MERCADO FINANCEIRO: Brasil e EUA amargam perdas; dólar sobe
29 Julho 2009 - 7:23PM
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Os mercados repercutiram mais um indicador negativo sobre a
economia norte-americana. As encomendas à indústria caíram em
junho, depois da confiança do consumidor também ter recuado no
mesmo mês. Já o Livro Bege, que analisa as condições da economia do
país, mostrou que a recessão está menos severa e espera recuperação
da atividade industrial.
Diante disso, as bolsas do país terminaram em baixa. O Dow Jones
desvalorizou 0,29%, o S&P 500 perdeu 0,46% e o Nasdaq caiu
0,39%. A desvalorização do mercado chinês e das commodities
pressionaram as ações das empresas produtoras de matérias-primas,
como a Alcoa e a Exxon Mobil.
Aqui no Brasil, o Ibovepsa sofreu o mesmo problema e caiu 1,35%,
aos 53.734 pontos. Além das notícias externas, as ações da
Petrobras e da Vale, prejudicadas pela queda das commodities,
puxaram o índice para baixo.
E após o fechamento dos negócios, a Vale anunciou que seu lucro
líquido caiu 81,5% no segundo trimestre, em relação ao mesmo
período do ano passado, para R$ 1,5 bilhão.
Na Europa, as bolsas encerraram em alta. O FTSE-100, de Londres,
subiu 0,41%, o DAX, de Frankfurt, avançou 1,85%, e o CAC-40, de
Paris, ganhou 1,04%. Os índices se recuperaram da queda de ontem,
repercutindo os balanços da Daimler e da Arcelor Mittal.
E na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos
Aires, encerrou o pregão em baixa de 0,57%, aos 1.655 pontos.
No câmbio, o dólar subiu pelo segundo dia consecutivo e voltou
aos níveis de R$ 1,90, reagindo as incertezas internacionais acerca
da real recuperação da economia dos Estados Unidos. A moeda
estrangeira encerrou em alta de 1,28%, vendida a R$ 1,905. E o euro
turismo fechou a sessão em queda de 0,15%, negociado a R$ 2,6264 na
compra e a R$ 2,8572 para a venda.
Nas commodities, o petróleo caiu para o menor valor em três
meses. Em Nova York, o barril WTI, com vencimento em setembro,
registrou contração de 6%, para US$ 63,22. O aumento inesperado dos
estoques dos EUA ajudou na queda do preço da matéria-prima.
No agronegócio, os contratos de trigo caíram 0,92%, cotados a
511,50 centavos de dólar por bushel, em Chicago. Os preços caíram
para o menor valor desde março com a recuperação do dólar, o que
corta a demanda pelo trigo dos Estados Unidos, o maior exportador
do grão. De 1º de junho a 16 de julho, os importadores confirmaram
compras de 5,7 milhões de toneladas de trigo dos EUA, 49% a menos
do que no mesmo período do ano passado.
(Redação - Agência IN)
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