BB revisa guidances de margem e carteira de crédito para baixo
10 Agosto 2017 - 1:26PM
ADVFN News
O Banco do Brasil (BOV:BBAS3) revisou para baixo, em
relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, suas
projeções (guidance) para a margem financeira bruta e ainda para o
desempenho da carteira de crédito neste ano. A notícia positiva,
porém, veio das despesas administrativas que devem ter, conforme o
banco, desempenho mais positivo em 2017. Os demais guidances foram
mantidos. Conforme as novas projeções, o BB espera que sua carteira
de crédito encolha no máximo 4% neste ano e, na melhor das
hipóteses, fique no zero a zero. Antes, previa de estabilidade a
alta de 4%.
No primeiro semestre, os empréstimos tiveram leve alta de 0,3%.
De acordo com o banco, a revisão do guidance para crédito, a
despeito do resultado em linha na primeira metade do ano, foi
influenciado, principalmente, pelo desempenho dos empréstimos para
a pessoa jurídica. O BB projeta que essa carteira encolha de 11% a
8% neste ano contra intervalo anterior de queda de 4% a 1%. De
janeiro a junho, os empréstimos para empresas diminuíram 14,5%. “O
crescimento (da carteira de pessoa jurídica) foi impactado pelo
volume de amortizações e priorização de desembolsos em linhas de
maior rentabilidade”, justifica o banco, em seu relatório.
Para a pessoa física, o BB projeta aumento de 2% a 5% neste
exercício. Neste segmento também está mais conservador. Antes,
sinalizava alta de 4% a 7%. Não é à toa. No primeiro semestre, o
desempenho da carteira de pessoa física ficou fora do guidance ao
crescer apenas 1%. O BB explica que o desempenho foi impactado pela
priorização do crescimento em linhas de menor risco. Outra linha
que ficou fora do intervalo esperado no primeiro semestre foi a de
crédito rural.
O segmento cresceu 3,7% enquanto o banco esperava aumento entre
6% e 9%. Apesar disso, a instituição preferiu reiterar o intervalo
projetado para 2017, uma vez que espera que o crescimento convirja
para dentro do guidance. Depois de entregar lucro líquido ajustado
de R$ 5,2 bilhões, o banco reiterou sua expectativa de que a última
linha do balanço alcance entre R$ 9,5 bilhões e 12,5 bilhões. Já a
despesa de provisões para devedores duvidosos (PCLD) líquida de
recuperação de operações em perdas deve somar de R$ 23,5 bilhões a
R$ 20,5 bilhões.
De janeiro a junho, totalizou R$ 11 bilhões. O BB espera ainda
que suas rendas com tarifas cresçam entre 6% e 9% neste ano ainda
que no primeiro semestre tenha superado o guidance ao entregar alta
de 10% nesta linha. Para as despesas administrativas, o banco
público espera redução de no máximo 2,5% e, na pior das hipóteses,
aumento de 0,5%. Antes, o banco projetava gastar mais, com
intervalo de alta que ia de 1,5% a 4,5%. No primeiro semestre, as
despesas administrativas diminuíram 0,9% ante um ano. “O resultado
foi influenciado pelo rígido controle de despesas”, diz o BB.
Fonte: Agência Estado.
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