Ações da BRF sobem, após JPMorgam manter compra e elevar preço-alvo
20 Outubro 2023 - 3:04PM
ADVFN News
Mais ganhos no horizonte, movidos por recuperação nas margens
domésticas de aves e pelo menor custo de ração. Para o JPMorgan,
esses fatores serão responsáveis por aumentar o Ebitda (lucro antes
de juros, impostos depreciação e amortização, na sigla em inglês)
da BRF (BOV:BRFS3) em 5% para 2024. O banco aumentou as estimativas
para o nome, considerando ainda a classificação overweight
(exposição acima da média, similar à compra) e preço-alvo elevado
de R$ 12 para R$ 13,00, ou potencial de alta de 25% em relação ao
fechamento da véspera.
Na sessão desta sexta-feira (20), as ações BRFS3 subiam 2,21%, a
R$ 10,62, às 16h15 (horário de Brasília), enquanto o Ibovespa caía
0,84%. Em 2023, os papéis têm alta de cerca de 28%, ainda que, na
variação de 12 meses, passem por queda de cerca de 29%.
“No geral, a BRF ainda não saiu completamente da tempestade e o
terceiro trimestre deve continuar a sentir o impacto do in-natura e
do fraco segmento internacional. No entanto, parece que estamos em
um ponto de virada e as tendências positivas no mercado interno,
combinadas com a redução dos custos de ração e o foco no programa
de eficiência”, considera a análise.
Margens de in-natura ainda em recuperação
Na análise do banco, apesar dos efeitos de ressaca do excesso de
oferta global de aves pesando fortemente sobre os preços
internacionais de in natura, há luz no fim do túnel, considerando
os ajustes graduais de oferta que estão ocorrendo. Esse fator ainda
é combinado à redução favorável de 35-45% nos custos dos grãos.
No cenário doméstico, a recuperação dos preços das aves também
se apresenta como positiva, com alta de quase 30% no trimestre.
” Esse cenário resulta da elevada demanda externa, que reduziu a
disponibilidade interna de produtos de aves e permitiu aos
vendedores aumentar os preços, o que sustenta as margens dos
produtores”, explica o JPMorgan, que considera que a tendência
também reflete nos números da categoria de alimentos
preparados.
Para a recuperação das margens in-natura, alguns fatores se
destacam como a grande disponibilidade do milho no curto prazo, o
programa de eficiência desenvolvido pela companhia, o BRF Mais, e o
reflexo da mencionada recuperação no preço do frango, estimada em
30%.
Em relação aos Alimentos Processados, o banco destaca que mesmo
com contrações, a categoria segue forte para o nome e corresponde a
cerca de 80% do Ebitda no Brasil. Apesar disso, a recuperação lenta
dos alimentos in-natura, mesmo considerando as tendências
positivas, deve impactar nos resultados do terceiro trimestre.
Estimativas elevadas
As estimativas para o nome foram revisadas para acima, com
aumento do Ebitda em 5% para R$ 6,281 bilhões em 2024, considerando
margem de 11,3% em 2024. O lucro liquido teve projeção elevada para
R$ 681 milhões.
O banco também destaca a BRF com tendência de melhora na geração
de caixa até o final de 2023 e, para 2024, revisou a previsão do
fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE) para R$ 1,269 bilhão,
com yield do fluxo de caixa livre (FCF) de 8%.
“As mudanças destacadas aqui nos levam a aumentar nosso
preço-alvo para dezembro de 2024 para R$ 13 por ação (em relação a
R$12, anteriormente),”, considerou o JPMorgan.
informações Infomoney
BRF S/A ON (BOV:BRFS3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2024 até Mai 2024
BRF S/A ON (BOV:BRFS3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mai 2023 até Mai 2024