Especial ADVFN: Perspectivas para 2013
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Seja bem-vindo, 2013! No começo do ano as áreas
técnicas se mobilizam na tentativa de realizar previsões,
estimuladas pelas diferentes mídias que não param de fazer
retrospectivas do ano que se encerra. Tiramos nossa empoeirada bola
de cristal do armário e decidimos também surfar na onda das
previsões. Antes um lembrete que em 2012 os magos das previsões não
foram bem sucedidos, com destaque flagrante para o governo
brasileiro, que começou o ano prevendo crescimento do PIB de 4,0% e
terminou projetando melancólico crescimento de 1,0%. Isso nos faz
lembrar um provérbio chinês que diz “se um homem me engana uma vez,
a vergonha é dele. Se ele me engana duas vezes, a vergonha é
minha”.
Assista ao meu vídeo sobre cenários para o mercado global e local e
as melhores opções de investimento para 2013:
Internacional
No plano internacional encontramos três condicionantes maiores. A
possibilidade de ocorrência de abismo fiscal na economia americana
(felizmente de resolução no curto prazo) que pode lançar o país em
processo recessivo, as novas diretrizes de política monetária e
econômica dos novos governos da China e Japão, e ainda a atuação do
BCE (Banco Central Europeu) e outros organismos multilaterais
(incluindo fundos de resgate) em lidar com a crise em bom tempo e
hora, o processo recessivo em curso e estímulos que serão
concedidos. A recuperação deve ocorrer, porém de forma assimétrica
e com alguns acidentes de percurso. Inflação e juros não parecem
ser problemas em 2013, permanecendo baixos por todo o ano.
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Brasil
No cenário local, em que pese o governo insistir que não houve (e
não haverá) mudanças nos fundamentos (câmbio, inflação e política
fiscal), vemos mudanças no modelo de crescimento. Sai de cena o
endividamento familiar e crédito abundante para consumo e entra em
cena investimentos em infraestrutura e mais desonerações. Em nossa
visão será preciso agregar os investidores estrangeiros no
processo, não deixando somente a cargo do BNDES esse ônus de prover
e preparar o crescimento futuro. O governo volta a
prever crescimento de 4%, enquanto nós, com maior modéstia,
acreditamos que ficaremos mais próximos de 3%. A inflação deve
permanecer alta e fora do centro da meta de 4,5% (próxima de 5,5%),
o que limita novas atuações na redução dos juros.
Renda Fixa ou Variável
Numa perspectiva setorizada, acreditamos que os investimentos em
renda variável possam ser privilegiados em relação aos de renda
fixa, com migração de recursos para ações e fundos de maior grau de
risco. Diante disso, apontamos setores que podem andar melhor em
2013: commodities, bancos, varejo, infraestrutura e construção.
Commodities e Bancos
Os segmentos ligados a commodities podem ter performance melhor em
2013, diante desse quadro de retomada ainda tímida da recuperação
econômica global. Lembramos que essas ações têm maior presença na
composição do Ibovespa. Outro setor que pode seguir bem em 2013 é o
bancário, com destaque para os bancos privados de maior porte.
Afinal, o Banco Central projeta crescimento de empréstimos de 14%
em 2013.
Varejo
O segmento de consumo pode continuar sendo beneficiado por
desonerações e reduções de carga fiscal, já que são efeitos
pontuais importantes para o governo. Porém, o endividamento das
famílias ainda está elevado, o que limita pressões de demanda
maiores e o emprego já está próximo de pleno. Além disso, essas
ações carregam o bom desempenho de 2012 como limitador de novas
arrancadas.
Infraestrutura e Construção
Finalmente, como o governo parece priorizar o segmento de
infraestrutura, as empresas ligadas a esse nicho se mostram como
alternativas de investimentos. Todavia, exceto pelo setor
siderúrgico e outras empresas isoladas, a liquidez começa a ficar
precária, o que impõe maior cuidado à seleção de alternativas.
Nesta mesma linha, podemos agregar algumas empresas do setor de
construção civil, principalmente depois de ajustes durante
2012.
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Fundos de Investimento
No mercado financeiro os maiores ganhos são conseguidos por quem
consegue se antecipar aos movimentos. Para isso é preciso traçar
cenários e realizar análises detalhadas. Combinar as informações
e transformá-las em estratégias de investimentos é
trabalho para profissionais. Invista em fundos!
Gráfico dos Fundos Órama de melhor rentabilidade em 2012. Para ver
todos os Fundos,
2013 Será o Ano dos Fundos Multimercado
Os fundos multimercado se tornaram mais conhecidos no Brasil entre
2003 e 2007, quando a situação era de abundância de capital e
expectativas de crescimento muito altas. Em 2012, os
juros foram reduzidos a patamares muito baixos e a procura por
fundos multimercado voltou a aumentar.
Para 2013, com o cenário de juros baixos e a preocupação
para manter o poder de compra, diante de uma inflação
persistentemente acima da meta de 4,5% ao ano, o patrimônio
desta categoria de fundos deverá continuar crescendo.
O objetivo destes fundos é obter lucros a partir das distorções
de preços de ativos de renda fixa ou renda variável. Espera-se que
as oportunidades surgidas nas crises sejam bem aproveitadas e
convertidas em ganhos. No ano de 2012, os bons fundos
multimercado renderam mais de 15%, contra cerca de 8,3% do CDI.
Confira alguns destaques,
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Fundos de Ações, Sempre!
Quem investe em fundos de ações selecionados não pode reclamar de
2012, afinal obteve valorização acima de 25% (), enquanto o país cresceu ínfimo 1% e a crise
internacional propagava incerteza e aversão a risco pelo mundo
todo. No Brasil, muitas ações fecharam o ano em campo
negativo, como PDG, que caiu 40%, CSN desvalorizou 17%, Light teve
queda de 16% e Petrobras, 7%. Quanto rendeu a sua carteira de
ações?
Selecionar empresas para investir significa acompanhar os
mercados do mundo inteiro 24h por dia, fazer visitas às empresas e
fornecedores, conference calls com analistas, controlar os riscos
com softwares sofisticados e, com essas informações, montar uma
estratégia de investimento vencedora.
Você acha que consegue fazer tudo isso sozinho? Não espere 2014
para investir em fundos de ações!
Resumindo, sempre há oportunidades no mercado de ações. As
principais vantagens de investir em ações através de fundos são
diversificação, que reduz o risco total dos investimentos, e gestão
profissional. Pagar taxa de administração e performance vale a
pena, pois seus custos são muito mais transparentes, você ainda
economiza e obtém resultados consistentes.
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