Em mais uma sessão carregada de indicadores econômicos norte-americanos, a bolsa brasileira operou em queda. Os investidores aproveitaram a alta acumulada na bolsa para desfazerem posições. Há pouco, o Ibovespa recuava 1,26%, aos 60.740 pontos. O giro financeiro da bolsa estava em R$ 2,75 bilhões.

O âmbito econômico dos Estados Unidos centrou as atenções dos agentes financeiros. O índice que mede os gastos dos consumidores (PCE, na sigla em inglês) subiu 1,3% em agosto deste ano, ante o mês anterior. O dado ficou acima do que os analistas esperavam (em torno de 1,1%).

Na mesma direção, os gastos com construção tiveram alta de 0,8% em agosto, na comparação com o mês anterior, somando US$ 941,9 bilhões. Por sua vez, os contratos de compra e venda de casas no país avançaram 6,4% em agosto, ante julho. Ambos os indicadores vieram acima das expectativas dos analistas.

Já a atividade na indústria norte-americana recuou para 52,6 pontos em setembro de 2009. No mês anterior, o indicador reportou 52,9 pontos. O mercado projetava uma pontuação de 54.

Os investidores acompanharam ainda o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke. Ele defendeu hoje, no Comitê de Serviços Financeiros dos Estados Unidos, cinco pontos que julga necessários para melhorar o sistema regulatório financeiro do país, alcançando uma melhor proteção contra os riscos. Um deles é a necessidade de alteração legislativa, definindo que instituições financeiras importantes estarão sujeitas à supervisão consolidada do governo.

Ainda no cenário externo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou em seu último relatório "Perspectivas Econômicas Mundiais" que a recessão mundial chegou ao fim. Segundo os novos cálculos, o mundo sofrerá uma contração em 2009 de três décimos menos que o previsto em julho, até 1,1%.

Além disso, o órgão destacou que a América Latina sairá da crise em 2010 empurrada pelo Brasil, que permitirá à região crescer 2,9% no próximo ano, após sofrer contração de 2,5% em 2009. O FMI projetou um crescimento negativo em 2009 (-0,7%), mas positivo (+3,5%) em 2010.

Por aqui, as blue chips Vale e Petrobras apresentam desempenho ruim. Há pouco, as ações preferenciais da mineradora e da petrolífera caíam 1,50% e 0,94%, respectivamente. O comportamento das commodities influencia o desempenho.

Na mesma linha, os papéis do setor bancário devolvem os ganhos dos últimos dias. Instantes atrás, as preferenciais do Bradesco perdiam 0,39% e as ordinárias do Banco do Brasil (BB) desciam 0,32%.

Dentre os destaques positivos do Ibovespa estão os papéis ordinários da MMX Mineração (+1,37%), ordinários da CCR Rodovias (+1,25%) e preferenciais da Duratex (+1,14%). Já entre os negativos estão os ordinários da Telemar (-3,67%) e da Rossi (-3,57%).

(Déborah Costa - Agência IN)

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