Ibovespa pode buscar os 69 mil pontos no médio prazo, aponta Itaú
17 Janeiro 2017 - 3:30PM
ADVFN News
O Itaú BBA estima o Ibovespa (BOV:IBOV) a 70.200 pontos ao final
de 2017, mostra um relatório enviado a clientes. Segundo os
analistas Lucas Tambellini, Renato Salomone e Tiago Binsfeld, no
ano passado o ponto de inflexão na política brasileira, em conjunto
com o turnaround nas commodities, “favoreceu o notável bom
desempenho do mercado brasileiro de ações mas, em nossa opinião,
isto já está razoavelmente precificado”. Agora, eles baseiam as
suas estimativas em três principais pontos:
1 – “O potencial de valorização está
mais próximo de seu custo do capital do que aqueles que vemos em
outros países latino-americanos”;
2 – “Temos a expectativa de uma balança de
riscos ainda favorável, com base em nossa perspectiva de que as
condições macro irão se recuperar”;
3 – “Vemos um número proporcionalmente maior de
interessantes teses bottom-up”. Bottom-up é análise que avalia
primeiro o específico (empresa) e, depois, o amplo (setor).
Os analistas alertam que, além da projeção atual para a Bolsa,
os investidores poderão ver uma valorização adicional caso os
investidores comecem a antecipar um “resultado positivo” nas
eleições de 2018.
“Naturalmente, isto irá depender dos seguintes fatores: i) a
magnitude e a velocidade da recuperação macro, e o consequente
relaxamento das tensões sociais; ii) a aprovação das reformas
fiscais (como, por exemplo, a reforma da Previdência Social),
ancorando as perspectivas de crescimento no longo prazo; e iii) as
taxas de aprovação da administração atual”, avaliam.
Recomendações
A maior parte das escolhas do Itaú BBA para o ano tem perfil
defensivo, “que proporcionam uma geração de fluxo de caixa
resiliente e sólidas histórias de risco-retorno no curto prazo”.
Neste quesito, os papéis selecionados foram Ambev (BOV:ABEV3),
Telefônica Brasil (BOV:VIVT4), Sabesp (BOV:SBSP3) e Energias do
Brasil (BOV:ENBR3).
Para capturar a melhora nos fundamentos das empresas, as taxas
de juros decrescentes e um impulso nas commodities, os analistas
indicam o Bradesco (BOV:BBDC4), CCR (BOV:CCRO3), Petrobras
(BOV:PETR4) e Vale (BOV:VALE5). E, por fim, a Randon (BOV:RAPT4) é
a escolha voltada para o crescimento.
“No médio prazo, provavelmente mudaremos as nossas preferências
no sentido do último grupo, uma vez que a percepção de risco comece
a diminuir e os números macroeconômicos comecem a melhorar”,
explicam.
Para monitorar
O Itaú BBA também chama a atenção para as empresas que se
beneficiam da queda da taxa de juros e da recuperação econômica,
como o Banco do Brasil (BOV:BBAS3), BR Malls (BOV:BRML3), Cyrela
(BOV:CYRE3), Smiles (BOV:SMLE3) e Localiza (BOV:RENT3).
“Também estamos a mantendo um olho clínico em sólidas teses
bottom-up a serem desenvolvidas juntamente com o crescimento
econômico, em setores tais como o Industrial e o de Bens de
Consumo”, finalizam.
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