MERCADO INTERNACIONAL - BM&FBOVESPA: China e EUA pressionam queda do Ibovespa
29 Julho 2009 - 8:43PM
Notícias IN (Redação)
Rumores negativos vindos da China, indicadores norte-americanos
ruins e a divulgação de balanços corporativos fizeram os
investidores agirem com mais cautela na bolsa brasileira, durante o
pregão desta quarta-feira. Ao final da sessão, o Ibovespa caiu
1,35%, aos 53.734 pontos. O giro financeiro da bolsa estava em R$
4,6 bilhões.
De acordo com o economista-chefe da SulAmérica Investimentos,
Newton Rosa, o movimento de baixa observado hoje foi puxado por
especulação "sobre o possível surgimento de uma bolha no mercado de
ativos da China." O governo do país teria aconselhado duas grandes
instituições financeiras chinesas a serem mais cautelosas na
concessão de empréstimos. Rosa destacou que a economia da China é
considerada um dos principais pontos para a recuperação da economia
global e o surgimento de uma bolha, poderia fazer recuar os já
fracos sinais de recuperação.
O Ibovespa repercutiu ainda o resultado negativo do indicador
norte-americano que mede o número de novos pedidos de bens
duráveis. O índice teve baixa de 2,5% em junho deste ano, enquanto
que o mercado esperava recuo de cerca de 0,5%.
Os agentes acompanharam ainda resultados corporativos, a maior
siderúrgica do mundo, a ArcelorMittal anunciou prejuízo líquido de
US$ 792 milhões no segundo trimestre de 2009. Um ano antes, a
companhia obteve lucro líquido de US$ 5,83 bilhões. O resultado
veio bem pior que o esperado pelo mercado. Os lucros da química
Bayer também recuaram (7,3%) para € 532 milhões.
Já o laboratório farmacêutico Sanofi-Aventis reportou lucro
líquido de € 2,26 bilhões no segundo trimestre de 2009, mostrando
crescimento de 29,4% na comparação com igual período do ano
anterior.
Os investidores também estiveram atentos ao Livro Bege,
divulgado hoje pelo Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano). De acordo com a divulgação, o ritmo de queda da
economia norte-americana ficou moderado desde o último relatório ou
mesmo, pode ter se iniciado uma estabilização, mesmo que muito
baixa.
Na cena doméstica, os investidores se mantiveram cautelosos à
espera do balanço da Vale. Poucos minutos após o fechamento do
mercado, a empresa anunciou queda de 53% no lucro líquido do
segundo trimestre, para R$ 1,5 bilhão. As ações ordinárias da
companhia fecharam o dia em baixa de 2,13%, cotadas a R$ 36,15.
As ações ordinárias da Petrobras também fecharam com
desvalorização (-3,66%), vendidas a R$ 37,85. Dentre as maiores
baixas do pregão de hoje, vale destacar também os papéis
preferenciais da Ultrapar, com queda de 2,63%, a R$ 62,51.
Já entre as maiores altas, destaque para: Telemar PN +3,05%, a
R$ 28,70, VCP PN +2,94% a R$27,30 e Telemar ON +2,56%, a R$
34,00.
(Carina Urbanin - Agência IN)
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