Esse é o Bom dia, Investidor! 24
de Abril de 2020, com tudo o que você precisa saber
antes da Bolsa abrir!
As principais bolsas europeias abrem em queda de mais de
1%, após uma sessão de perdas na Ásia – Tóquio fechou com
baixa de -0,86% no Nikkei 225, enquanto em Seul o índice Kospi
recuou -1,34%. Os índices futuros das bolsas de Nova York
operam oscilando entre os terrenos positivo e negativo. Os ativos
de risco também são penalizados pela notícia de que fracassou o
tratamento da Covid-19 com o remédio antiviral Remdesivir,
desenvolvido pela Gilead. Na semana passada, a esperança de cura
com tal medicamento havia iludido os investidores.
Os líderes da União Europeia anunciaram ontem no fim do dia
que concordaram em aumentar os gastos com o combate à pandemia com
um plano estimado entre 1 trilhão e 1,5 trilhão de euros nos
próximos sete anos. Além disso, os ministros da
economia confirmaram um pacote de ajuda para manutenção de
empregos de 540 bilhões de euros.
A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA)
alertou na manhã de hoje que muitas empresas do setor não
sobreviverão à queima de caixa por causa da redução drástica e
mesmo paralisação dos milhares de voos diários. A receita obtida
com as vendas de passagens cairá 55% neste ano, com perdas de US$
314 bilhões, informou a CNBC.
“A situação está se deteriorando, as empresas entraram em
‘modo de sobrevivência’. Só no primeiro trimestre, a queima de
caixa foi de US$ 61 bilhões”, disse Conrad Clifford,
vice-presidente regional da IATA para a Ásia-Pacífico.
Os preços do petróleo WTI e Brent operam em baixa. Os
futuros internacionais de petróleo
Brent (NYMEX:BZ\M20) negociam agora
em queda de 1,2% negociado a US$ 21,09.
O WTI (NYMEX:CL\M20) também cai 2,2%
sendo negociado a US$ 16,14.
Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de
Dalian fecharam em queda de -0,41%, cotados a 607.000 iuanes,
equivalentes a US$ 85,70
Bitcoin é
negociado em alta de +1,37%, valendo US$ 7.583
Coronavírus
Aliás, nos dados oficiais, o total de mortes registradas no
Brasil chega a 3,3 mil, após o aumento de 407 óbitos em 24 horas e
mais de 1,1 mil mortes nos últimos sete dias. Os casos confirmados
da doença no país giram em torno de 50 mil. Já os EUA seguem no
topo da lista, com quase 800 mil registros de Covid-19 e mais de 40
mil mortes.
Brasil
Os ruídos políticos vindos de Brasília, após a saia justa
envolvendo dois “super ministros”, deixam a sensação de que o
cenário doméstico ainda pode piorar mais, antes de melhorar. O
temor é de uma escalada da crise, ainda mais após a decisão da
Suprema Corte (STF) de investigar os protestos contra a democracia
e a omissão da Câmara sobre o pedido de impeachment contra
Bolsonaro.
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, fará um pronunciamento às
11h.
Somadas, essas preocupações tendem a manter os negócios locais
pressionados hoje, com a Bolsa brasileira podendo sucumbir à perda
de força dos mercados no exterior nesta manhã e o real continuar
não valendo muito, apesar da atuação (sem surpresas) do Banco
Central.
Ibovespa e dólar ontem
O Ibovespa terminou em 79.673 pontos, queda de 1,26%, com
notícias de falha de remédio para a Covid-19 e susto com possível
saída de Moro após se aproximar dos 82 mil pontos na máxima do
dia. O ânimo se deu com a alta do petróleo e a retomada
gradual das atividades – Lojas Renner anunciou que volta hoje.
Petrobras, Vale, Klabin e Suzano foram os destaques
positivos. Os principais destaques negativos do índice foram
B3, bancos, Notre Dame e Hypera, que dá largada à temporada de
balanços do primeiro trimestre.
O dólar emendou o terceiro pregão de alta e o segundo batendo
recorde histórico, mesmo após três leilões surpresa de swap cambial
do BC, em que colocou 28 mil contratos no total, além de uma
rolagem para junho de 10 mil contratos e leilão de linha para
amanhã. Após atingir uma máxima no dia em R$5,56, a moeda
ficou em inéditos R$5,538, com alta de 1,35%.
Agenda Econômica
A semana chega ao fim com a agenda econômica sem grandes
destaques. No Brasil, saem a prévia do índice de confiança da
indústria em abril (8h) e a nota sobre o setor externo em março
(9h30). Os dados do BC vêm ganhando importância, em uma tentativa
de mensurar o impacto da recessão no mundo sobre as contas externas
do país.
O déficit nas transações correntes gira um pouco abaixo de 3% do
PIB, mas deve piorar. A conferir também a disposição dos
estrangeiros em investir por aqui.
O mercado acompanha os números da Hypera, que inaugura a
temporada de balanços do primeiro trimestre, e os dados de contas
externas brasileiras de março. Nos EUA, saem os Pedidos de Bens
Duráveis e de Bens de Capital e, na Alemanha, o índice IFO de
Expectativas, indicadores que não devem trazer boas notícias para
os mercados.
O que vai rolar hoje
➡️ EUA: balanços da American Express e American Airlines
➡️ Resultados da Hypera após o fechamento
➡️ Arábia Saudita/G20: reunião com ministros do Turismo
➡️ Bélgica: Videoconferência informal do Conselho Europeu
➡️ Alemanha/Ifo: sentimento das empresas em abril (5h)
➡️ FGV: prévia da confiança da indústria em abril e expectativa de
inflação (8h)
➡️ IPC-S Capitais em abril (8h)
➡️ Conta corrente e IDP (9h30)
➡️ EUA: encomendas de bens duráveis em março (9h30)
➡️ BC faz leilão de linha de até US$ 3 bi (10h15)
➡️ Paulo Guedes participa de live do Itaú BBA (10h30)
➡️ EUA/Michigan: sentimento do Consumidor (abril) (11h)
➡️ BC faz leilão de swap de até 10 mil contratos (11h30)
➡️ EUA/Baker Hughes: atividade semanal de petróleo (14h)
➡️ Braga Netto discute Pró-Brasil com ministérios (14h)
➡️ Live da XP com lideranças do setor financeiro (17h30)
Destaques Corporativos do dia
Momento B3: Dividendos
Pão de açúcar, resultados Hypera e outros destaques
corporativos
Destaques Wall Street: Google,
Boeing, Intel, resultados trimestrais e mais destaques nesta
sexta-feira
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Índice Bovespa (BOV:IBOV)
Gráfico Histórico do Índice
De Jun 2024 até Jul 2024
Índice Bovespa (BOV:IBOV)
Gráfico Histórico do Índice
De Jul 2023 até Jul 2024