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Ibovespa cai 1,7% com piora no exterior; Vale recua 5% e dólar sobe 1,9%, para R$ 3,15

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O Índice Bovespa (BOV:IBOV) encerrou o dia em queda de 1,69%, aos 65.854 pontos, acompanhando a maior aversão a risco no resto do mundo e com os investidores aproveitando para colocar no bolso parte dos ganhos do ano. Com a queda de hoje, o Ibovespa acumula perda de 1,21% na semana e no mês, ou seja, em dois dias. No ano, a alta ainda é de 9,34% e, em 12 meses, de 46,69%. O volume negociado foi bom, R$ 8,190 bilhões, acima da média deste ano, de R$ 7,9 bilhões.

A queda de hoje foi generalizada e acerto em cheio papéis que tinham subido bastante no ano, caso das ações da Vale da Petrobras, e também os bancos, sinal de que houve saída de estrangeiros, confirmando a tendência detectada no fim de fevereiro. No último dia do mês passado, saíram mais de R$ 400 milhões.

O mercado ignorou os dados positivos do Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria, que mostrou a maior alta em 13 meses e o maior otimismo da série história. Hoje também saíram dados da balança comercial brasileira de fevereiro, com o maior superávit desde 1989 para o mês.

A expectativa de alta dos juros nos Estados Unidos voltou a preocupar os investidores internacionais, que preferiam até ontem olhar para o copo meio cheio, de que a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de apertar a política monetária já na reunião deste mês indicava uma economia pujante. O otimismo com as medidas econômicas do presidente Donald Trump também deu sinais de fraqueza, depois de levar os índices americanos a bater recordes ontem.

Menores pedidos de auxílio desemprego em 44 anos

Hoje, mais dados, do mercado de trabalho, reforçaram o aquecimento, com os pedidos de auxílio desemprego caindo para o menor nível em 44 anos. A queda na semana encerrada em 25 de fevereiro foi de 19 mil pedidos em relação à semana anterior, para 223 mil, ante uma projeção de 245 mil do mercado. Já a média de quatro semanas caiu em 6.250 vagas, para 234.250, o menor nível desde abril de 1973. Os pedidos de auxílio desemprego nos EUA se mantêm abaixo de 300 mil há 104 semanas consecutivas, o maior período desde 1970, quando a força de trabalho americana era muito menor, observa o The Wall Street Journal.

Com isso, os juros americanos de 10 anos do Tesouro subiram 0,022 ponto percentual, para 2,479% ao ano e as bolsas americanas caíram, enquanto o dólar voltou a subir diante das principais moedas.

Vale perde 5%

As ações da Vale  encerraram o dia em queda. As preferenciais (PN, sem voto) série A (BOV:VALE5) caíram 4,82% e as ordinárias (BOV:VALE3) (ON, com voto), 5,16%. Mesmo assim, os papéis ainda acumulam alta de 29,95% e 22,51% no ano, respectivamente. De nada adiantou a alta do preço do minério de ferro na China, de 1,21%, para US$ 92,36.

Petróleo cai mais de 2% e derruba Petrobras

O petróleo em queda também ajudou a derrubar a bolsa brasileira. O barril do tipo WTI, negociado em Nova York, caiu abaixo dos US$ 53,00, para US$ 52,57, em baixa de 2,34% e o tipo Brent, de Londres, recuou 2,29%, para US$ 55,07, depois de divulgação de estoques recordes nos Estados Unidos, apesar da redução da produção dos países da Opep.

Com isso, as ações PN da Petrobras (BOV:PETR4), que foi o papel preferido dos analistas neste mês, caíram 2,64% e as ON (BOV:PETR3), 3,53%. Já os papéis dos bancos, de maior peso no Ibovespa, recuaram. Itaú Unibanco PN (BOV:ITUB4) perdeu 1,03%, Bradesco PN (BOV:BBDC4), 0,31% e Banco do Brasil ON (BOV:BBAS3), 0,94%.

Ambev perde quase 4% com resultado fraco no Brasil

As ações ON da Ambev (BOV:ABEV3) recuaram 3,91%, após a empresa divulgar um lucro de R$ 4,834 bilhões no quarto trimestre, 13,5% maior que o mesmo período de 2015, e de R$ 13,083 bilhões no ano, 1,6% a mais que no ano anterior. Apesar do lucro maior, os investidores não gostaram da queda de 13,9% do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida ou Ebitda), para R$ 13 bilhões no quarto trimestre, e de 2,4% ano ano, para R$ 45,602 bilhões. A operação no Brasil puxou os ganhos da empresa para baixo, com queda de 5,2% nos volumes no quarto trimestre, compensados pelos negócios no Caribe e América Central e América Latina Sul, destaca a corretora Coinvalores. O Ebitda das operações no Brasil caiu 31%.

Só dez altas no Ibovespa, lideradas por RaiaDrogasil

No fechamento, apenas dez dos 59 papéis do Índice Bovespa fecharam em alta, liderados por RaiaDrogasil ON (BOV:RADL3), com 3,27%, Suzano Papel PNA (BOV:SUZB5), 1,84%, BB Seguridade ON (BOV:BBSE3), 1,83%, Fibria ON (BOV:FIBR3), 1,07% e Cosan ON (BOV:CSAN3), 0,79%. As empresas exportadoras foram beneficiadas pela alta do dólar.

Já as maiores quedas do índice foram de Bradespar PN (BOV:BRAP4), 5,72% Eletrobras ON (BOV:ELET3), 5,72% também, e pelas ações da Vale e da Ambev.

Europa e Estados Unidos em queda

Na Europa, a queda do petróleo e das commodities e a alta dos juros nos EUA ajudaram a derrubar as bolsas. O Índice Euro Stoxx 50 caiu 0,16%, com o Financial Times perdendo 0,01% e o DAX, de Frankfurt, 0,06%. O CAC, de Paris, por sua vez, subiu 0,06%.

Nos Estados Unidos, os índices recuaram dos níveis recordes de ontem. O Dow Jones perdeu 0,53%, o Standard & Poor’s 500, 0,59% e o Nasdaq, 0,73%, com a expectativa de alta dos juros pelo Fed.

Snapchat levanta US$ 3,4 bi e sobe 50% na estreia

Um dos destaques do dia foi a estreia da Snap Inc, fabricante de câmeras responsável pelo  aplicativo Snapchat de fotos e pelo Spectacles, que levantou US$ 3,4 bilhões na abertura de capital. O papel disparou e chegou a US$ 25,42 durante o dia, 49,5% acima do preço de lançamento, de US$ 17,00. Com isso, o preço da empresa no mercado chegou a US$ 29 bilhões.

Dólar sobe 1,9% e juros ganham força

No Brasil, o dólar acompanhou a alta da moeda no exterior e fechou com ganho de 1,87%, o maior em três meses, vendido a R$ 3,153 no mercado comercial. O dólar turismo caiu 0,30%, ajustando-se depois da alta de ontem, vendido a R$ 3,25. A moeda acompanha a expectativa mais forte de alta dos juros nos EUA ainda este mês.

A alta do dólar fez os juros futuros também subirem. Os contratos de DI para janeiro de 2018 projetavam 10,325% ao ano no fechamento, ante 10,275% ontem. Para 2019, a taxa subiu para 9,84%, ante 9,77% ontem e, para 2021, a projeção ficou em 10,14%, ante 10,01% ontem.

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