Detroit: Mesmo morto, quando cai, um gigante ainda pode fazer muito estrago

Assim com o a lenda de Atlântida ou o incêndio de Roma, por Nero, os Estados Unidos veem a cidade que já foi sede de um império cair, à medida que Detroit declara sua falência. A maior cidade do estado de Michigan não conseguiu dar sustentação ao seu plano de recuperação econômica.

Cabe agora à Justiça Americana deliberar sobre a procedência da solicitação de moratória, gerente externo da cidade, proferir a declaração de falência e a solicitação de proteção por quebra, conforme determina o capítulo 9 da lei de falência dos Estados Unidos da América.

O total devido pela administração da cidade é de US$18,5 bilhões e a declaração de falência acabou sendo a única atitude a ser tomada a fim de que a divida não aumentasse.

Talvez, o maior inimigo deste império foi a própria falta de gestões administrativas sérias, que ao perder cada vez mais as multinacionais automobilísticas conforme o passar dos anos, não resistiu ao “golpe de misericórdia” a crise econômica de 2008.

A partir daí, só restou à Detroit lidar com o êxodo urbano de quase três quartos de ápice populacional, em questão de anos, o número de habitantes da “Capital do Motor” decresceu de 4,2 milhões para 700 mil. Naturalmente, o contexto também implicou na queda de oferta de emprego, aumento da criminalidade e desvalorização imobiliária (uma vez que bairros e bairros estavam desabitados, aumentando a oferta).

Apesar de sua decadência, a queda de Detroit foi sentida pelo mercado acionário e provocou mal estar nas maiores bolsas do mundo, interrompendo a sequência de ganhos registrados pela maioria delas ao longo da semana.

Para o índice da BM&FBovespa não foi diferente. O Ibovespa (BOV:IBOV) está aos 47.286 pontos, queda de -0,78% às 16h22.