No último pregão da semana, o Ibovespa o fechou julho com o melhor resultado para o mês desde 1998. Ao final da sessão de hoje, o principal índice da BM&FBovespa registrou alta de 0,53%, aos 54.765 pontos. O giro financeiro ficou em US$ 4,2 bilhões. No mês, o índice acumula alta de 6,41%, contra retração de 7,96% um ano antes. De janeiro a julho deste ano, os ganhos somam 45,84%.

O diretor da Global Financial Advisor, Miguel Daoud, completou que o mês foi marcado por sinais que apontam para a recuperação da economia global, mesmo que lenta. "O mês de julho foi marcado por notícias pontuais de melhora no cenário financeiro. Dentre elas, vale citar balanços de instituições financeiras que vieram melhores do que o esperado e indicadores econômicos, como o da confiança do consumidor", afirmou o economista.

Daoud reiterou também que as declarações feitas pelas autoridades norte-americanas ao longo deste mês apontaram que o pior da crise já passou. "O sentimento de que a economia mundial começa a se recuperar faz com que os investidores saiam dos títulos do governo norte-americano e busquem investimentos com maior risco. Este movimento foi decisivo para a expansão do Ibovespa", explicou.

O economista ponderou, entretanto, que o movimento positivo observado no mês pode não apontar tendência para o ano. "Isso vai depender dos efeitos colaterais dos "remédios" utilizados pelos governos para combater a crise", disse, completando que os aportes financeiros oferecidos pelo governo norte-americano, por exemplo, resultam em uma grande dívida federal. "Reverter esta situação poderá exigir a alta dos juros", destaca.

Já quanto ao comportamento do índice acionário nesta sexta-feira, Daoud ressaltou a influência da divulgação do PIB preliminar dos Estados Unidos. Ao apontar retração 1%, o índice veio melhor que o esperado pelo mercado, que projetava baixa de 1,5%.

Além disso, as commodities fecharam o dia em alta. "60% das empresas que compõem o Ibovespa são exportadoras, e tem suas oscilações diretamente ligadas ao preço das commodities.

Ao final do dia, o preço do barril de petróleo do tipo WTI, com vencimento em setembro, registrou expansão de 3,7%, para US$ 69,47 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (NYMEX, sigla em inglês). Neste sentido, as ações preferenciais da Petrobras fecharam o pregão com alta de 0,80%, vendidas a R$ 31,47. E os papéis preferenciais da Vale ganharam 1,21%, a R$ 32,40%.

Já entre as maiores altas do dia, vale destacar a Embraer. Um dia após a companhia anunciar lucro líquido de R$ 466,9 milhões no segundo trimestre de 2009, mostrando crescimento de 30,9% ante o mesmo período do ano passado, os papéis ordinários marcavam valorização de 6,04%, negociados a R$ 9,12.

Já entre as maiores baixas do dia ficaram: Gol PN -3,37, a R$ 13,73 e Cosan ON -2,80% a R$17,01.

(Carina Urbanin - Agência IN)

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