Por Alvaro Bandeira, da Órama Investimentos.

Os países emergentes seguem pressionados nesse início de ano em decorrência da redução de estímulos monetários pelos EUA e maior exposição ao câmbio. Com o Brasil não é diferente, um dos cinco mais sensíveis. Não bastasse isso, ainda coletamos dados ruins na conjuntura econômica como saldo comercial deficitário, deterioração de contas públicas, baixo crescimento da produção industrial e inflação alta; além de crescimento pífio. Tudo isso impede melhor desenvolvimento dos ativos de risco por aqui, sendo imprescindível um choque de credibilidade.

Tenho afirmado que o Brasil só melhora se for rebocado por outros mercados desenvolvidos. Tal não acontecesse nesse momento, com praticamente todas as principais bolsas sem tendência ou com viés de queda. Na Bovespa perdemos recentemente o suporte nas proximidades de 47000 pontos, e sem prejuízo de movimentos de pullback a tendência aponta inicialmente para quedas até o limiar de 45500 pontos. A perda do patamar de 4000 pontos do Nasdaq e de 15700 no Dow Jones acaba sendo outro fator inibidor.

A aversão ao risco aos emergentes no mercado internacional acelera perdas no segmento local. Afinal, somos dentre os emergentes um dos de melhor liquidez, sofrendo muito nos momentos em que há rápido ajuste de exposição ao risco. Assim, vamos seguir com grande volatilidade, até que os desequilíbrios nos mercados externos de câmbio e juros acomodem. Dessa forma, seguimos sugerindo prudência na assunção de riscos de curto prazo. Para prazos mais longos de retorno, começam a surgir boas oportunidades de constituição de posições em empresas com bom conteúdo fundamentalista.

Índice Bovespa (BOV:IBOV)
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