Dados divulgados pelo Departamento
Nacional de Estatísticas revelaram nesta segunda-feira que o PIB
(Produto Interno Bruto) da China subiu 6,9% no segundo trimestre
deste ano em relação ao mesmo período de 2016 e 1,7% em relação ao
primeiro trimestre de 2017.
Respaldando os números positivos do
segundo trimestre de 2017, a produção industrial avançou 7,6% em
junho na base anual, uma boa aceleração frente à alta de 6,5%
registrada em maio. As vendas no varejo saltaram 11% no mês de
junho na base anual, também superior aos 10,7% registrados em
maio.
No trimestre anterior, a economia da
China também avançou 6,9% na base anual, mas se expandiu apenas
1,3% na base trimestral. Os números são muito positivos, mas a
aceleração do crescimento na base mensal e trimestral não tende a
se estender pelos próximos meses.
O governo chinês trabalha com uma
meta de crescimento de 6,5% para 2017, relativamente inferior aos
6,7% de 2016, considerado o ritmo mais fraco dos últimos 26
anos.
O processo de transformação da
economia chinesa (mais voltada para o mercado consumidor e menos
dependente dos investimentos) segue em curso e as recentes medidas
de controle do crédito e do excesso de produção tendem a fazer
efeito no segundo semestre deste ano, provocando desaceleração do
ritmo de crescimento mais próximo da meta a ser perseguida de
6,5%.
Entretanto, os números positivos do
PIB deste segundo trimestre não animaram os investidores na bolsa
de Xangai. Muito pelo contrário, o pregão tombou nesta
segunda-feira, provocando perda da LTA rápida de sustentação da
perna de alta iniciada aos 3k, bem como linha central de bolliger.
É a queda mais forte desde o nascimento da atual perna de alta,
sinalizando resistência formada na região dos 3,2k e possível
reversão.
![SSEC](https://br.advfn.com/jornal/files/2017/07/SSEC.png)
Pode parecer piada, mas as vendas
pesadas foram influenciadas por uma polêmica envolvendo o Ursinho
Pooh. O governo chinês censurou referências ao personagem de livros
infantis em várias redes sociais. O motivo não foi justificado,
como de costume, mas circulavam montagens nas redes sociais
comparando o presidente Xi Jinping com o Ursinho Pooh.
Xi não quer ser comparado ao
personagem, descrito como ingênuo, rechonchudo e lento de
raciocínio. Apesar de ser apenas uma piada, a censura por parte de
Pequim acabou alimentando receio no mercado quanto à força de Xi
Jinping para conquistar um novo mandato. O congresso quinquenal de
outono está se aproximando e o Partido Comunista precisa eleger o
novo líder do país, no qual Xi busca sua manutenção no poder.
Na Índia, os legisladores e
representantes de estados votaram nesta segunda-feira para escolher
o novo presidente. Os dois candidatos são da casta dalit, a mais
baixa do sistema de castas indiano, antigamente conhecidos como
intocáveis.
A eleição será história para a
Índia, apesar de o chefe de estado ocupar um cargo meramente
representativo. Quem detém o poder é o primeiro-ministro Narendra
Modi. Entretanto, a conquista dos dalits tende ampliar a base de
Modi e, assim, criar espaço para continuar tocando sua importante
agenda de reformas econômicas.
O quadro político segue agradando o
mercado (gráfico no blog), permitindo encontrar forças para a bolsa
de Bombay continuar trabalhando sobrecomprada dentro de um forte
canal de alta, colada na máxima histórica.
Assim como na Índia, a bolsa da
Turquia segue em forte rali neste ano. A linha de retorno de uma
cunha foi estourada para cima, mostrando intensa força de um
mercado comprador, mesmo sobrecomprado, em máxima histórica.
Destaque na agenda local para mais
uma prorrogação do estado de emergência. Esta já é a quarta vez em
que o parlamento turco aprova a prorrogação por mais três meses do
estado de emergência vigente desde a fracassada tentativa de golpe
de Estado.
A bolsa do México segue o mesmo
quadro de forte rali em 2017, extremamente sobrecomprada, colada na
linha de retorno de um canal de alta. Os vexames da administração
Trump continuam impulsionando os ativos mexicanos e desvalorizando
o dólar.
Já a bolsa de Nova York continua
operando em clima muito positivo. O índice S&P500 renovou mais
uma vez a máxima histórica, mantendo-se dentro de uma tendência de
alta de longo prazo, ainda sem sinalização de reversão.
Na Alemanha, o índice DAX segue
próximo da máxima histórica, embora congestionado no curto prazo
entre a faixa dos 12,3k a 12,8k. A chanceler Angela Merkel, à
frente nas pesquisas de intenção de voto, tenta a reeleição para um
quarto mandato na disputa a ser realizada no dia 24 de
setembro.
A bolsa de Londres também opera
próxima da máxima histórica, mas no curto prazo as vendas estão
dominantes. Nos últimos quatro pregões pode-se notar luta intensa
pela linha central de bollinger, já que a região é considerada
fundamental para manutenção do suporte em 7,3k e rompimento da LTB
dos 7,6k.
O Reino Unido e a União Europeia
iniciaram em Bruxelas a segunda rodada de negociações sobre o
Brexit. O processo começa avançar em questões cruciais e de elevado
impacto financeiro para ambos os lados. Os primeiros resultados
desta fase de negociações serão divulgados na quinta-feira desta
semana.
No Brasil, o índice Bovespa
(BOV:IBOV) apresentou leve recuo nesta segunda-feira, aliviando
indicadores que já se aproximavam de zona sobrecomprada. Apesar do
alívio, mercado segue em ponta comprada, sem apresentar
novidades.
![BVSP](https://br.advfn.com/jornal/files/2017/07/BVSP2.png)
Índice Bovespa (BOV:IBOV)
Gráfico Histórico do Índice
De Jun 2024 até Jul 2024
Índice Bovespa (BOV:IBOV)
Gráfico Histórico do Índice
De Jul 2023 até Jul 2024