As perspectivas mais favoráveis para economia mundial, principalmente após o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, afirmar que a recessão muito provavelmente chegou ao fim e os dados macroeconômicos positivos no Brasil e exterior - como vendas no varejo, emprego, mercado imobiliário - contribuem para a manutenção do otimismo por parte dos investidores, que migram paulatinamente para a renda variável.

Além disso, o anúncio de elevação do Brasil para grau de investimento pela agência de classificação de risco Moody's - única instituição de rating que ainda não dava esta classificação ao país - deve alimentar a procura por ações.

Com base neste cenário, a Gradual Investimentos não incluiu nenhum papel na carteira recomendada desta semana, mas excluiu as participações da Embraer, com 5% e Iguatemi, com 10%.

Segundo a corretora, no caso de Embraer, as ações já capturaram a maior parte dos ganhos oriundos das especulações a cerca da potencial transferência de tecnologia com a compra de caças estrangeiros para Força Aérea Brasileira. Já a Iguatemi, a recente alta das ações e intenção de captar recursos via emissões podem fazer os papéis da companhia performarem abaixo do mercado no curto prazo.

O peso destas duas ações foram realocados em três papéis: Suzano, que subiu de 5% para 10%, em função de mais notícias positivas para o setor, como aumento da celulose no mercado europeu e maior consumo de papel no Brasil; Brookfield, de 5% para 10%, devido ao cenário favorável do setor imobiliário em 2010 com maior crescimento econômico, mais emprego e maior renda familiar e pelo fato da empresa apresentar um dos menores múltiplos do setor e Itaúsa, de 5% para 10%, em razão das ações da holding do grupo Itaú serem mais defensivas e mais baratas do que as dos bancos.

As demais recomendações são: Vale (15%), Petrobras (10%), Cesp (10%), Copasa (10%), Tegma (5%), Bematech (5%), Saraiva (5%), Oi (5%) e Marfrig (5%).

Nos últimos sete dias, a carteira sugerida pela Gradual acumulou valorização de 4,55%, acima de 3,76% do Ibovespa. No mês, o portfólio sobe 7,93% e no ano, 95,55%, enquanto que a bolsa se valorizou 8,86% e 63,76%, respectivamente. Desde 9 de setembro de 2008, a carteira acumulou 60,03%, enquanto que o Ibovespa subiu 26,96%.

(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)

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