalu apresentou lucro líquido de R$ 258,6 milhões no primeiro trimestre de 2021, alta de 739,7% ante o mesmo período de 2020. O número, porém, foi beneficiado por receitas e despesas não recorrentes, incluindo ganhos relacionados à reversão de provisões tributárias.
A receita líquida nos três primeiros meses do ano teve avanço de 57,7% na mesma comparação, somando R$ 8,525 bilhões.
O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado do período foi de R$ 427,2 milhões, alta de 56% em base de comparação anual